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sexta-feira, 22 de junho de 2012

LIÇÃO 11 - O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL


INTRODUÇÃO

A lição em apreço, trata do que acontecerá com a Bíblia e o Espírito Santo após ao Arrebatamento da Igreja. Discorrerá sobre o papel dos mártires na Grande Tribulação e também sobre os 144 mil selados das doze tribos de Israel. Será analisado também sobre as características das duas testemunhas do Apocalipse e sobre a proclamação do Evangelho Eterno por meio do anjo na Grande Tribulação, onde trataremos da possibilidade de existir salvação neste período.

I - A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO APÓS O ARREBATAMENTO

1.1 A Bíblia. Algumas pessoas chegam a pensar que após o arrebatamento da igreja, a Bíblia irá ficar com suas páginas “em branco”, que as letras irão “sumir”, ou até que as Escrituras deixarão de ter a inspiração divina. No entanto, sabemos que isso não passa de uma interpretação equivocada, pois, a Palavra diz ao contrário: “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste ETERNAMENTE”(Is 40.8). A própria Bíblia testifica de sua permanência: “Mas a palavra do Senhor permanece PARA SEMPRE” (1Pe 1.25). Deve-se salientar que é através da Bíblia que os mártires da tribulação irão evangelizar o mundo.

1.2 O Espírito Santo. Se o Apocalipse mostra que haverá salvação durante este período, é porque a Palavra continuará a ser pregada e o Espírito Santo continuará agindo, pois, é ele quem convence o homem. “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo” (Jo 16.8). “No começo da Tribulação, o Espírito Santo será “afastado”. Isso não significa ser ELE tirado do mundo, pois sendo DEUS, Ele é onipresente, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo (2Ts. 2.7). O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a Tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados e convertendo-as a Cristo” (Ap. 7.9,14; 11.1-11; 14.6-7).

II - O PAPEL DOS MÁRTIRES NO PERÍODO DA TRIBULAÇÃO

Deus nunca se deixou a si mesmo sem testemunho (At 14.17); Ele é o Deus que “nunca muda” (Ml 3.6), e durante o tempo da Grande Tribulação levantará um grupo de pregadores do “Evangelho do Reino” que com grande poder darão o seu testemunho. Ao contrário do que alguns pensam, muitos serão salvos neste período. João descreve uma grande colheita de almas (Ap 7.9): “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas […]”. Estes são os novos crentes, que se convertem depois do Arrebatamento. Estes crentes se convencem do pecado durante os julgamentos que Deus envia ao mundo neste tempo.

III - OS 144 MIL SELADOS DE ISRAEL

Os 144.000 israelitas que são mencionados em (Ap. 14.1) são o mesmos que foram selados em (Ap. 7.4-8; Ap. 7.9-17). Eles representam uma quantidade dos israelitas redimidos remanescente (Rm. 11.26). Eles fazem o contraste com os adoradores da besta que foram marcados para a condenação. Estes são chamados de “primícias” os primeiros frutos colhidos, penhores da futura, pertenciam ao Senhor (Lv 22.12; Nm 5.9; 18.8; 28 e 29). Assim também, os 144 mil são as “primícias” dentre os israelitas comprados para Deus e para o Cordeiro. Vejamos algumas características deste grupo de israelitas:

a) “Não estão contaminados”. É esta uma das razões que os faz “primícias” à semelhança de Cristo as primícias dos que dormem (1Co 15.20); b) “São virgens”.Existem várias interpretações sobre esta expressão. Há quem interprete ser literal e outros acreditam ser metafórico. Devemos compreender isto no sentido “espiritual”, ou seja, simbólico (Mt. 25.1; Tg. 4.4), em contraste com a igreja apóstata (Ap. 14.8), que espiritualmente era uma “prostituta” (Ap. 17.1). A expressão “virgens” significa que não foram desviados da fidelidade ao Senhor. Conservaram em si mesmos sua pureza “virginal” no sentido simbólico, pois se trata de um “celibato espiritual” (2Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 2.4);

c) “São os que seguem o Cordeiro”. Essas palavras estão de acordo com o que lemos em (Mc 2.14; 10.21; Lc 9.59; Jo 1.43 e 21.19), que falam sobre as exigências do discipulado cristão e sobre o fato que Cristo chama alguns para “segui-lo”. O caráter dos 144 mil demonstra isso muito bem, a seriedade em suas vidas e no seu caráter, os declarou “pioneiros da fé” não fingida durante o sombrio tempo de extrema apostasia;


d) Como primícias. Na qualidade de “colheita”, Cristo foi o primeiro. No presente texto (Ap. 14.1-7), os 144 mil foram também aceitos como os primeiros a aceitarem o testemunho de Cristo no período tribulacional, e por cuja razão são contados como “primícias”, e “seguidores” do Cordeiro para onde quer que vai.

e) “…na sua boca não se achou engano”. Isso pode ser comparado com 1Pd 1.19, onde Cristo, na qualidade de Cordeiro de Deus, aparece “sem mácula”. A dignidade destes 144 mil já se encontrava profetizada nas páginas áureas da Bíblia Sagrada, (Sf 3.13), que diz: “os remanescentes de Israel não cometerão iniquidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa”. Os 144 mil serão assim. Eles não “negarão” a Cristo; não concordarão com a fraude do culto do Anticristo. Eles se manterão puros de toda idolatria e imoralidade. ”

IV - AS DUAS TESTEMUNHAS E A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

As duas testemunhas têm sido identificadas de várias maneiras. Para alguns comentadores tratam-se de: Enoque e Elias (Gn 5.24; 2Rs 2.11); Moisés e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30-31; Jd v.9); Josué e Zorobabel (Zc 4); João e Paulo (Jo 21.22-23 e Fl 1.22-25); A lei e a graça (Rm 3.21). O certo, é que eles serão, dois grandes representantes levantados por Deus. Cumprirão a vontade de Deus à risca do seu propósito, e realizarão a sua missão durante o tempo da Grande Tribulação. O que sabemos destas duas testemunhas a luz de Ap.11.1-13 é o seguinte:
Exercerão seu ministério na primeira metade da Grande Tribulação, durante 42 meses, ou seja, 1260 dias. (Ap. 11 2-3);
Terão um especial poder e grande autoridade da parte de Deus para cumprirem sua missão (Ap.11.3,5 e 6);
Trajar-se-ão de pano de saco (Ap 11.3);
São comparados a duas oliveiras e dois castiçais que estão diante de Deus (Ap.11.4);
Farão sinais e prodígios (Ap 11.6);
Quando acabarem a sua missão, serão mortas pelo Anticristo (Ap.11.7);
Os corpos delas permanecerão expostos em praça pública, em Jerusalém (Ap.11.8-10);
As Testemunhas ressuscitarão depois de três dias e meio (Ap. 11.11);
Ao ressuscitarem, elas ouvirão uma grande voz do céu. (Ap. 11.11);
Após a ascensão das duas testemunhas, haverá um grande terremoto, e sete mil homens morrerão (Ap. 11.13).

V - A SALVAÇÃO NO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

A Bíblia deixa claro que haverá salvação durante a Grande Tribulação, e para isso dão provas os seguintes textos das Escrituras: (Joel 2.32; Ap. 6.9-11; 7.9-11; 12.17; 15.2 e 20.4). certamente que as condições espirituais prevalecentes durante este período não serão tão favoráveis quanto hoje (OLIVEIRA, 2001, p. 337). Durante este tempo, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados […], mas a salvação será possível […] desde que invoquem ao Senhor (Joel 2.32) (ZIBORDI, 2009, 515). Vejamos os Resultados da Salvação neste período:

a) Haverá purificação pessoal: Passagens como Apocalipse 7.9,14 e 14.4 mostram claramente que o indivíduo salvo é aceito por Deus. Em nenhuma outra base o indivíduo poderia estar “diante do trono de Deus”;

b) Haverá salvação nacional: A preparação de tal nação (Ez 20.37,38; Zc 13.1,8,9) resultará na salvação da nação remanescente de Israel no segundo advento, como prometido em Romanos 11.27. As promessas nacionais podem ser cumpridas porque Deus, pelo Espírito Santo, redimiu um remanescente em Israel ao qual e por meio do qual as alianças podem ser cumpridas;

c) Haverá bênçãos milenares: Apocalipse 7.15-17 e 20.1-6 deixam claro que a salvação oferecida durante esse período encontrará seu cumprimento na terra milenar. Todas as bênçãos e privilégios de serviço, posição e acesso a Deus são vistos no âmbito milenar. É assim que as promessas nacionais serão realizadas mediante a salvação individual na eternidade com Cristo.

VI - A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO

O Evangelho pregado nessa época de angústia, é o mesmo ensinado por Jesus, pois a essência da mensagem diz respeito a obra redentora de Cristo (Lc. 24.45-47; Ap 14.6). Como sabemos, não há “outro evangelho” (Gl 1.8). O Evangelho é o mesmo, mas pode ser apresentado de maneira MULTIFORME. Deve-se observar como sua mensagem é progressiva em suas várias manifestações ao mundo, e em qualquer época. Em todas as formas apresentadas ele é “UM SÓ” (Gl 1.6-9). Em qualquer época pode ser chamado de “pro tõn aiõnõn”, (desde a eternidade). O Evangelho é imutável, pelo que é eterno. Nenhum evangelho está em foco, além do evangelho de Cristo. Este Evangelho é eterno no plano de Deus. Vejamos:

“Evangelho” (Mc 1.15) “O Evangelho de seu Filho” (Rm 1.9)

“O Evangelho de Cristo” (Rm 1.16) “O Evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4)

O Evangelho de Deus” (Rm 1.1) “O Evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13)

O Evangelho de Jesus Cristo” (Mc 1.1) “O Evangelho da paz” (Ef 6.15)

O Evangelho do Reino” (Mt 4.23) “O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.18)

O Evangelho da graça de Deus” (At 20.24) “O Evangelho Eterno” (Ap 14.6)

CONCLUSÃO

Conforme vimos, a Palavra de Deus será amplamente proclamada durante a Grande Tribulação, o Espírito Santo continuará convencendo o homem de seu pecado, os mártires gentios morrerão por sua fidelidade ao Senhor e os 144.000 israelitas também serão seguidores de Cristo, e por fim o Evangelho Eterno será pregado para glória de Deus!

REFERÊNCIAS
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.
STAMPS, Donald C. Biblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.

Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação

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