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terça-feira, 26 de julho de 2011

LIÇÃO 5 - O REINO DE DEUS ATRAVÉS DA IGREJA


Texto Básico:Lucas 17:20,21; Mateus 18:1-5; Marcos 10:42-45

"Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho" (Mt 11.5).

INTRODUÇÃODepois da morte e ressurreição de Cristo, revela-se o mistério de Deus(Ef 3:1-6): a Igreja. Ao criar a Igreja, Jesus não pensou na formação de grupos sociais onde as pessoas apenas se confraternizassem e sentissem a presença de Deus em suas vidas, rotineira e habitualmente, algumas vezes por semana entre quatro paredes, mas, bem ao contrário, criou grupos de homens e mulheres que assumissem o compromisso de cumprirem deveres, obrigações, de executar ordens e tarefas deixadas pelo próprio Jesus para que as fizessem. Para tanto, o Senhor, inclusive, nos enviou como ovelhas ao meio de lobos (Mt 10:16).
Nesta aula, estudaremos a respeito da relação entre a Igreja e o Reino de Deus. Como a igreja se relaciona com o propósito do Reino? Qual o seu papel, a sua missão? Não podemos entender a sua missão independentemente da missão de Jesus, a Cabeça da Igreja. Portanto, se Jesus veio inaugurar o Reino, a missão da igreja não pode ser outra senão a manifestação, ainda que não plena, do Reino de Deus, em palavras e obras, no poder do Espírito Santo.
I. O REINO DE DEUS E A IGREJA
1. Igreja, representante do Reino.
 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”(1Pedro 2:9). No Antigo Testamento Deus constituiu o povo de Israel para representá-lo diante dos outros povos da Terra (Lv 26:12). Neste período da Graça de Deus, Ele comissionou a Igreja de Jesus Cristo para que o representasse neste mundo. Não nos referimos a uma congregação isoladamente, mas à Igreja universal, composta de todos aqueles que, em todas as épocas, nações, reinos e tribos, atenderam à mensagem do Evangelho e renderam-se à salvação ofertada por Deus em Jesus Cristo.
A Grande Comissão não foi dada por Cristo para outra instituição que não à Igreja. E Ele espera que todos, como corpo, possamos dar continuidade aos desafios inerentes a nossa vocação: ir atrás dos perdidos (e não apenas esperar que eles adentrem na igreja para ouvir a pregação), ensinar (utilizando o ensino como ferramenta para formação e fortalecimento de igrejas e crentes) e batizar (a identificação com Cristo em sua morte).
2. A Igreja é comissionada por Cristo. Depois de ter consumado a obra da redenção do homem no Calvário (João 19:30), sacrifício aceito pelo Pai como nos prova a ressurreição(At 3:25,26; 13:29,20), Jesus, após ter passado quarenta dias dando prova da sua ressurreição aos discípulos e falado a respeito do reino de Deus (At 1:3), explicitamente determinou qual seria a Comissão Principal da Igreja. Mandou que o evangelho fosse pregado por todo o mundo a toda a criatura (Mc 16:15), uma ordem que estabeleceu um verdadeiro dever a todo cristão, a ponto de o apóstolo Paulo ter exclamado: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!”(2Co 9:16).
Portanto, uma vez comissionada por Cristo, a Igreja representa o Reino de Deus na sociedade. É o maior agente, transformador do caráter do ser humano, mediante a mensagem do Evangelho. Evangelizando, a igreja muda o cenário da sociedade, na qual acha-se estabelecida. Pessoas dantes viciadas em drogas, álcool, prostituição, etc., mediante a aceitação da mensagem do Evangelho tornam-se pessoas de caráter irrepreensível.
Quando os cristãos têm consciência que a tarefa primordial da Igreja é a evangelização, passam a entender que sua existência gira em torno dessa missão dada a cada crente, que é membro do corpo de Cristo em particular (1Co 12:27). Assim, tudo quanto fizermos nesta vida, em qualquer setor ou aspecto, deve levar em consideração, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça (Mt 6:33).
Todas as nossas ações, todo o nosso cotidiano deve ser criado e executado diante da perspectiva de que somos testemunhas de Cristo Jesus (At 1:8) e que devemos, portanto, testificar do Senhor, mostrar ao mundo, através de nossas boas obras, que Deus é nosso Pai, que somos filhos de Deus e, por meio deste comportamento, levar os homens a glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5:16).
3. A Igreja na sociedade. Também por estar no mundo e por se apresentar em grupos sociais, as chamadas “igrejas locais”, a Igreja acaba tendo de ter um papel importantíssimo perante a sociedade. Deus não nos tirou do mundo nem Jesus quis que isto se fizesse (João 17:15) e, diante desta realidade, assim como fez nosso Senhor, devemos, também, ter uma atuação social digna de nota, que sirva de testemunho de nossa comunhão com Deus.
Uma comunidade cristã que não interage com as pessoas à sua volta não completará a Grande Comissão, pois precisa justamente da interação para fazer Deus conhecido. Quando utilizamos essa expressão, não estamos dando a entender que a igreja precisa envolver-se com as práticas do mundo, ou associar-se a ele em seus pensamentos e ações. Não foi esse o projeto de Deus. Se uma igreja se associa com o mundo, acaba se parecendo com ele, perdendo sua característica de agente transformador comissionado pelo Senhor. Quando se fala em a Igreja interagir, isso implica viver e agir com o outro sem perder suas particularidades. Uma igreja pode envolver-se em ações sociais sem comprometer sua vocação e mensagem. Dependendo da sua estrutura, pode prestar assistência social - primeiramente aos domésticos da fé, como ordena a Palavra de Deus - a todos que precisarem, e oferecer-lhes o pão do céu, sempre mostrando que o alimento material é insuficiente sem o espiritual.
II. O REINO DE DEUS PRESENTE NA IGREJAO Reino de Deus se faz presente na Igreja através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.
1. Na pregação cristocêntrica. A Igreja deve manifestar o Reino de Deus neste mundo mediante a pregação do Evangelho. Pregação essa que deve ser cristocêntrica, ou seja, a pregação que tem por centro, por fundamento a pessoa de Jesus. Infelizmente, muitas igrejas locais não proclamam mais o Cristo crucificado. Reduzem Jesus a um mero psicólogo, mestre, executivo, almoxarife, bancário, etc. Mas a Igreja que tem o compromisso com o Reino de Deus tem como principal característica a pregação cristocêntrica.
A Igreja primitiva demonstrava com clarividência essa característica, que não deve ser alterada. No dia de Pentecostes, vemos Pedro, com ousadia, proclamando o Cristo crucificado e ressuscitado (At 2:31-36). Paulo foi o maior paradigma da Igreja com relação a esta característica. Ele mesmo diz: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado"(1Co 2:2).
Quando pregamos um evangelho voltado para o ser humano, para a satisfação das suas necessidades, para a vaidade e engrandecimento do homem, para glorificação de homens e de personalidades, estaremos a pregar um outro evangelho.
O Evangelho é o anúncio de Cristo, é a divulgação aos homens de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que ninguém vai ao Pai a não ser por Jesus(João 14:6). Jamais Cristo deve ser substituído por nenhum outro assunto nos cultos e pregações.
2. Na comunhão. "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (At 2.42).
A ”Comunhão” é a principal característica da Igreja. É a sua marca perante a humanidade, a característica indispensável para que o Senhor possa realizar a sua obra através do seu povo. Pela comunhão, a Igreja mostra-se como um povo perante os demais seres humanos e, graças a ela, pode cumprir todas as tarefas determinadas a ela. Tanto assim é que o relato de Lucas a respeito da igreja primitiva termina com o cumprimento da principal missão da Igreja: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”(At 2:47 ). O segredo para o rápido crescimento da Igreja Primitiva foi a comunhão entre os crentes. A Igreja somente progrediu mediante a comunhão e unidade de seus membros(At 2:47).
A expressão “comunhão” é típica da Igreja, tanto que só é encontrada nas Escrituras Sagradas em o Novo Testamento. Seu primeiro aparecimento na Bíblia é em At 2:42, na primeira descrição deste novo povo de Deus, quando se diz que os crentes perseveravam na doutrina dos apóstolos e na “comunhão”.
Várias metáforas são utilizadas para representar a Igreja quando se fala em comunhão. A igreja é comparada como uma “família”, um “exército”, um “templo’, uma ‘noiva”. Mas a figura predileta de Paulo para descrever a igreja é como um “corpo”. Um corpo tem interação, os órgãos se comunicam entre si. Cada parte é útil para o corpo como um todo e há interdependência delas (Ef 4:16; Cl 2:19). A Igreja é um corpo, cuja cabeça é Jesus Cristo. Ora, um corpo não pode subsistir sem que haja união entre seus membros, bem como entre os membros e a cabeça. Antes de existir comunhão precisa existir união. Uma é pré-requisito para a outra. Aceitar a Cristo é também aceitar fazer parte de seu corpo.
A bênção do Senhor depende da existência de um ambiente de união entre os irmãos. O salmo 133 mostra com clareza esse fato: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes; como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre”(Sl 133).
Este salmo revela que, somente num ambiente de união, o Espírito Santo atua plenamente; somente num ambiente de união, cada membro em particular do corpo de Cristo (figurado por Arão, o escolhido para o sacerdócio) se deixa envolver plenamente pelo Espírito Santo (figurado pelo azeite); somente num ambiente de união, o refrigério do Espírito Santo pode nos consolar e nos permitir, mesmo neste mundo de sequidão e necessidade, termos a paz, a alegria e o amor divinos (figurados pelo orvalho de Hermom); somente num ambiente de união, a Igreja prossegue vitoriosa para se encontrar com o seu Senhor nos ares, cheia de vida espiritual e abençoada nos lugares celestiais em Cristo (João 15:5,6; Ef 1:3), porque é no ambiente de união que “…o Senhor ordena a vida e a bênção para sempre”.
3. No serviço. “Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim” (Mt 24:46). O serviço é uma parte indissociável da vida do salvo. Todo salvo tem de servir a Deus, tem de lhe prestar um serviço e, para que não houvesse qualquer dúvida a respeito, o próprio Jesus foi chamado de “o Servo do Senhor”, notadamente no livro do profeta Isaías, onde há “quatro cânticos do Servo”(Is 42:1-4; 49:1-6; 50:4-9 e 52:13-53:12) a fim de nos dar o exemplo de que como deveríamos nos comportar enquanto Igreja, enquanto corpo de Cristo(1Co 12:27).
O Senhor concedeu a todos os que creem pelo menos o dom da salvação e da fala, e é com este talento que devemos negociar até que Ele volte. Paulo revela-nos que “todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2Co 5:10).
Portanto, cada um na função que foi estabelecida pelo Senhor, temos de servi-lo: pregando o Evangelho; integrando os salvos na igreja local; aperfeiçoando os santos mediante o estudo da Palavra de Deus; adorando a Deus; buscando influenciar o mundo para que ele viva de acordo com a vontade de Deus; dando um bom testemunho para que os homens glorifiquem ao Senhor; ajudando o próximo, tanto material quanto espiritualmente; lutando pela preservação da sã doutrina e pela manutenção de uma vida avivada na igreja local a que pertencemos. Temos feito isto que o Senhor nos determina? Temos cumprido as tarefas cometidas pelo Senhor?
Outrossim, a Igreja de Cristo é um organismo vivo e sua função não se limita à proclamação do Evangelho. Ela serve a Deus, mas também ao próximo (Mc 12:29-31). Aliviar os sofrimentos e as angústias de outras pessoas, principalmente dos necessitados, é serviço Cristão. Recomenda-nos o apóstolo Paulo: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”(Gl 6:2). Esse tipo de serviço é também um testemunho de amor cristão. Provavelmente Tiago tenha falado que a fé sem as obras seja morta, nos exortando ao serviço para o bem comum. Está escrito: “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”(Tg 4:17). Jesus declarou o seguinte: “E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulos, em verdade vos digo, que de modo algum perderá sua recompensa”(Mt 10:42 ).
Portanto, a proclamação do Evangelho, a comunhão e o serviço farão da Igreja uma autêntica expressão do Reino de Deus (Tg 2:14-26). Pense nisso!
III. QUEM É O MAIOR NO REINO DE DEUS.Em meio à Páscoa e à instituição da Ceia, surgiu uma questão entre os discípulos. Quem era o maior? Certamente eles não entenderam as palavras de Jesus a respeito da morte dEle. Ainda pensavam no Mestre apenas como um rei secular; estavam preocupados com as posições que ocupariam no reino que Ele ia instalar, por essa razão ignoraram as palavras de Jesus a respeito de sua morte e começaram a discutir sobre quem ocuparia o maior cargo. É triste que, estando Jesus tão perto da cruz, seus discípulos mais íntimos estavam tão longe do espírito dEle.
Essa discussão era um sinal de que os apóstolos ainda não entendiam nada do que estava acontecendo. Talvez motivados pelo anúncio da traição de um deles, ficaram discutindo sobre quem tinha traído e, consequentemente, sobre quem era o mais fiel, e essa discussão derivou para o grande tema da noite: Quem era o maior. Em vez de se humilharem, reconhecendo a fragilidade do momento, pelo contrário, desejaram o poder.
Mas os discípulos não se parecem conosco? Ah! Certamente! Dentro de nossas igrejas existem muitos que lutam pelas posições de poder, esquecendo-se do serviço, esquecendo-se de que o parâmetro estabelecido por Jesus é totalmente diferente.
Em resposta a essa cegueira espiritual, Jesus contrapôs o costume das nações, dos reis e governantes que dominam sobre as pessoas, e como devia ser o ambiente da comunidade dos discípulos: “O maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve”(Lucas 22:26). Portanto, quem é o maior no Reino de Deus? É aquele que é humilde, possui a sinceridade de uma criança e se faz servo de todos.
1. O “maior” em humildade. A verdadeira grandeza é vista no cristão que expressa sua fé e seu amor a Cristo, em sincera humildade, no desejo de servir tanto a Deus, quanto aos homens, e na disposição de ser considerado o menos importante no reino de Deus(Fp 2:3).
A verdadeira grandeza não está na posição, no cargo, na liderança, no poder, na influencia, nos diplomas de nível superior, na fama, na capacidade, nas grandes realizações, nem no sucesso. O que importa não é tanto o que fazemos para Deus, mas o que somos em espírito interiormente diante de Deus.
A cerca da humildade falou Salomão: “O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai à humildade”(Pv 15:33); “Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra vai à humildade”(Pv 18:12).
Davi falou: “Ainda que o Senhor é excelso, contudo atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe”(Sl 138: 6).
Dela também fala Paulo: “Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”(Cl 3:12).
Jesus ensinou a humildade: “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”(Mt 18:4).
Dentre tantas outras referencias bíblicas, citamos aqui algumas, para lembrarmos da importância da humildade na vida do Servo de Deus. Portanto, para ser grande no Reino de Deus precisa antes ser humilde: “O Senhor eleva os humildes, e humilha os perversos até a terra”(Sl 147:6).
2. O “maior” deve ser como uma criança. Pa mostrar aos discípulos quem eram o maior no reino de Deus, Jesus lhes apresentou uma parábola viva. Ele usou para essa lição um elemento totalmente inesperado para eles. Jesus tomou uma criança e, certamente, a colocou no colo e lhes ensinou: “Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus”(Mt 18:4).
A criança, além de ser o símbolo da despretensão, da fraqueza e da dependência, era o símbolo da pureza de fé, da humildade e principalmente da falta de hipocrisia, isto é, da sinceridade e da transparência. Naqueles dias, a criança não tinha qualquer valor na sociedade, assim como os escravos. E a lição ensinada acabava com qualquer pretensão: O menor é o maior, e quem recebe o menor recebe a Jesus e ao Pai que o enviou. Quem acolhe os pequenos, humildes e sinceros acolhe Jesus e a Deus que o enviou “(ler Lucas 18:46-48). Portanto, a pessoa maior no Reino de Deus é aquela que se humilha como uma criança.
3. O “maior” deve ser servo de todos. Jesus mudou completamente a maneira de nos relacionarmos. Ele inverteu o esquema do poder estabelecendo novas regras, regras que deviam ser respeitadas em sua nova comunidade. Nada de um dominando sobre o outro, mas um colaborando com o outro; um abençoando o outro. Tendo em vista a comunhão, o poder de dominação cedeu lugar ao poder do serviço e do amor. E, conforme atestou posteriormente o apóstolo Paulo, em Filipenses 2:7, o próprio Jesus é o nosso modelo.
As palavras de Jesus em Lucas 22:27 são contundentes: “Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve”. Jesus é o maior, mas está entre todos como aquele que serve. Ah! Quando soubermos respeitar e amar aquele que serve, certamente saberemos respeitar a todos.
Temos desejado o primeiro lugar? Ou estamos dispostos a servir até aquele que acha que devia servir-nos? Esse é o desafio do evangelho! Se Jesus se entregou por nós, por que não podemos nos entregar aos irmãos? Um dia, estaremos para sempre como o Senhor, mas enquanto esse dia não chega, sigamos o exemplo de Cristo, que sendo Deus, tomou a forma de servo (Fp 2:5-11).
CONCLUSÃODada a importância da igreja no propósito de Deus, ela é chamada para expressar a realidade do reino, para ser o principal agente do reino de Deus no mundo. Para que isso aconteça, a igreja precisa manifestar os sinais do reino, ser instrumento do reino na vida das pessoas, da sociedade, do mundo. Sempre que a igreja buscar em primeiro lugar a glória de Deus, fazer a vontade de Deus, viver uma vida de humildade, amor, abnegação, altruísmo, solidariedade, etc., ela se torna agente transformador e instrumento do reino de Deus.
Aspectos do reino podem se manifestar, e com freqUência se manifestam, fora dos limites institucionais da igreja. Quando isso ocorre, a igreja deve se regozijar com essas manifestações, apoiá-las e incentivá-las. Todavia, existem aspectos do reino que só a igreja pode evidenciar, principalmente a proclamação do evangelho, das boas novas do amor de Deus revelado em Cristo. Que venhamos, como Igreja do Senhor Jesus Cristo, evidenciar o Reino de Deus neste mundo através de nossa vida, testemunho e proclamação do Evangelho.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Revista Ensinador Cristão – nº 47.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Caramuru Afonso Francisco - Comunhão dos santos - a missão conciliadora da igreja.
Claudionor de Andrade – União Cristã, o vínculo da perfeição
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domingo, 17 de julho de 2011

LIÇÃO 4- A COMISSÃO CULTURAL E A GRANDE COMISSÃO


A GRANDE COMISSÃO TEM UM CONTEXTO
 
(v. 14): a ressurreição (Mc 16:9, 12 e 14) – Jesus, ao manifestar-se ressurreto aos discípulos, evidenciou de maneira insofismável que era exatamente o que afirmava ser: o Messias, aquele que possui todo poder no céu e na terra e é nesta esfera de autoridade que a comissão se estabelece. O segundo contexto foi reprovação - ela foi dada logo após Jesus, sábio Mestre, ter avaliado e reprovado todos os seus onze discípulos pois trataram Sua ressurreição com incredulidade e dureza de coração. Assim como no passado, estes dois polos antagônicos – o poder divino e a impotência humana, precisam ser equilibradamente conciliados para que a grande comissão se concretize.     

A GRANDE COMISSÃO SE EXECUTA A CAMINHO (v. 15) – Jesus não deu uma grande sugestão, mas uma grande “missão” = “remeter, enviar” que só pode ser obedecida desinstaladamente, informalmente, relacionalmente e permanentemente. Chamados a “ir” e não somente a “vir” (Mt 11:28), somos desafiados a ver em cada passo da caminhada uma oportunidade para partilhar do amor de Deus revelado em Cristo, pois como diz William James, “o melhor uso que se pode dar à vida é empregá-la em algo que sobreviva a ela”.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA ABRANGÊNCIA: O MUNDO (v. 15) – o discípulo é convocado por Jesus a erguer seus olhos para além de suas próprias fronteiras, compreendendo que o projeto divino de transformação inclue todas “as tribos, línguas, povos e nações” (Ap5:9). O Cristo que abraçou o mundo (Jo 3:16) nos ordena a fazer o mesmo de maneira sábia e responsável.

A MENSAGEM DA GRANDE COMISSÃO É O EVANGELHO (V. 15) - D.T. Niles definiu a evangelização como “um mendigo dizendo a outro mendigo onde achar pão”. Como mendigos transformados pelo pão da vida que é Jesus, somos desafiados a proclamar a todos os mendigos que Deus colocar no nosso caminho que o “Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rom 1:16).

O ALCANCE ESPECÍFICO DA GRANDE COMISSÃO É TODA (CADA) CRIATURA (v. 15) - A grande comissão responsabiliza o evangelista com cada pessoa que ainda não conheceu Jesus, pois Ele garantiu que um pecador arrependido provoca no céu maior alegria do que noventa e nove justos que não precisam de arrependimento (Lc 15:7). Esta é uma das mais extraordinária bênçãos da evangelização: o convite para a vida é feito a todos, independemente de raça, cultura, condição econômica e sexo, mas ele é vivenciado de forma inteiramente pessoal, única e singular. Em Cristo encontramos o único caminho eficaz de resgate da nossa identidade.

A GRANDE COMISSÃO TEM UM OBJETIVO CENTRAL: SALVAÇÃO PELA FÉ(v. 16) - Jesus deixou claro que só há dois destinos eternos: salvação e condenação (não há um estado intermediário (Hb 9:27) nem há possibilidade de se mudar de estado (Lc 16:26).O único critério que determina este destino é a fé: aos crentes está destinado a salvação, aos incrédulos a condenação. Quanto ao batismo, apesar de não ter valor salvador, deve ser ministrado aos crentes, logo depois da demonstração de fé genuína (At 2:41; 16:31-34) como sinal externo da salvação interna.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA PROMESSA: SINAIS (v. 17-18). A respeito dos sinais podemos afirmar: 1.) O texto diz que eles acompanham “aqueles que crêem” referindo no plural à igreja de Jesus e não a cada crente em específico; 2.) À exceção da bebida de coisa mortífera (v. 18) todos os demais sinais foram vistos na igreja primitiva (Hb 2:3-4; Rom 15:18-19) 3.) A intensidade dos sinais feitos pelos apóstolos foi maior do que em qualquer época da história, mas isto não significa que hoje eles não existam; 4.) O sinal nunca é corriqueiro, porque se assim fosse deixaria de ser sinal; 5.) A igreja continua sendo abençoada por Jesus com sinais (Hb 13:8), mas eles só têm valor se forem elementos credibilizadores da pregação do Evangelho (Mt 22:29). 6.) Não é da competência da Igreja determinar os sinais, mas apenas admitir que Deus em Cristo pode operá-los para quem Ele quiser e quando quiser.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA BASE: ENTRONIZAÇÃO DE CRISTO (v. 19) - a evangelização não é um mero e passageiro esforço humano, mas um projeto divino eterno estabelecido e mantido por Jesus, o qual, como agente principal, exerce Sua autoridade no trono de Deus para cumprir os propósitos divinos na história humana através dos agentes secundários que são seus discípulos...

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA EXECUÇÃO: DISCÍPULOS E SENHOR (v. 20) Os discípulos “partiram e pregaram” – a grande comissão não é feita com grandes sermões e grandes promessas, mas com ações evangelizadoras diárias simples, concretas e diretas em benefício daqueles que ainda caminham para a perdição. Jesus “cooperou com eles” – a grande comissão é uma iniciativa de Jesus, mantida por Jesus e concretizada por Jesus através da “operação conjunta com Seus discípulos”. Jesus “confirmou a Palavra por meio de sinais .....” – a grande comissão só se efetiva através da pregação da palavra de Jesus que é sempre a palavra da cruz (I Co 1:18-24).

CONCLUINDO, DEVEMOS LEMBRAR QUE A GRANDE COMISSÃO é uma responsabilidade ordenada a cada discípulo de Jesus – ela não é uma tarefa dos líderes ou dos “profissionais”, mas de todos que já foram alcançados por ela; igualmente, ela garante-nos uma grande capacitação que vem pela Palavra e pelos sinais – nenhuma tarefa é deixada por Jesus sem a provisão da sua habilitação específica para cumprí-la; e, por fim, ela supre a maior necessidade do homem: a definição de seu destino eterno. Que Jesus, Salvador e Senhor ressurreto, nos liberte da nossa incredulidade e da dureza de coração, para que movidos por seu Espírito Santo (At 1:8) sejamos discípulos efetivamente engajados com a sua grande comissão, é a minha oração! 



EBDISTAS

domingo, 10 de julho de 2011

Lição 3-A VIDA DO NOVO CONVERTIDO




Introdução:

A pessoa que ouviu as boas novas da salvação em Cristo e a aceitou, tem as seguintes características:
É nascido de novo Jo 3.3,7
É regenerado Tt 3.5; 1º Pd 1.3
É transformado 2º Co 3.18
É nova criatura 2º Co 5.17; Rm 8.9
É filho de Deus Jo 1.11-13; 1º Jo 3.1,2
É filho da Luz Ef 5.8; 1º Ts 5.5

I – NASCIDO DE NOVO Jo 3.3,7

Nascido de novo conforme a palavra de Jesus ao Dr. Nicodemos, não está no sentido literal, e nem o podia ser conforme Nicodemos interpretou em Jo 3.4, más está no sentido espiritual como se vê em Jo 3.8
O primeiro nascimento logicamente é carnal veja em Jo 3.6a e Jo 1.13 e portanto, composto de carne e sangue. Quem ainda está no primeiro nascimento, não pode ver o reino de Deus veja Jo 3.3 e nem entrar nele Jo 3.5; 1º Co 15.50
Quem está somente no primeiro nascimento é:
Carnal literalmente Jo 3.6
E como carnal, sua preocupação é mais com as coisas terrenas Cl 3.1-3; Fp 3.19; Rm 8.5a
É cego espiritualmente 2º Co 4.4
Como cego espiritualmente, não entende as coisas do Espírito 2º Co 4.4a; 1º Co 2.14
Quem recebe e está no segundo nascimento é:
Inteiramente espiritual Jo 3.6b, 8; Jo 1.13. Observe em Jo 1.13, o texto diz que fomos nascidos de Deus.
Como nascer de Deus? Como se explica isso? Vejamos:
Gerados pela palavra 1º Pd 1.3,23; Tg 1.18a
Vencedor sobre o mundo 1º Jo 5.1,4
Declarado filho de Deus Jo 1.12; 1º Jo 3.1,2; Rm 8.1,16

II - REGENERADO 1º Pd 1.3; Tt 3.5

O termo regenerar, significa restabelecer o que estava perdido. Esta palavra estava perdido, lembra-nos o que Jesus disse a respeito de Zaqueu em Lc 19.10. Assim a pessoa nova convertida e nascida de novo, é regenerada e, portanto recuperada sua situação espiritual 1º Co 6.10,11; 2º Co 5.17. A alma está lavada (das imundícies do mundo) pela palavra Jo 15.3.
O crente regenerado:
Não conforma com o mundo Rm 12.2a
Não ama o mundo, nem sua composição mundana 1º Jo 2.15
Não vive por aí pecando voluntariamente 1º 3.6,8-10
Vive uma vida de oração Mt 6.9-13; 1º Ts 5.17
É testemunha de Jesus, para não ser envergonhado por Ele Mc 8.38 e At 1.8b
Aplica-se a leitura da palavra de Deus, e não deixa de meditar nela Js 1.8; Sl 1.1,2 e Jo 5.39
Canta e louva ao Senhor Cl 3.16 e Sl 100.1,2

III - TRANSFORMADO 2º Co 3.18

Aqui fala de tomar legalmente outra forma, no sentido espiritual. E no texto acima, que fala de transformação do novo convertido, o contexto de 2º Co 3.16a diz: “Mas quando converterem ao Senhor ...”, assim fala de alguém que, uma vez convertido receberá a d e v i d a transformação que será de glória em glória, isto é, crescimento espiritual gradativo 2º Pd 3.18.

O QUE DEVE SER TRANSFORMADO NO NOVO CONVERTIDO, CONFORME 2º Co 5.17 e 1º Ts 5.23: ESPÍRITO, ALMA E CORPO.

ESPÍRITO – O espírito, é a parte do homem que inclui a Razão, vontade e consciência que é imortal. Espírito e alma, são tão ligados que as vezes se confundem, como por exemplo: Ec 12.7, é o espírito que volta á Deus; em Ap 6.9 é a alma que volta. Em Mt 10.28, quem não morre é a alma; e em Tg 2.26 é o espírito.
ALMA – O vocábulo nephesh (heb), é traduzido alma mais de 500
vezes no Antigo Testamento e payche (gr), mais de 30 vezes no Novo Testamento. Muitas vezes as duas palavras é traduzida vida. A palavra quer dizer substância incorpórea, imaterial, invisível, impalpável criada por Deus
Gn 2.7. É portanto imortal no homem, no sentido genérico, por ser parte de Deus.
A alma do inconverso, antes de sua transformação, está separada de Deus por causa do pecado Rm 3.23. Más após sua transformação, conforme 1º Co 6.11 de todos os pecados relacionados em 1º Co 6.10 e Gl 5.19-21, sendo uma nova criatura 2º Co 5.17, agóra deverá conservar sua alma Hb 10.39.

CORPO – Corpo, é a parte material do homem Gn 2.7. A alma de que falamos acima, vive neste corpo conforme deduzimos do mesmo texto de Gn 2.7.

Nosso corpo deve ser conforme Rm 12.1, agradável a Deus como:
O traje das roupas Dt 22.5; Lm 1.9
O cabelo da mulher 1º Pd 3.3; Lc 7.38; Jo 11.2; 12.3; 1º Co 11.5,10, 13, 15 e 16
O cabelo do homem 1º Co 11.4, 7, 14 e 16
O corpo é o santuário ( casa ) do Espírito Santo 1º Co 3.16; 6.19 e 2º Co 6.16. Portanto o corpo deve ser conservado irrepreensível 1º Ts 5.23.

IV – NOVA CRIATURA 2º Co 5.17

O sentido de nova criatura, nas palavras do apóstolo Paulo, no texto que lemos, está intimamente relacionado a condição de nascido de novo, conforme Jesus disse ao Dr. Nicodemos Jo 3.7. E jamais alguém poderá ser nova criatura, sem o novo nascimento.

APRESENTAREMOS A SEGUIR, AS CARACTERÍSTICAS DAS DUAS CRIATURAS:

A primeira criatura é:
Nascida da carne Jo 3.4, 6a
Criada por Deus ( primeira criação) Gn 1.27
Atitude espiritual pecaminosa Rm 8.5, 6a – 8; 1º Co 6.9,10; Tt 3.3; Gl 5.19-21
Suas obras desejam serem vistas Mt 23.5
É natural 1º Co 2.14
O novo convertido, embora estar no seu corpo físico ou corpo nascido da carne, como vemos em Jo 3.4,6a , há uma diferencia neste corpo pelo fato da mudança ocorrida pela regeneração 1º Pd 1.3 e Tt 3.5
Assim, a Segunda criatura tem:
Uma atitude espiritual santa Rm 8.1, 5b, 6b
As coisas velhas já passaram tudo agora se fez novo 2º Co 5.17

Tem um corpo de carne, porém não é carnal Rm 8.1, 5b; Jo 3.6b
Tem Cristo em sua vida Rm 14.7; 2º Co 5.15; Gl 2.20
Tem sua vida para Deus Rm 6.10
Tem os frutos do Espírito Santo Gl 5.22
É Santificado, justificado e lavado conforme 1º Co 6.11; Jo 15.3 e Tt 3.5,6
Tem a crucificação da carne e suas paixões Gl 5.24; 2.20 e Rm 6.6
Tem o bom exemplo, linguagem sã, e é irrepreensível Tt 2.7,8
Assim, temos as duas naturezas: a terrena e a espiritual 2º Co 5.17

Fontes: 


Bíblia Viva
Enciclopédia Boyer
Discionário Bíblico Boyer
Dicionário Português Ediouro
www.webartigos.com

BLOG EBDISTAS

terça-feira, 5 de julho de 2011

Lição 2 - A CONDUTA CRISTÃ


INTRODUÇÃO
Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus Cristo, deve andar “de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Isso será demonstrado através de sua conduta, o seu viver diário. A Palavra de Deus nos fornece inúmeros modelos para aplicarmos em nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da Palavra de Deus é que iremos saber se o comportamento do crente é correto ou não. Baseados nisso, iremos verificar alguns princípios que, se forem seguidos, com toda certeza farão uma grande diferença na vida daquele que praticar, bem como na vida das pessoas que estão a sua volta. Há uma grande necessidade de manter-mos uma conduta exemplar.Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal objetivo. Somos exortados, pela Palavra de Deus, como deve ser a nossa conduta “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15).
EXORTAÇÕES PRÁTICAS
Paulo apresenta uma série de exortações para os crentes. Esse modo de viver deve marcar a conduta do crente. Este é exortado a praticar o amor para com todos sem discriminação, somente assim, será capaz de ter uma conduta adequada perante as pessoas (Rm 12.9). Temos então uma oportunidade de servir na sociedade que vemos a nossa frente.
1. Conduta em Relação à Sociedade
O crente tem um dever de viver uma vida digna perante os demais. “Vivei, acima de tudo, por modo digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).O Amor deve ser o elemento que governa as nossas atitudes (Rm 12.9) para com o nosso próximo. “Se não tiver amor, nada serei” (1Co 13.2). Esse amor em nossos corações deve fazer com amemos uns aos outros com amor fraternal (Rm 12.10), não buscando honras para si mesmo, mas sim honrando aos demais (Fp 2.3-5). “A razão por que é o amor de tão alta importância reside no fato de que o amor é o cumprimento de toda lei e a lei é o próprio fundamento do Estado. Nenhum crente está isento da lealdade; … quem ama ao próximo não fará coisa alguma em detrimento do próximo, ao contrário, para com ele cumprirá tudo que a lei exige”.
Sendo zelosos (Rm 12.11), ou diligentes, em seus serviços, quer sejam espirituais, quer sejam materiais. O crente será fervoroso se praticar isso em sua vida (At 18.25). Uma vida frutífera leva a uma vida de esperança, a esperança da Vinda de Cristo (Rm 12.12). Trará um cultivo a paciência, seja em tribulações, seja em qualquer outra área da vida, pois uma vida direta com o Senhor em comunhão com Cristo na oração fará crentes mais maduros. O cristão não vacila, ao invés de dar lugar à aflição, ele descarrega suas preocupações em Deus por meio da oração (Fp 4.6). Compartilhar as necessidades (Rm 12.13) é muito mais do que simplesmente dar algo para nosso irmão, mas é, também, sentirmos o que ele sente, é sentirmos as suas necessidades (At 4.32). Devemos também demonstrar hospitalidade para com todos, indiscriminadamente de quem quer que seja. Uma exortação difícil de ser feita é a de abençoar os perseguidores (Rm 12.14). Não é qualquer que pode fazer isso, e não somente abençoar, mas também não amaldiçoar (Mt 5.44,45; Lc 6.28). Alegria deve andar com o crente (Rm 12.15). Ele se alegra com seus irmãos em Cristo, mas também chora com eles, participa com eles de seus sofrimentos.Deve-se ter o mesmo sentimento (Rm 12.16), ou seja, ninguém é superior a ninguém, deve-se procurar viver em harmonia com todos, não ser orgulhoso, mas sim humilde, um contraste notável.
Sabedoria deve ser aplicada a cada situação e não se engrandecer ou achar que pode alguma coisa por si mesmo, não ser sábio aos próprios olhos. Não praticar mal por mal (Rm 12.17; Mt 5.44; 1Pe 3.9), é seguir o exemplo de Cristo que não revidava com ultraje e nem injuriava a ninguém (1Pe 2.21-23). O crente deve ter uma vida exemplar, quer em costumes, vestimentas, negócios, palavras, por está sendo observado por outros. As pessoas do mundo podem não ler a Bíblia, mas certamente lerão à vida do crente, que deve ser uma carta viva a testemunhar de seu Criador.Em relação ao convívio do crente com aqueles que lhe são inimigos (Rm 12.18-20), o crente deve procurar viver em paz, se possível com todos. Caso não seja possível, não deve se vingar de ultrajes sofridos, mas sim, depender de Deus (Dt 32.35; Pv 25.21-22; Hb 10.30). Pelo amor, o crente vence o mal com o bem, ele não se deixa influenciar pelas artimanhas. O filho de Deus deve mostrar sempre o seu amor e a sua graça para com todos.
2. Conduta em Relação às Autoridades
Para com as autoridades civis, o dever do cristão é obedecer. O crente não está isenta para com as suas responsabilidades perante o seu País. Somos exortados pelas Escrituras a nos submetermos as autoridades legalmente constituídas, pois a pessoa que resiste a tais autoridades está resistindo a Deus (Rm 13.1-2). “Os crentes cheios do Espírito, descritos em Romanos 13, vivem pela lei do amor e da fé. Portanto, o que vão dizer e fazer muitas vezes será superior à sociedade que os rodeia. Mas muitas vezes serão incompreendidos pela sociedade. Quando a humanidade é corrupta e os governos são injustos e egoísticos, a cristandade pode ser perseguida. É aqui que se concretiza a cruz diária do crente. A única solução para este problema é a eterna dívida de amor do homem para com Deus e o próximo. O cristão tem por consciência ser submisso a autoridade constituída (Rm 13.5).
O governo humano é fundamental para a convivência do homem na sociedade e é perfeitamente aprovado por Deus. O cristão tem como obrigação garantir o cumprindo das leis. O cristão deve se submeter às autoridades, não somente por encargo de consciência, mas também devido ao castigo que é imposto àqueles que são infratores das leis estabelecidas pelo governo. É óbvio que não se torna um bom testemunho para o cristão que é achado em falta ou em estado de insubmissão para com o governo, pois primeiramente não está sendo insubmisso para com o governo, e sim, para com Deus, que foi Quem o constituiu (Rm 12.1; 13.1,2; Dn 4.25-35; 5.21; Tt 3.1). Nem toda autoridade é cristã. Há e certamente haverá muitos que são ímpios, tiramos, estes responderão pessoalmente a Deus (Ap 20.12). Agora, está também claro na Palavra de Deus que se a autoridade civil, legalmente constituída, for contra o que a Bíblia ensina, o cristão deve antes, obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
“Podemos ver, então, que a submissão do crente às autoridades manifesta-se de quatro maneiras:
a) a obediência às leis do país (ou do município).
b) o civismo: ‘fazendo bem’ como cidadãos, respeitando os direitos dos outros, não sendo desordeiros nem estragando os jardins, os parques e as outras propriedades públicas (Rm 13.3).
c) o pagamento de impostos e taxas legais; a pessoa que rouba o governo está roubando o ‘ministro de Deus’ (Rm 13.4-7). d) a honra (ou respeito) para com os oficiais do governo, conforme a sua posição (Rm 13.7)”. Para que uma pessoa tenha uma vida bem sucedida nos dias de hoje, é fator importante verificar qual é a sua capacidade em verificar a mão de Deus nas atitudes, nas ações, bem como nas reações daqueles que estão investidos de autoridade sobre a nossa vida.
Verdades absolutas a reconhecer em autoridade:
1) a autoridade dos pais exerce o mais forte impacto na vida de uma pessoa, quer seja positiva, quer seja negativa. A atitude do filho para com a autoridade dos pais no presente, ou quando este os deixa, influenciará fortemente o seu futuro (Pv 6.20-23).
2) é nosso dever reconhecer na autoridade a mão de Deus, quando esta está de acordo com os padrões do Mestre. Rebelar-se contra as autoridades que Deus colocou na vida trará frustrações intensas. A pessoa, portanto, tem que saber receber ordens, para então, depois poder vir a guiar e dar orientação também (Pv 30.17).
3) muitos pensam que a liberdade está em escapar da autoridade quando antes melhor. Porém, aprendemos de Deus que o segredo está em se estabelecer um relacionamento correto e procurar reagir positivamente para com a autoridade que Ele colocou sobre a nossa vida. Um princípio claro, portanto é: Resistir a autoridade é resistir a Deus.
“O grande erro consiste em que o indivíduo não aceitar a verdade de que o próprio Deus está por trás da autoridade”.
4) a autoridade dos pais advém de Deus. Ele é responsável pelos pais que lhe concedeu, e Deus é maior que seus pais (Pv 21.1). A autoridade dos pais é para obediência dos filhos, para que este venha a ter maturidade por meio dela (Cl 3.20). Quando os pais verificam que seu filho se submete à sua autoridade, sendo-lhes obediente, eles passam a verificar que já podem ter confiança em seu filho para deixar que este venha a tomar as suas próprias decisões. Por causa da maturidade que muitos jovens aceitam a autoridade de seus pais, como colocada por Deus, estes conquistam sua liberdade muito antes de casarem.
5) em todos os nossos relacionamentos existe a figura da autoridade, esta é claramente enfatizada pelas Escrituras Sagradas: Deus exerce autoridade sobre o homem (1Co 11.3); o homem sobre a mulher (1Co 11.3; 1Pe 3.1-5); os pais exercem sua autoridade sobre os filhos (Ex 20.12; Ef 6.1-3); Deus exerce autoridade sobre os senhores empregadores (Ef 6.9); os servos devem obedecer a autoridade de seus patrões (Ef 6.5); os cidadãos devem obedecer a autoridade do Governo (Rm 13.1-7; Mt 22.21; 1Pe 2.13-18).
3. Conduta em Relação aos Cidadãos
Como cidadãos, os cristãos também têm deveres em sua conduta para com todos aqueles com quem tem contato em sua vida diária. Ele deve, portanto, cumprir bem o seu papel de cidadão. A única dívida que o cristão pode ter é o amor para com todos (Rm 13.8). Muitas vezes, o emprestar dinheiro traz profundas mágoas, pode estragar amizades, arruinar a vida de uma pessoa. Deve-se tomar cuidado com essa prática. O amor do cristão para com seus semelhante deve ser o mesmo, sem favoritismo ou exclusividade. “Se é verdade que esse amor cristão deve caracterizar nossa atitude para com os demais crentes, não menos o é o fato de que temos de mostrar essa mesma disposição para com todos os homens”. A Parábola do Bom Samaritano é uma ilustração belíssima do exemplo de amor para com o nosso próximo (Lc 10.30-37).
A lei está resumida no amor para com Deus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” e no amor para com o próximo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37; Lc 10.27; Rm 13.9; Lv 19.18). Obviamente que quem ama a Deus amará a seu próximo (1Jo 2.10,11; 4.11,12). Além do amor, um outro motivo para sermos bons cidadãos é que a Vinda do Senhor está próxima (Rm 13.11; Lc 21.28). Com isso, a grande esperança do cristão está cada vez mais próxima, isto traz responsabilidade por parte do cristão, de viver uma vida digna e de acordo com os padrões divinos. Na sua vinda, seremos então tirados da atual conjuntura do pecado e das condições atuais, bem como do derramamento da ira vindoura (Rm 8.23,24; 1Ts 1.10; 4.13-17; 5.9). Por isso não devemos estar andando nas obras das trevas e sim, “revestindo-nos das armas da luz”. Quando Ele voltar, como nos achará? Andando nas trevas do pecado, ou como bons cidadãos dos céus, amando a Deus e ao nosso próximo?
4. Conduta em Relação aos Fracos na FéEm se tratando da matéria moral, as suas dúvidas, o apóstolo Paulo estabelece três grandes princípios de grande valia:
1) não devemos julgar os outros (14.1-12); 2) não devemos tentar uns aos outros (14.13-23); 3) seguir o amor de condescendência e amor de Cristo (15.1-13). No capítulo 14 de Romanos, Paulo trata de questões duvidosas. Fala das responsabilidades do forte para com o irmão fraco, bem como do irmão fraco, para com o irmão forte. No entanto, deixa claro que cada um comparecerá perante Deus (v.12). “No idólatra Império Romano, faziam-se sacrifícios de animais aos deuses pagãos”. Depois, a carne era vendida nos mercados e açougues (1Co 10.25). Sendo essa carne associada à idéia de culto pagão, alguns dos novos convertidos não conseguiam comê-la, sem sentirem profunda perturbação interior. Outros, porém, já criam que todas as coisas pertencem a Deus, e, assim sendo, comiam-na sem nenhum problema. Afinal, ‘ao Senhor pertence toda a terra’. Aqui, o irmão “débil na fé” estava escandalizado pela liberdade que o mais forte tinha.
O problema é a falta de sabedoria quanto à liberdade que temos em Cristo. Essas pessoas não tinham convicção na aplicação de sua liberdade em Cristo. Nos dias de hoje seria o fato de alguém que se converteu do catolicismo para o cristianismo e não sabe com certeza se pode ou não comer carne da “sexta-feira santa”, pelo simples fato de ainda não entender muito bem a sua liberdade em Cristo. “O erro do irmão fraco consiste em julgar e condenar aos irmãos ‘fortes’, isto é, os que reconhecem que são livres dessas proibições ritualísticas acerca de dias e comidas; e os fortes podem errar também, em desprezarem a seus irmãos fracos, ofendendo-os desnecessariamente na ostentação da liberdade”.
O apóstolo Paulo faz uma alusão muito importante aqui, um princípio que deve ser seguido, o princípio do amor, ele fala que amar ao próximo é muito mais importante do que a nossa liberdade nestas coisas. “Também, é mais importante ser ‘conhecido’ por Deus do que ‘conhecer’ o que se refere a ídolos! Se não estamos interessados na maneira como nossa ‘sabedoria’ afeta a nosso irmão, então nosso conhecimento nos encheu de soberba. Se não nos preocupamos com os sentimentos de nosso irmão, provamos que, em vez de sermos sábios, realmente nada sabemos”.Cabe aqui notar que os crentes de romanos eram oriundos do paganismo, estavam envoltos com uma cultura pagã. Por isso, tinham suas dificuldades em relação a estes assuntos controvertidos. Paulo fala da comida e da observância religiosa de certos dias. Para Paulo, e também outros irmãos, o comer qualquer alimento não havia problema algum, ao passo que para outros, os irmãos mais fracos na fé, isso era escândalo. Da mesma sorte, com relação aos dias, alguns consideravam que cada dia era igual ao outro, não fazia distinção entre os dias que eram mais ou menos sagrados, consideravam cada dia como sendo “santo ao Senhor”, ainda outros achavam que certos dias eram mais santos do que outros.
O que é que deve ser feito, visto que na mesma comunidade havia cristãos com tão diferente pontos de vista? Cada qual deveria resolver em sua mente e em sua consciência. “Aquele que desfruta maior liberdade não deve menosprezar o outro julgando-o espiritualmente imaturo. Quem tem escrúpulos de consciência não deve criticar o seu irmão na fé por praticar o que aquele não pratica”. Paulo “nos fornece o verdadeiro meio de decidir todas aquelas questões casuais que tão frequentemente aparecem na vida cristã, e que levam tantos crentes a ficarem embaraçados. Posso admitir a mim mesmo esta ou aquela diversão? Sim, caso possa desfrutá-la para o Senhor, ao mesmo tempo que possa agradecer-Lhe pela mesma. Não, se não puder recebê-la como presente de Suas mãos e bendizê-lo por causa da mesma. Essa maneira de solucionar tais problemas respeita tanto os direitos do Senhor como a liberdade do indivíduo”.
CONCLUSÃO
A maneira de se comportar, a conduta do crente, é um fator de muita importância. Ela pode ou edificar ao irmão que nos rodeia ou até mesmo enfraquecê-lo. Portanto, torna-se necessário vigiarmos nossas atitudes para que possamos viver de vidas dignas.A conduta ideal é aquela que está permeada pelos princípios bíblicos. Uma vida que honra a Cristo e onde o Seu amor é derramado em nosso coração. O princípio do amor deve andar lado a lado conosco, para que com isso possamos edificar a nosso irmão.A conduta certa, o modo de viver certo, o comportamento correto, tudo isso depende única e exclusivamente de uma submissão de nosso próprio ser ao senhorio de Jesus Cristo. Só assim, seremos capazes de praticar os princípios contidos em Sua Palavra.
EBDistas

domingo, 3 de julho de 2011

Lição 2 - A MENSAGEM DO REINO DE DEUS




Introdução: O que está aqui e não é percebido? O que está entre nós mas não é visto, tocado, saboreado, ou ouvido? A resposta é: O Reino de Deus. Está presente, mas não em todos. É o princípio de santidade dada aos santos pela salvação por Jesus Cristo. È o homem interior que os fariseus não viram. Esse reino de Deus é percebido por você? Sl 45.13, “A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido é entretecido de ouro.”

O Reino de Deus é Misterioso – Mt 13.10-12. O Reino de Deus está aqui hoje como no tempo do Novo Testamento. Está entre nós (Lc 10.11; 17.21). Não é entendido pelas mentes entenebrecidas. Alguns percebem o Reino de Deus e para estes Cristo é precioso (I Pe 2.7; I Co 2.11-13). Muitos não conseguem perceber nada sobre Cristo e o Seu reino e para estes Ele é uma pedra de tropeço (I Pe 2.7-8; I Co 2.14).Para perceber este reino é necessário nascer de novo, do Espírito (Jo 3.3-8). A Verdade não é conhecida por todos, mas por poucos (Mt 7.14, “E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”; Mt 20.16, “Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”). É do agrado do Pai ocultar aos sábios e entendidos do mundo certas verdades de Cristo e das Suas operações soberanas. Essas mesmas verdades misteriosas Deus revela aos Seus pequeninos, ou seja, aos que o mundo desprezam (Mt 11.25-27).Quando o Reino de Deus é ensinado, você percebe-o? Tem a unção do Santo (I Jo 2.20) pela qual podemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus (I Co 2.12)? Ou para você nada deste assunto do Reino de Deus tem nexo? Está faltando a regeneração? Se for, olhe pela fé em Jesus Cristo a Quem Deus deu para ser o Salvador de todos que se arrependem!


O Reino de Deus é Invisível – Lc 17.20-24. Sempre existem aquelas pessoas que crêem que têm entendimento das coisas difíceis sobre os mistérios de Deus. Sempre têm os que crêem que são melhores que outros por viver aparentemente o que muitos julgam uma vida exemplar. A este tipo de pessoa, ou seja, aos hipócritas, Cristo ensina que o Reino de Deus “não vem com aparência exterior”. Ou seja, para estes o Reino de Deus é invisível.Deus opera do interior para o exterior (Jo 3.6, “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”). Ele olha ao coração (I Sm 16.7). O “homem encoberto”, ou seja, a nova natureza exercitando-se em obediência, reverência, modéstia e justiça é mais precioso diante de Deus do que aparências extravagantes (I Pe 3.1-7). Você possui o que é precioso diante de Deus, ou somente aquilo que impressiona o homem?Aos que estão com os olhos vedados pelo diabo, o Reino de Deus é invisível. O Reino de Deus pode estar na frente deles, como Cristo estava diante daqueles fariseus, e não o verão, mas perguntarão com toda a sua soberba: “Quando virá o Reino de Deus?” Não vêem que o reino já é chegado em alguma forma (Lc 17.21). Que terrível condição estar na presença da Salvação e não a ver!Para o mundo o Reino de Deus é invisível. Aquilo que norteia o Cristão, é precioso para o remido, e alegra o seu coração; é algo incógnito, ou seja, desconhecido pelo mundo. Por isso o nosso andar é estranho para o mundo (Jo 15.19, “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.”; Tt 2.14; I Pe 2.9). Como você é acolhido pelo mundo? Os que são o mundo são confortáveis com você no seu beber, comer, viver, falar, vestir, e adorar? Ou eles estranham suas maneiras por não ver o que você percebe?O dia virá que o Reino de Deus será conhecido por todos (Hc 2.14; Hb 8.11 e Jr 31.34 e Jo 6.45). Todavia, esse dia ainda não veio. Portanto, seja paciente para a Sua vinda. Até aquele dia seja uma testemunha viva que tem força tanto para confundir aos que desejam te acusar como para informar aos que estão cansados de pecar (I Pe 2.11-16, 19-25; 4.12-19).

A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus

Submissos – Lc 20.25; Lc 22.24.É claro que o mundo preocupa-se com a sua própria satisfação (I Jo 2.16). É fato bem conhecido que a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8.6, 7). No mesmo grau de certeza, a marca que caracteriza melhor os cidadãos verdadeiros do Reino de Deus é a sua submissão ao Rei. Sem declarar verbalmente quem é seu Rei, é fato conhecido por todos pela observação a quem você sujeita-se. O apóstolo Paulo raciocina com os irmãos em Roma: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”, Rm 6.16. A submissão ao Rei dos reis é forte testemunho da sua cidadania no Reino de Deus como a sua submissão anterior ao “príncipe das potestades do ar” marcava sua cidadania mundana (Ef 2.2,3).Existe aquilo que pertence a César e devemos dar a ele o que a ele pertence (Lc 20.25; Rm 13.1-7). Também existe aquilo que pertence a Deus e devemos dar a Ele o que a Ele pertence (Mc 12.30, amar a Ele com todo o teu coração, tua alma, teu entendimento, e tuas forças; Ap 4.11, “glória, e honra e poder”).Os apóstolos tinham a carne na qual habitava o pecado, como todos os integrantes do Reino de Deus hoje têm (Gl 5.17), e tal natureza sempre se evidencia pela exaltação da carne. Isso provocava contenda entre eles (Mt 20.20-28; Lc 22.24-27). A faísca desta contenda deu início quando a mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, procurou glória para seus filhos acima dos demais. A esta faísca foram adicionados os ciúmes dos outros dez. Logo o fogo ameaçava inflamar contenda tamanha que poderia consumir qualquer bom testemunho que os apóstolos teriam. Jesus usou a situação para mostrar como a submissão é a marca distintiva do Reino de Deus (Mt 20.25-28). Como sempre Ele é o melhor exemplo (v. 28).Como é a sua reação à pregação que enfatiza seu dever a um testemunho modesto na sua vestimenta, santidade no seu linguajar, separação dos prazeres imorais da carne, investimento na obra do Senhor com as suas finanças, o seu tempo, a sua presença e as suas orações? Sentindo reprovado, procura ainda a graça de Deus para humilhar-se diante tal reprovação e aplicar essa instrução à sua vida? Ou tal pregação te irrita e sente que o pastor está mal humorado e não deve ficar invadindo o seu espaço? A sua atitude diante da instrução bíblica revela se você tem a principal marca dos cidadãos do Reino de Deus. Será que a sua submissão à verdade trará os perdidos ao conhecimento do Evangelho como a submissão de Cristo trouxe o Evangelho a nós? Por causa do propósito da salvação nos conformar à imagem de Cristo, sem dúvida nenhuma, como Cristo se deu a Si mesmo em resgate de muitos, os que estão no Seu reino devem O imitar.                                                                                                                                                                  
Pobres em Espírito – Mt 5.3-9Jesus afirma que o espírito do cidadão do Reino de Deus é pobre. Essa pobreza não vem da ausência de boas características pessoais, nem pela ausência de bens ou do Espírito Santo. A pobreza de espírito ao qual Jesus louva é o espírito que tem a ausência de satisfação de si mesmo. Alguns sinônimos seriam a humildade e a ausência de autoconfiança. O pobre de espírito é exemplificado pelo publicano em Lc 18.13 que diz: “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”Essas duas qualidades (submissão e pobre de espírito) complementam-se. Essas duas qualidades são expressas no choro pelas falhas epecados que reconhece em seu coração; na atitude mansa que o controla em todas as situações; no desejo ardente de crescer na graça e conhecimento do seu Senhor e Salvador Jesus Cristo; nas ações misericordiosas para com o seu próximo; pelo arrependimento contínuo e a confissão dos seus pecados a Deus. Dessa maneira se mantém um coração limpo com prontidão de perdoar tanto aos outros como pede que os outros te perdoem (Mt 5.4-9).Religião pode satisfazer o homem, mas o Reino de Deus exige do homem o que ele naturalmente não deseja, ou seja, a morte de si mesmo. Se você não passou por tal morte, é difícil de afirmar que você tem uma vida que sobreviveria muito tempo no Reino de Deus na sua forma celestial.

Perseguidos por Causa da Justiça – Mt 5.10,11
É um axioma: “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”, II Tm 3.12. Fazer o certo, moral e biblicamente, não nos tornam heróis, mas mártires. Os verdadeiros participantes no Reino de Deus são os que querem viver moral e piamente em todas as esferas das suas vidas, e sofrem por viver tal vida. Como a verdade não cede nada ao vilanaço, assim o vilão não cede nada à verdade, mas persegue os que praticam a justiça (Adam Clark, comentário sobre Mt 5.10).
Gideão foi um homem valoroso, o SENHOR estava com ele de forma especial (Jz 6), e O obedeceu naquilo que pertenceu ao pai dele. Gideão derrubou o altar de Baal, cortou o seu bosque, e o segundo boi do seu pai reservado para Baal, foi oferecido no altar edificado para a verdadeiro Deus. Tal obediência a Deus não o transformou em herói mas quase em mártir. O axioma citado se provou verdadeiro.
Enquanto Ló tolerava as práticas de Sodoma, os de sodoma toleravam ele. Mas quando Ló desejava fazer o que era justo, ele foi rejeitado abertamente pelos seus vizinhos e genros (Gn 19.6-14). O axioma citado se provou verdadeiro.
O mesmo pode ser dito de João o Batista (Lc 3.19,20), do Nosso Senhor Jesus Cristo (At 10.38-39), e do Apóstolo Paulo (At 23.12-22). Quanto mais declaravam justiça pelas suas vidas e palavras, tanto mais ferozes ficavam os opositores.
Não pense que estes eram coitados, miseráveis ou vencidos por isso. Eram bem-aventurados! Eram cheios de gozo interior. Pela perseguição tomaram parte do grande galardão dos profetas fiéis que foram antes deles! Isso Jesus quis dizer quando disse: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”, Mt 5.10,11.
“Aqueles que sofrem pela lealdade ao Reino de Deus têm a benção de ser ligados mais intimamente com aquele Reino pelo qual sofrem” – Four Fold Gospel Comentário.
Por qual Reino você é mais e mais ligado? O seu testemunho merece perseguição pelas hostes de Satanás? Se não, por que não?
As bênçãos que Cristo promete para os fieis não são melhores do que aquele gozo momentâneo do pecado depois de qual vem a amarga corrupção? As bênçãos oriundas do Rei do Reino de Deus são ricas e duradouras. Entre nessa vida se arrependendo dos seus pecadoscrendo pela fé em Cristo o Salvador.

São o Sal e a Luz do Mundo – Mt 5.13-14
O Reino de Deus é o Reino de Deus. Quando Jesus ensina sobre o Reino de Deus Ele deseja dar informação sobre o Reino de Deus. Nessas horas Ele não está ensinando sobre a nação de Israel, ou a igreja, mas, do Reino de Deus. Por causa do Cristão verdadeiro fazer parte do Reino de Deus e por causa dele também fazer parte de uma Igreja neotestamentária, a igreja tenha características do Reino de Deus. Contudo, para ter clareza sobre o assunto, quando Jesus ensina sobre o Reino de Deus Ele não está ensinando sobre a igreja. É claro pelos versículos 3, 10, 19, e 20, que nessa passagem Jesus está ensinando o Reino de Deus, e mais particularmente, dos filhos deste Reino.
Os filhos do Reino hoje fazem parte das igrejas em particular e na sociedade em geral. Os Cristãos no tempo de Jesus, faziam parte da igreja verdadeira daquele tempo, e também faziam parte da sociedade. Jesus, olhando à todos nesta multidão ouvindo Ele ensinar, e já testificada qual era a natureza dos filhos do Reino de Deus, Ele destaca-os ainda mais com essa verdade: “vós sois o sal da terra”, “vós sois a luz do mundo”. Os verdadeiros Filhos do Reino são aqueles poucos que fazem uma boa diferença entre os muitos da sociedade.
Mas, os filhos do Reino somente são essa boa e saudável diferença no mundo quando exercitam a qualidade de filhos verdadeiros do Reino. Se tiver um Reino, logo tem um rei e, é claro, têm os quais servem o rei. Esses Cidadãos tementes, obedientes à lei do Rei, submissos à Sua vontade são os únicos que fazem no mundo uma diferença notável e formosa. Neste mundo há multidões de escravos andando segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Dia e noite andam nos desejos da carne, fazendo a vontade da carne e dos seus pensamentos pois, por natureza, são filhos da ira (Ef 2.2, 3). Mas, entre toda dessa podridão, ruína e corrupção, são os que não são como a maioria. Aqui e ali são os que deleitem ser feitos conforme a imagem do Santo. Outros ainda são graciosos de conversa, pacificadores no trato de negócios e bons exemplos de mansidão no comportamento, e modestos e puros no viver. Como a falta de tempero não ressalta o sabor agradável na comida, assim se não tivesse estes na sociedade que procuram ser submissos ao Rei a nossa sociedade não teria nada agradável a Deus.
A mesma coisa pode ser dito da luz que destaca mais e mais tanto quanto pior a escuridão. Se os filhos do Reino de Luz não brilhem, que esperança há para os que estão ainda assentados em trevas, na região e sombra da morte (Mt 4.16)?
Ou, você está fazendo uma diferença neste mundo, ou está necessitando a luz brilhar em você. Como vai a sua vida? Os do mundo testificam que você identifica com eles? Ou as corrupções do mundo são descobertas pela sua vida que emana santidade?
Mt 5.16, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

Amam a Lei de Deus – Mt 5.17-20
Jesus coloca muita importância sobre o ensino e cumprimento da lei quando caracteriza a natureza dos que são cidadãos do Reino de Deus. Portanto o Reino de Deus não é relegado para uma dispensação passada, antes do tempo do Novo Testamento. Também Jesus não está ensinando que o cumprimento da Lei de Moisés traz salvação. Jesus está no tempo do Novo Testamento ensinando aos que já são cidadãos do Reino de Deus que uma característica destes é o amor deles pela a Sua lei. Lembre-se que um Reino logicamente estabeleça o fato que haja um Rei. A qualidade de boa cidadania é submissão às leis do Rei. Os cidadãos somente podem sujeitar-lhes ao Rei do reino se estiverem leis e se estas forem declaradas. Deus estabelece os Seus princípios santos para os Seus filhos na Sua lei. Uma característica da natureza dos Cidadãos do Reino de Deus é o seu amor e sua obediência às leis de Deus. Este amor não é pela aparência da obediência das Suas leis, mas o amor verdadeiro de coração que estima a Sua Palavra tão preciosa quanto a Pessoa de Cristo (Rm 7.22, “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;” Sl 119.127, 128, “Por isso amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino. Por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como retos, e odeio toda falsa vereda.”; I Pe 2.7, “E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,”).
Mesmo amando a lei de Deus como ama a Pessoa de Deus em Cristo não afirma que o seu amor nem a sua obediência é tudo que deseja ser. O pecado que habita nos seus membros cobiça contra o espírito; faz que estes não respeitam as Suas leis sempre como desejam (Rm 7.18; Gl 5.17). Todavia, confessam os seus pecados a Deus e Ele, pela Sua fidelidade e pela obra eterna do sangue de Cristo, os perdoa e purifica de toda a iniqüidade (I Jo 1.9).
Também a grandeza da graça de Deus, a certeza da preservação divina de os apresentar irrepreensíveis diante dEle, e a salvação eterna que têm em Cristo não os incentiva a pecar mas estimula-os a serem mais e mais santos como Ele é (I Jo 3.1-3). Os Cidadãos do Reino de Deus são miseráveis por não obedecer as leis de Deus, nunca sentem aliviados ao pensar que estão dispensados de observar aquilo que é santo e bom, ou seja, os Seus mandamentos (Rm 7.24; I Jo 5.1-3).
Como são os princípios da Lei de Deus para você? Tem alegria em dizimar e ofertar ao Senhor e à Sua causa? Estar presente nos cultos no tipo de igreja que agrada Deus é sempre pesado? Perdoar os que lhe ofendem, e honrar os que obedecem menos sua suposta e completa obediência é uma prática estranha para você? Você deleita-se na mortificação da carne e deseja fugir da fornicação? A leitura e estudo da Palavra de Deus são hábitos crescentes? A lei de Deus dá padrões absolutos com os quais os filhos verdadeiros do reino se meçam. Quando estes sentem miseráveis por não acertar na perfeita obediência, regozijam pela vitória que têm em Cristo.
Você é um verdadeiro filho de Deus no Seu reino? Alegre-se por ser perseguido por Sua causa? Faz uma diferença boa no mundo como fazem o sal e a luz? A lei de Deus é estimada por você? A sua vitória é a obra de Cristo?

Fonte:
www.palavraprudente.com.br


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