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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lição 6: A prosperidade dos bem-aventurados


TEXTO ÁUREO
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18).

VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se encontra na abundância dos bens espirituais que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo nos proporciona.

Prezado professor, você tem desfrutado das bem-aventuranças? Este é o tema que estudaremos na lição de hoje: “A Prosperidade dos Bem-Aventurados”. Ser um bem-aventurado não é ter muitos bens materiais, mas é viver do favor de Deus. A graça divina nos dá condições para vivermos segundo os seus preceitos. Sabemos que na Lei de Moisés alguém para ser abençoado necessitava fazer alguma coisa. Porém, na dispensação da graça, os bem-aventurados são aqueles que não necessitam fazer coisa alguma, visto que pela fé o Filho de Deus já fez por eles! Por isso mesmo praticam boas obras. Enfatize, também, que para sermos abençoados, basta permanecermos firmes em Jesus Cristo.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber quais são os fundamentos das bem-aventuranças.
Explicar as bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia.
Conscientizar-se de que a prosperidade dos bem aventurados firma-se nas coisas espirituais e não nas materiais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro de giz o esquema abaixo. Depois, pergunte aos alunos: “O que significa ser bem-aventurado?” Ouça as respostas e explique, utilizando o quadro, que ser bem-aventurado é ser feliz. Essa felicidade não se origina dos bens materiais que possuímos, mas em termos os nossos pecados perdoados por Jesus. Somente aqueles que receberam a Cristo como único e suficiente Salvador podem desfrutar dessa felicidade. Conclua enfatizando que essa alegria nos acompanhará por toda a eternidade.

Ser bem-aventurado é...

1. Ter paz e comunhão com Deus (1 Co 1.9).

2. Ser regenerado (Tt 3.5).

3. Experimentar uma mudança interior (2 Co 5.17).

4. É ter a certeza de que Jesus supre todas as necessidades (Sl 23.1).

5. É ter alegria em toda e qualquer situação (1 Ts 1.6; Hc 3.17,18).

6. É cantar e adorar ao Senhor em todo o tempo (At 16.23-25).


INTRODUÇÃO

As bem-aventuranças de Jesus destacam os princípios que fundamentam a Lei e os Profetas. Em cada sentença, enfatizam as riquezas espirituais em detrimento das materiais. Isso deve ter escandalizado os escribas e fariseus, porque eles se atinham mais à letra do que ao espírito da Lei Mosaica. Faz-se necessário, pois, nos voltarmos ao Sermão do Monte para reavaliarmos o que se vem ensinando nos púlpitos de nossas igrejas. Caso contrário, agiremos como a classe sacerdotal do tempo de Jesus. Além disso, corremos o risco de transformar a fé cristã num mero e perigoso relacionamento mercantil entre o crente e Deus.
Vejamos, pois, na aula de hoje, em que consiste a verdadeira prosperidade.

I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS

1. O significado das bem-aventuranças. A expressão bem-aventurado vem da palavra latina beatus que, por seu turno, originou o termo beatitude. No original grego, o vocábulo usado por Mateus é makarios, cujo significado lembra felicidade, alegria divina e perfeita. Para os antigos gregos, somente os deuses realmente eram felizes, isto é, bem-aventurados. No hebraico, por outro lado, o vocábulo esher é traduzido, no salmo primeiro, com o sentido de quão felizes são! O sentido, portanto, é o de alguém que é feliz aos olhos de Deus por amar intensamente ao Senhor.
Observa-se ainda que, na literatura grega clássica, a palavra era usada para se referir à prosperidade material. Mas, na literatura sapiencial hebraica, ela se refere a uma condição de bem-estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1). Jesus mantém esse último sentido.

2. Bem-aventurados os pobres (Mt 5.3). No Sermão da Montanha, a pobreza não é vista propriamente como escassez de bens materiais, mas como necessidade da alma. Nesse contexto, pobre é o que tem uma carência espiritual! Por conseguinte, é aquele que reconhece suas verdadeiras necessidades espirituais. E por isso almeja um relacionamento mais profundo com Deus como o fez o salmista:
“Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença” (Sl 42.1-5).
Almeja você a presença de Deus? Então, busque-o como o salmista.

3. Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4). Por que um crente chora? O motivo pode ser tanto interno quanto externo. Às vezes, choramos em decorrência de nossa própria situação espiritual, porque almejamos aprofundar nossa comunhão com o Senhor. Queremos estar mais próximos dEle. Suspiramos por uma intimidade maior com o Pai celeste. Outras vezes, choramos por causa da situação espiritual em que o mundo se encontra (Is 6.5). Se de fato choramos aos pés de Cristo, o consolo certamente virá.

II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA

1. Bem aventurados os mansos (Mt 5.5). Nesse contexto, manso é aquele que demonstra total submissão à vontade de Deus, mesmo quando esta parece contrariar seus interesses pessoais. Não é pieguice, mas submissão consciente ao querer divino. Manso também é aquele que, apesar de injustiçado, não procura a própria vingança, mas confia em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8). Se você age com mansidão e submete-se à vontade divina, você é verdadeiramente próspero. Isto significa que você possui uma riqueza que muita gente almeja e não tem: o domínio próprio e a conformação absoluta à vontade de Deus.

2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6). Os verdadeiramente prósperos são aqueles que demonstram um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente. Eles estão conscientes de que a verdadeira prosperidade só é alcançada com a instauração do Reino de Deus. Assim, seremos todos saciados em nossa fome e sede de justiça. Você anseia pelas coisas divinas? Ou só tem desejo por aquilo que perece? Chegou o momento de pensarmos nas coisas do alto (Cl 3.2)!

3. Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7). O léxico grego de Strong traduz essa expressão como “boa vontade ao miserável e ao aflito associada ao desejo de ajudá-los”. Em o Novo Testamento, a expressão ocorre com frequência no sentido de perdão. O bem-aventurado tem um coração não somente perdoador, mas disposto a socorrer os mais necessitados. Ele sempre abrirá a mão e o coração àquele que precisa de um socorro material. Você tem ajudado os órfãos, às viúvas e aos que se acham em dificuldades? Essa é a verdadeira religião (Tg 1.27). Você sabe perdoar? Você sabe amar como Jesus amou?

III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO

1. Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8). Jesus não se refere a uma pureza meramente ritual. Ele se refere ao homem que se acha limpo e isento de culpa. É uma pureza que vem de dentro, origina-se na alma. Você tem guardado o seu coração incontaminado? (Fp 4.8).

2. Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9). A Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C, traduz essa expressão como os que fazem a paz! O pacificador é alguém que não somente ama a paz, mas encontra-se comprometido com o processo que a ela conduz. Você tem semeado a paz? Ou é alguém que se compraz em levar a guerra entre os filhos de Deus? (Hb 12.14).

3. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10,11). O princípio que o Senhor Jesus expõe é frontalmente contrário à filosofia materialista deste século. Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo martirizado por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna. É o que ensina Jesus. Dificilmente os pregadores da prosperidade aceitarão tais coisas. No entanto, eles se esquecem da advertência do Senhor: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

CONCLUSÃO

As bem-aventuranças de Jesus contrariam totalmente os conceitos da Teologia da Prosperidade. A grande lição que aprendemos com o Mestre é que o homem realmente próspero não é aquele que pode ser avaliado de forma superficial e materialista, mas aquele que encontrou a paz em Cristo (Rm 5.1). Isso não significa que Deus não queira que os seus filhos prosperem materialmente. Mas a prosperidade material nada representa sem a espiritual.

Fonte: Estudantes da Bíblia

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