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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Lição 6- A prosperidade dos Bem-aventurados
INTRODUÇÃO
O movimento da Teologia da Ganância, que nada tem de cristã, foge dos textos bíblicos que tratam a respeito do sofrimento. As bem-aventuranças, apresentadas por Jesus no Sermão do Monte, são desconsideradas. Na lição de hoje, aprenderemos que existe prosperidade para os bem-aventurados, e esses, diferentemente do que defendem o pseudopentecostalismo, tem como marca o sofrimento. Mesmo em meio ao sofrimento, por amor a Cristo, esses são considerados - makarios em grego - isto é, mais do que felizes.
1. BEM-AVENTURADOS OS POBRES, OS QUE CHORAM E OS MANSOS
A pobreza espiritual é o reconhecimento da nossa necessidade de Deus, de que somos pecadores, carentes do Seu perdão. Como bem explicitou Calvino: “só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito”. O reino de Deus é concedido àqueles que percebam sua carência de Deus, os pecadores, nos tempos de Jesus, concretizados, por exemplo, nos publicanos e prostitutas (Mt. 21.21). Os fariseus, alicerçados em sua vã religiosidade, deixaram de atentar para essa sublime verdade (Mt. 23.23-26). Os que choram também são bem-aventurados, Jesus é um grande exemplo nesse sentido, pois Ele mesmo chorou a miséria dos homens (Jo 11.35; Mt. 23.37; Hb. 5.7). Somente aqueles que choram pelos seus pecados podem receber o Consolador, pois esses, ao final, terão suas lágrimas enxugadas por Deus (Ap. 7.17). Os mansos - praus em grego - seguem o modelo que é Cristo, em Sua mansidão (Mt. 11.29). Dr. Lloyd Jones explica essa bem-aventurança com a seguinte declaração: “a mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros”. A promessa de Jesus aos mansos é que eles herdarão a terra, que ecoa as palavras do Salmo 37, para não nos indignarmos por causa dos malfeitores, e a mantermos nossa esperança no Senhor.
2. OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, OS MISERICORDIOSOS
Maria, em seu Magnificat, declara que Deus encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos (Lc. 1.53). De fato, os que têm fome e sede de Deus, e de justiça, é que serão fartos. A ambição desses não é material, como tanto se propaga atualmente, mas espiritual. Essa fome e sede de justiça não serão cumpridas enquanto estivermos aqui na terra. No mundo impera a maldade e o engano, as pessoas fazem de tudo para tirar vantagem. O rico prospera e ostenta o produto das suas aquisições, muitas vezes adquiridas ilicitamente. Enquanto que o pobre é injustiçado, trabalha por um salário de fome, e é constantemente oprimido. Mas bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles, no céu, jamais terão fome e nunca mais terão sede (Ap. 7.16,17). Os misericordiosos - eleos em grego - também são bem-aventurados, pois demonstram compaixão pelas pessoas que passam necessidade. Existe uma diferença marcante entre graça (charis) e misericórdia (eleos). A primeira é resultante do favor imerecido, em relação ao pecado, enquanto que essa última é uma demonstração de alívio diante da dor, da miséria e do desespero. O mundo desconhece tanto a graça quanto a misericórdia, pois trata as pessoas com crueldade, foge da dor e do sofrimento dos homens. A cultura da vingança e da competitividade se consolidou no contexto de uma sociedade insensível à mensagem de Deus. Agir com misericórdia é está disposto a perdoar, conforme instruiu Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt. 18.21-35).
3. OS LIMPOS DE CORAÇÃO, OS PACIFICADORES E OS PERSEGUIDOS
Bem-aventurados são os limpos de coração, aqueles que oram, com Davi: “cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl. 51.6). A pureza que agrada a Deus vem de dentro para fora, parte do interior do ser, não do exterior, como defendiam os fariseus (Lc. 11.39; Mt. 23.25-28). Umas das marcas dos limpos de coração é sinceridade, são pessoas que não entregam a alma à falsidade (Sl. 24.4). A motivação das suas atitudes é produto da honestidade. Os limpos de coração não vivem das aparências, do marketing pessoal em detrimento da sinceridade do coração. Somente os limpos de coração, os que são sinceros diante de Deus, que não vivem de máscaras, verão a Deus. Aqueles que assim vivem são pacificadores, por isso são bem-aventurados, pois não vivem dissimuladamente, antes agem com vistas a construir relacionamentos sólidos, sem que esses estejam baseados na pressão. Os cristãos não foram chamados por Cristo para viverem em conflito, mas em paz (I Co. 7.15; I Pe. 3.11; Hb. 12.14; Rm. 12.18). Os que são pacificadores são bem-aventurados porque foram agraciados com a paz de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo (Cl. 1.10; Ef. 2.15). Aqueles que vivem a partir desses princípios sofrerão perseguição, mesmo assim, devem se considerar mais do que felizes (Mt. 5.12). A promessa para os que suportam as perseguições é a “o galardão nos céus”. Os profetas, por denunciarem o pecado, foram perseguidos, aqueles que fazem o mesmo atualmente, participam dessa sucessão (At. 5.41).
CONCLUSÃO
Lutero incluiu o sofrimento no rol das características de uma verdadeira igreja. Do mesmo modo, podemos afirmar que uma igreja verdadeiramente próspera passa por sofrimento. Paradoxalmente, há movimentos cujo slogan é: “pare de sofrer”. Uma igreja que não sofre não pode se considerar igreja, pois conforme revelou Paulo ao jovem pastor Timóteo, todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguição (II Tm. 3.12).
BIBLIOGRAFIA
LLOYD-JONES, D. M. Estudos no Sermão do Monte. São Paulo: Fiel, 1984.
STTOT, J. A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU, 2001.
Publicado no blog Subsidio EBD
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Lição 6: A prosperidade dos bem-aventurados
TEXTO ÁUREO
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se encontra na abundância dos bens espirituais que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo nos proporciona.
Prezado professor, você tem desfrutado das bem-aventuranças? Este é o tema que estudaremos na lição de hoje: “A Prosperidade dos Bem-Aventurados”. Ser um bem-aventurado não é ter muitos bens materiais, mas é viver do favor de Deus. A graça divina nos dá condições para vivermos segundo os seus preceitos. Sabemos que na Lei de Moisés alguém para ser abençoado necessitava fazer alguma coisa. Porém, na dispensação da graça, os bem-aventurados são aqueles que não necessitam fazer coisa alguma, visto que pela fé o Filho de Deus já fez por eles! Por isso mesmo praticam boas obras. Enfatize, também, que para sermos abençoados, basta permanecermos firmes em Jesus Cristo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber quais são os fundamentos das bem-aventuranças.
Explicar as bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia.
Conscientizar-se de que a prosperidade dos bem aventurados firma-se nas coisas espirituais e não nas materiais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro de giz o esquema abaixo. Depois, pergunte aos alunos: “O que significa ser bem-aventurado?” Ouça as respostas e explique, utilizando o quadro, que ser bem-aventurado é ser feliz. Essa felicidade não se origina dos bens materiais que possuímos, mas em termos os nossos pecados perdoados por Jesus. Somente aqueles que receberam a Cristo como único e suficiente Salvador podem desfrutar dessa felicidade. Conclua enfatizando que essa alegria nos acompanhará por toda a eternidade.
Ser bem-aventurado é...
1. Ter paz e comunhão com Deus (1 Co 1.9).
2. Ser regenerado (Tt 3.5).
3. Experimentar uma mudança interior (2 Co 5.17).
4. É ter a certeza de que Jesus supre todas as necessidades (Sl 23.1).
5. É ter alegria em toda e qualquer situação (1 Ts 1.6; Hc 3.17,18).
6. É cantar e adorar ao Senhor em todo o tempo (At 16.23-25).
INTRODUÇÃO
As bem-aventuranças de Jesus destacam os princípios que fundamentam a Lei e os Profetas. Em cada sentença, enfatizam as riquezas espirituais em detrimento das materiais. Isso deve ter escandalizado os escribas e fariseus, porque eles se atinham mais à letra do que ao espírito da Lei Mosaica. Faz-se necessário, pois, nos voltarmos ao Sermão do Monte para reavaliarmos o que se vem ensinando nos púlpitos de nossas igrejas. Caso contrário, agiremos como a classe sacerdotal do tempo de Jesus. Além disso, corremos o risco de transformar a fé cristã num mero e perigoso relacionamento mercantil entre o crente e Deus.
Vejamos, pois, na aula de hoje, em que consiste a verdadeira prosperidade.
I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
Vejamos, pois, na aula de hoje, em que consiste a verdadeira prosperidade.
I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
1. O significado das bem-aventuranças. A expressão bem-aventurado vem da palavra latina beatus que, por seu turno, originou o termo beatitude. No original grego, o vocábulo usado por Mateus é makarios, cujo significado lembra felicidade, alegria divina e perfeita. Para os antigos gregos, somente os deuses realmente eram felizes, isto é, bem-aventurados. No hebraico, por outro lado, o vocábulo esher é traduzido, no salmo primeiro, com o sentido de quão felizes são! O sentido, portanto, é o de alguém que é feliz aos olhos de Deus por amar intensamente ao Senhor.
Observa-se ainda que, na literatura grega clássica, a palavra era usada para se referir à prosperidade material. Mas, na literatura sapiencial hebraica, ela se refere a uma condição de bem-estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1). Jesus mantém esse último sentido.
2. Bem-aventurados os pobres (Mt 5.3). No Sermão da Montanha, a pobreza não é vista propriamente como escassez de bens materiais, mas como necessidade da alma. Nesse contexto, pobre é o que tem uma carência espiritual! Por conseguinte, é aquele que reconhece suas verdadeiras necessidades espirituais. E por isso almeja um relacionamento mais profundo com Deus como o fez o salmista:
“Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença” (Sl 42.1-5).
Almeja você a presença de Deus? Então, busque-o como o salmista.
3. Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4). Por que um crente chora? O motivo pode ser tanto interno quanto externo. Às vezes, choramos em decorrência de nossa própria situação espiritual, porque almejamos aprofundar nossa comunhão com o Senhor. Queremos estar mais próximos dEle. Suspiramos por uma intimidade maior com o Pai celeste. Outras vezes, choramos por causa da situação espiritual em que o mundo se encontra (Is 6.5). Se de fato choramos aos pés de Cristo, o consolo certamente virá.
II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
1. Bem aventurados os mansos (Mt 5.5). Nesse contexto, manso é aquele que demonstra total submissão à vontade de Deus, mesmo quando esta parece contrariar seus interesses pessoais. Não é pieguice, mas submissão consciente ao querer divino. Manso também é aquele que, apesar de injustiçado, não procura a própria vingança, mas confia em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8). Se você age com mansidão e submete-se à vontade divina, você é verdadeiramente próspero. Isto significa que você possui uma riqueza que muita gente almeja e não tem: o domínio próprio e a conformação absoluta à vontade de Deus.
2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6). Os verdadeiramente prósperos são aqueles que demonstram um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente. Eles estão conscientes de que a verdadeira prosperidade só é alcançada com a instauração do Reino de Deus. Assim, seremos todos saciados em nossa fome e sede de justiça. Você anseia pelas coisas divinas? Ou só tem desejo por aquilo que perece? Chegou o momento de pensarmos nas coisas do alto (Cl 3.2)!
3. Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7). O léxico grego de Strong traduz essa expressão como “boa vontade ao miserável e ao aflito associada ao desejo de ajudá-los”. Em o Novo Testamento, a expressão ocorre com frequência no sentido de perdão. O bem-aventurado tem um coração não somente perdoador, mas disposto a socorrer os mais necessitados. Ele sempre abrirá a mão e o coração àquele que precisa de um socorro material. Você tem ajudado os órfãos, às viúvas e aos que se acham em dificuldades? Essa é a verdadeira religião (Tg 1.27). Você sabe perdoar? Você sabe amar como Jesus amou?
III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
1. Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8). Jesus não se refere a uma pureza meramente ritual. Ele se refere ao homem que se acha limpo e isento de culpa. É uma pureza que vem de dentro, origina-se na alma. Você tem guardado o seu coração incontaminado? (Fp 4.8).
2. Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9). A Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C, traduz essa expressão como os que fazem a paz! O pacificador é alguém que não somente ama a paz, mas encontra-se comprometido com o processo que a ela conduz. Você tem semeado a paz? Ou é alguém que se compraz em levar a guerra entre os filhos de Deus? (Hb 12.14).
3. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10,11). O princípio que o Senhor Jesus expõe é frontalmente contrário à filosofia materialista deste século. Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo martirizado por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna. É o que ensina Jesus. Dificilmente os pregadores da prosperidade aceitarão tais coisas. No entanto, eles se esquecem da advertência do Senhor: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
CONCLUSÃO
As bem-aventuranças de Jesus contrariam totalmente os conceitos da Teologia da Prosperidade. A grande lição que aprendemos com o Mestre é que o homem realmente próspero não é aquele que pode ser avaliado de forma superficial e materialista, mas aquele que encontrou a paz em Cristo (Rm 5.1). Isso não significa que Deus não queira que os seus filhos prosperem materialmente. Mas a prosperidade material nada representa sem a espiritual.
Fonte: Estudantes da Bíblia
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
LIÇÃO 05 - AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA
INTRODUÇÃO
Sem dúvida alguma, um dos temas bíblicos mais deleitosos à vida cristã, é o que trata das bênçãos e promessas de Deus. Uma vez que todos nós, em qualquer circunstância, somos dependentes das promessas de Deus contidas nas Escrituras. Contudo, nesta lição, iremos perceber que existem três tipos de promessas, a saber: individuais, nacionais e universais, e que cada uma delas têm um alvo determinado.
I - AS PROMESSAS INDIVIDUAIS
Existem vários exemplos na Bíblia, tanto de homens como de mulheres que foram alvos de promessas individuais. dentre eles podemos citar: Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Ana, Paulo e outros (Gn 6.18; 12.1-3; 26.2-4; 28.13-15; 1 Sm 1.17; Jo 21.18,19; At 9:15,16).
Aurélio define a palavra “individual” como: relativo há um indivíduo. Logo, fica entendido que quando uma promessa é de natureza individual, não deve ser aplicada a todas as pessoas, se não, a indivíduos em particular.
A cerca de Abraão, por exemplo, Deus lhe fez três promessas individuais:
Deus prometeu a Abraão um filho, ainda que sua idade estivesse avançada e que sua esposa fosse estéril: “E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro” (Gn 15.4);
Deus prometeu a Abraão muitos descendentes, tantos que se tornaria o pai de numerosas nações: “E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti” (Gn 17:6,7);
Deus prometeu a terra de Canaã a Abraão e a sua posteridade: “E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).
Os adeptos da Teologia da Prosperidade, equivocadamente, aplicam para si promessas feitas a indivíduos específicos. Hagin, o maior difusor desse terrível engano, em um de seus livros, usa a passagem bíblica de Gênesis 17.6, onde Deus promete a Abraão que ele seria extraordinariamente frutífero. Afirmando que essa expressão tem o objetivo claro de se referir às riquezas espirituais, física, financeira e material e aplica estas promessas a todos os cristãos, parafraseando-a com a declaração paulina contida em Gálatas 3:8, senão confira: “A primeira coisa que Deus prometeu a Abraão foi que iria enriquecê-lo. ‘Você quer dizer que Deus vai enriquecer todos nós?’ Sim, é isto que quero dizer” (Pieratt, 1993, p.129)
Três graves erros, Hagin comete na interpretação deste versículo:
1.1. O primeiro erro: ele aplica para todos os cristãos uma promessa individual;
1.2. O segundo erro: ele confunde a palavra “frutificar” como sendo bênçãos materiais, mas fica claro que a expressão diz respeito à descendência que viria do patriarca. Abraão foi o pai dos israelitas, ismaelitas, midianitas, edomitas e outros árabes (Gn 17.20; 25.1-3,24-27);
1.3 O terceiro erro: a bênção de Abraão que Paulo faz menção nessa passagem não diz respeito a riquezas materiais, muito pelo contrário, está aludindo às bênçãos espirituais que as nações gentílicas foram incluídas na esperança da salvação por meio de Abraão. Isso fica muito claro em Gálatas 3.7-9 onde Paulo afirma: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão”.
II - AS PROMESSAS NACIONAIS À ISRAEL
É necessário distinguir as promessas feitas a nação de Israel daquelas feitas a Igreja de Cristo. Assim como as promessas individuais dizem respeito a indivíduos específicos como vimos, as promessas nacionais dizem respeito a uma nação, neste caso, a Israel.
“Embora sejamos abençoados pelo fato de a nação judaica ter desempenhado papel proeminente na história da salvação (Jo 4.19-24), não é biblicamente correto tomar promessas especificas de Deus para Israel, muitas das quais terão cumprimento futuro, e aplicá-los à Igreja” (Couto, 2007, p. 07).
Existem promessas de Deus feitas ao seu povo, Israel, que lhe são peculiares, como, por exemplo, podemos citar:
Deus prometeu a Israel a terra e este recebeu (Gn 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Lv 20.24; 25.23), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jr 31.35-40);
Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Sm 7.10-16; 1 Re 9.5; Is 9.6-7; Ez 34.23-24; 37.24-25; Lc 1.31-33);
É clara também a promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que, depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais esconderá de Israel o Seu rosto (Ez 39.7; 22, 27-29; Zc 8.13-14).
Outra grande parte das promessas destinadas a Israel dependiam da guarda da Lei de Deus: moral e cerimonial e da obediência a Ele. Como por exemplo, as que estão citadas em Deuteronômio 28, que diz: “O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir” (Dt 28.13,14).
Os teólogos da prosperidade usam a referida passagem onde são pronunciadas as bênçãos da obediência no monte Gerizim para erroneamente aplicar a Igreja. No entanto, podemos claramente perceber que esta promessa condicional feita a Israel não pode ser aplicada à Igreja pelo fato desta não estar debaixo da Lei (Rm 6:14; Ef 2:14). A Lei foi abolida para a Igreja e, portanto, tanto as bênçãos quanto as maldições de Deuteronômio 28 não têm aplicação direta para ela. “As bênçãos aqui esboçadas são de natureza quase exclusivamente material, o que é insuficiente do ponto de vista do Cristianismo. Pois as bênçãos mais preciosas são aquelas de caráter espiritual” (Mt 6:19;33) (CHAMPLIN, 2001, p. 855). Porém algo extremamente importante merece ser destacado: o princípio da obediência como causa da benção divina. Este serve tanto para Israel como para a Igreja, pois é um princípio imutável.
III - AS PROMESSAS UNIVERSAIS POR MEIO DA IGREJA
O que foi prometido na Antiga Aliança a Israel, difere muito das bençãos prometidas na Nova Aliança à Igreja, que são espirituais e atemporais, ou seja, eternas.
Enquanto a Israel foi prometido a posse de uma terra física (Gn 17:8; Êx 3.17), a Igreja foi prometido a posse de um terra espiritual (Ap 21.1,2;7).
Por meio da Igreja, o corpo místico de Cristo (Ap 5:9), todo aquele que é alcançado pelo Evangelho, se torna participante destas extraordinárias bençãos:
A promessa de ser templo do Espírito Santo (Jo 14.17,23);
A justificação (Gl 2.16; 2.21);
A liberdade (Gl 4.8-10; Gl 5.1);
A promessa do Batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 2.38,39);
A adoção de filhos (Jo 1.12; II Co 6.18; I Jo 3.1,2);
A promessa do livramento da grande tribulação (Ap 3.10).
CONCLUSÃO
Concluímos afirmando que apesar de Deus fazer extraordinárias promessas, devemos ter bastante cuidado a fim de distingui-las, visto que não são todas que dizem respeito a nós. No entanto, algo podemos extrair de todas as promessas de Deus: elas tem como objetivo conceder-nos a convicção de que Ele também cumprirá suas promessas para conosco.
REFERÊNCIAS
PIERATT, Allan B. O evangelho da prosperidade. Vida Nova.
CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
COUTO, Geremias do. Lições Bíblicas: as promessas de Deus para a sua vida. CPAD.
GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação
Aurélio define a palavra “individual” como: relativo há um indivíduo. Logo, fica entendido que quando uma promessa é de natureza individual, não deve ser aplicada a todas as pessoas, se não, a indivíduos em particular.
A cerca de Abraão, por exemplo, Deus lhe fez três promessas individuais:
Deus prometeu a Abraão um filho, ainda que sua idade estivesse avançada e que sua esposa fosse estéril: “E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro” (Gn 15.4);
Deus prometeu a Abraão muitos descendentes, tantos que se tornaria o pai de numerosas nações: “E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti” (Gn 17:6,7);
Deus prometeu a terra de Canaã a Abraão e a sua posteridade: “E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).
Os adeptos da Teologia da Prosperidade, equivocadamente, aplicam para si promessas feitas a indivíduos específicos. Hagin, o maior difusor desse terrível engano, em um de seus livros, usa a passagem bíblica de Gênesis 17.6, onde Deus promete a Abraão que ele seria extraordinariamente frutífero. Afirmando que essa expressão tem o objetivo claro de se referir às riquezas espirituais, física, financeira e material e aplica estas promessas a todos os cristãos, parafraseando-a com a declaração paulina contida em Gálatas 3:8, senão confira: “A primeira coisa que Deus prometeu a Abraão foi que iria enriquecê-lo. ‘Você quer dizer que Deus vai enriquecer todos nós?’ Sim, é isto que quero dizer” (Pieratt, 1993, p.129)
Três graves erros, Hagin comete na interpretação deste versículo:
1.1. O primeiro erro: ele aplica para todos os cristãos uma promessa individual;
1.2. O segundo erro: ele confunde a palavra “frutificar” como sendo bênçãos materiais, mas fica claro que a expressão diz respeito à descendência que viria do patriarca. Abraão foi o pai dos israelitas, ismaelitas, midianitas, edomitas e outros árabes (Gn 17.20; 25.1-3,24-27);
1.3 O terceiro erro: a bênção de Abraão que Paulo faz menção nessa passagem não diz respeito a riquezas materiais, muito pelo contrário, está aludindo às bênçãos espirituais que as nações gentílicas foram incluídas na esperança da salvação por meio de Abraão. Isso fica muito claro em Gálatas 3.7-9 onde Paulo afirma: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão”.
II - AS PROMESSAS NACIONAIS À ISRAEL
É necessário distinguir as promessas feitas a nação de Israel daquelas feitas a Igreja de Cristo. Assim como as promessas individuais dizem respeito a indivíduos específicos como vimos, as promessas nacionais dizem respeito a uma nação, neste caso, a Israel.
“Embora sejamos abençoados pelo fato de a nação judaica ter desempenhado papel proeminente na história da salvação (Jo 4.19-24), não é biblicamente correto tomar promessas especificas de Deus para Israel, muitas das quais terão cumprimento futuro, e aplicá-los à Igreja” (Couto, 2007, p. 07).
Existem promessas de Deus feitas ao seu povo, Israel, que lhe são peculiares, como, por exemplo, podemos citar:
Deus prometeu a Israel a terra e este recebeu (Gn 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Lv 20.24; 25.23), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jr 31.35-40);
Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Sm 7.10-16; 1 Re 9.5; Is 9.6-7; Ez 34.23-24; 37.24-25; Lc 1.31-33);
É clara também a promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que, depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais esconderá de Israel o Seu rosto (Ez 39.7; 22, 27-29; Zc 8.13-14).
Outra grande parte das promessas destinadas a Israel dependiam da guarda da Lei de Deus: moral e cerimonial e da obediência a Ele. Como por exemplo, as que estão citadas em Deuteronômio 28, que diz: “O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir” (Dt 28.13,14).
Os teólogos da prosperidade usam a referida passagem onde são pronunciadas as bênçãos da obediência no monte Gerizim para erroneamente aplicar a Igreja. No entanto, podemos claramente perceber que esta promessa condicional feita a Israel não pode ser aplicada à Igreja pelo fato desta não estar debaixo da Lei (Rm 6:14; Ef 2:14). A Lei foi abolida para a Igreja e, portanto, tanto as bênçãos quanto as maldições de Deuteronômio 28 não têm aplicação direta para ela. “As bênçãos aqui esboçadas são de natureza quase exclusivamente material, o que é insuficiente do ponto de vista do Cristianismo. Pois as bênçãos mais preciosas são aquelas de caráter espiritual” (Mt 6:19;33) (CHAMPLIN, 2001, p. 855). Porém algo extremamente importante merece ser destacado: o princípio da obediência como causa da benção divina. Este serve tanto para Israel como para a Igreja, pois é um princípio imutável.
III - AS PROMESSAS UNIVERSAIS POR MEIO DA IGREJA
O que foi prometido na Antiga Aliança a Israel, difere muito das bençãos prometidas na Nova Aliança à Igreja, que são espirituais e atemporais, ou seja, eternas.
Enquanto a Israel foi prometido a posse de uma terra física (Gn 17:8; Êx 3.17), a Igreja foi prometido a posse de um terra espiritual (Ap 21.1,2;7).
Por meio da Igreja, o corpo místico de Cristo (Ap 5:9), todo aquele que é alcançado pelo Evangelho, se torna participante destas extraordinárias bençãos:
A promessa de ser templo do Espírito Santo (Jo 14.17,23);
A justificação (Gl 2.16; 2.21);
A liberdade (Gl 4.8-10; Gl 5.1);
A promessa do Batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 2.38,39);
A adoção de filhos (Jo 1.12; II Co 6.18; I Jo 3.1,2);
A promessa do livramento da grande tribulação (Ap 3.10).
CONCLUSÃO
Concluímos afirmando que apesar de Deus fazer extraordinárias promessas, devemos ter bastante cuidado a fim de distingui-las, visto que não são todas que dizem respeito a nós. No entanto, algo podemos extrair de todas as promessas de Deus: elas tem como objetivo conceder-nos a convicção de que Ele também cumprirá suas promessas para conosco.
REFERÊNCIAS
PIERATT, Allan B. O evangelho da prosperidade. Vida Nova.
CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
COUTO, Geremias do. Lições Bíblicas: as promessas de Deus para a sua vida. CPAD.
GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Lição 5: As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja
TEXTO ÁUREO
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.3,4).
VERDADE PRÁTICA
Se observarmos a Palavra de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade: a comunhão plena, em Cristo, com o Pai Celestial.
INTRODUÇÃO
Neste domingo, veremos que Deus deseja conceder bênçãos ainda maiores aos seus filhos. Há bênçãos pessoais, nacionais e universais. Em primeiro lugar, estudaremos as bênçãos prometidas por Deus especificamente a Israel. E depois as que Ele destinou à sua Igreja. Isto implica em analisarmos as promessas divinas do Antigo Testamento em seus devidos contextos. Se não o fizermos, corremos o risco de não compreendermos devidamente o plano divino para a nossa vida.
Por conseguinte, há que se distinguir as esferas da atuação divina em cada uma das alianças.
Nesta lição, procuraremos mostrar, através da Bíblia, o que foi prometido a Israel e o que cabe à Igreja de Cristo.
I. ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance individual das bênçãos. A Bíblia revela que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. É o que aprendemos com a vida de Abraão. Na Antiga Aliança, as bênçãos contemplavam o presente, mas também apontavam para o porvir. Eram circunstanciais, porém sinalizavam algo permanente. As bênçãos, portanto, eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
Quando Deus chamou Abraão de Ur dos Caldeus, o patriarca não partiu motivado por expectativas materiais e financeiras, mas saiu para cumprir a vontade divina. Mas nem por isso Abraão deixou de ser abençoado com bens materiais (Gn 24.35). Ele sabia como lidar com o transitório, pois tinha a mente no eterno.
2. O alcance social das bênçãos. De nada adianta possuir bênçãos materiais, se aqueles que estão ao nosso redor, não forem alcançados em decorrência de nossa confissão e testemunho (Gn 12.3). De acordo com o texto bíblico, Abraão desfrutava de um excelente conceito por parte dos que o cercavam. Através dele, todos eram abençoados (Hb 11.7,8). Haja vista o reconhecimento que o patriarca alcançou ao longo da história. Por intermédio dele, todos fomos abençoados com a salvação em Jesus Cristo (Gl 3.8,9).
II. ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance geográfico das bênçãos. Havia bênçãos dadas a Israel que eram de caráter puramente nacional; diziam respeito unicamente a ele como povo. Por outro lado, havia aquelas de caráter universal e espiritual que apontavam para um futuro distante. Como povo, Israel necessitava de uma terra para habitar. Por isso, ao chamar Abraão, o Senhor prometeu fazer dele uma grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã como herança perpétua a ele e aos descendentes (Gn 17.8). O aspecto geográfico da bênção é muito importante na história do povo judeu. Canaã foi prometida a Abraão e à sua posteridade. É uma bênção que diz respeito unicamente ao povo de Israel (Dt 28.8).
2. O alcance político das bênçãos. Na lista de bênçãos a Israel, encontramos as de natureza política que se referiam ao seu relacionamento com nações vizinhas. Israel estava localizado em um meio hostil. Por isso mesmo, dependia da guarda divina (Dt 28.7). Mas, intervindo Deus, a nação israelita veio a ser respeitada e temida como propriedade particular do Senhor (Dt 28.10). É fácil percebermos que nem todas as bênçãos prometidas a Israel, através dos patriarcas, podem ser aplicadas a nós, pois eram destinadas exclusivamente ao povo hebreu.
3. O alcance global das bênçãos. Quando Deus diz a Abraão, por exemplo, que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3), referia-se à salvação que viria a ser oferecida, gratuitamente, a todos os povos através da pessoa bendita de Jesus Cristo (Gl 3.8). Com respeito à promessa, afirmou o Senhor Jesus: “Abraão viu o seu dia e se alegrou” (Jo 8.56). Por conseguinte, a bênção da salvação não era apenas para a posteridade de Abraão, mas também para todos os povos. O mesmo se pode dizer acerca do derramamento do Espírito Santo. A promessa, embora feita a Israel, acha-se disponível a todos os que recebem a Jesus como salvador (Jl 2.28-31; cf. At 2.39).
III. A IGREJA E O ASPECTO UNIVERSAL DA BÊNÇÃO
1. Transitório versus eterno. Já vimos que as bênçãos na Antiga Aliança eram de natureza material, social e também espiritual. Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova. O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co 3.1-11). Isto significa que as bênçãos, em sua plenitude, estavam reservadas para a Nova Aliança.
2. Material versus espiritual. Afinal, o que pertencia a Israel e que pode ser também desfrutado pela Igreja? Paulo escreveu aos Efésios que Cristo nos “abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais” (1.3). É evidente, porém, que aquilo que é eterno pode englobar o transitório, assim como o que é coletivo pode contemplar algo particular ou individual. As promessas espirituais atendem também as nossas necessidades físicas e materiais, embora o seu real propósito esteja muito além dessa dimensão. O que deve ser destacado é que o material jamais deve sobrepor-se ao espiritual.
Inverter a ordem das coisas é incorrer em sério risco! As bênçãos da Antiga Aliança, por exemplo, incluíam bois, jumentos, ovelhas, prata e ouro (Gn 24.35; Jó 1.1-3). Por outro lado, as da Nova Aliança fazem referência à justificação (Gl 2.16,21), ao dom do Espírito Santo (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna (Gl 3.21; Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo (Gl 4.8-10; 5.1). Em outras palavras, as bênçãos da Nova Aliança se sobrepõem às da Antiga e são superiores e exclusivas para os crentes do Novo Pacto, tanto judeus quanto gentios (Hb 8.6). Basta aceitar a Cristo para ter acesso a elas.
3. Pobreza e riqueza. O crente não precisa idealizar a pobreza como evidência de uma vida espiritual plena. O Novo Testamento, aliás, não condena a posse de bens materiais e o gozo de plena saúde. A Escritura mostra exemplos de pessoas piedosas que possuíam bens terrenos (Jo 3.1; 19.39) e desfrutavam perfeita saúde (3 Jo 2). O que não se deve esquecer é que na Igreja há irmãos carentes e enfermos (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). E isso não significa que os crentes pobres e doentes não estejam em comunhão com Deus, pois como advertiu-nos Jesus, no mundo teremos aflições.
CONCLUSÃO
Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo afirmou: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Embora o cristão não tenha como evitar o lado “temporal” da vida, seu olhar deve fixar-se em sua redenção eterna. Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso advertiu: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). Por esse motivo, coloquemos o Senhor Jesus sempre em primeiro lugar.
Fonte: Estudantes da Bíblia
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Lição 4- A Prosperidade em o Novo Testamento
INTRODUÇÃO
Em lição anterior estudamos a prosperidade no Antigo Testamento. Na aula de hoje, atentaremos para a doutrina da prosperidade no Novo Testamento. A princípio, definiremos o que significa prosperidade à luz do hebraico e do grego bíblico, em seguida, analisaremos o conceito de prosperidade neotestamentário, ressaltando a abordagem deste em relação ao dinheiro. Ao final, mostraremos qual a verdadeira fonte de prosperidade para a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
1. DEFINIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA DE PROSPERIDADE
Existem diferentes termos hebraicos, no Antigo Testamento, para prosperidade, destacamos tsalach, no sentido de prosperidade material e econômica (Gn. 24.21; 39.2; Jr. 12.1) e o verbo sakal, que ocorre sessenta vezes, este no sentido de desfrutar das bênçãos prometidas para Israel em Canaã (Dt. 19.9; Js. 1.7). Mas no Novo Testamento, as alusões à prosperidade são reduzidas, isso porque essa não é uma das prioridades da igreja cristã, contrariando o que costuma acontecer nos arraiais neopentecostais (ou pseudopentecostais). O termo euporia, que ocorre em At.19.25, tem o significado de prosperidade, bem como o de riqueza, e é apresentado em um sentido negativo, em que religiosos se aproveitam das pessoas para fazer fortuna. Em sentido positivo, esse termo se encontra em At. 11.29, ao registrar que os irmãos decidiram, de acordo com suas posses, ajuda para os irmãos da Judéia. Em I Co. 16.1, Paulo orienta aos irmãos de Corinto para que façam uma coleta para os santos da Galileia, conforme a cada um tenha prosperado (euodoo em grego) ao longo da semana. A doutrina da prosperidade, como propalada nos dias atuais, não tem fundamento bíblico-teológico no Novo Testamento. A ganância desenfreada, inclusive nos contextos eclesiásticos, é resultante de uma cosmovisão mundana em relação ao dinheiro. A sociedade contemporânea tem sido solapada pelo consumismo, as pessoas querem ter cada vez mais para gastarem com coisas que não precisam. Existe uma indústria, sustentada pela propaganda midiática, que fomenta esse tipo de comportamento social. Ao invés de serem avaliadas pelos que são, as pessoas são julgadas pelo que têm. No modelo equivocado de espiritualidade do movimento neopentecostal, as pessoas são “abençoadas” não pelo relacionamento que têm com Deus, mas pelos bens que conseguem acumular.
2. PROSPERIDADE E DINHEIRO NOS EVANGELHOS
O modelo de prosperidade do neopentecostalismo não encontra respaldo bíblico neotestamentário, por isso, seus adeptos preferem citar passagens descontextualizadas do Antigo Testamento. A abordagem de Jesus em relação ao dinheiro é radical, Ele se posiciona contra o acúmulo de riquezas na terra, orienta as pessoas a entesourarem no céu (Mt. 6.19-21). Essa é a resposta de Jesus a ansiedade que assola a sociedade moderna. Ao invés de estarem preocupados com muitas coisas, ansiosos pelas vicissitudes da vida, devemos aprender a confiar em Deus, na Sua providência (Mt. 6.25). Por isso, quando se encontrou com o jovem rico, orientou para que esse entregasse seus bens materiais aos pobres, mas ele foi incapaz de fazê-lo (Mt. 19.16-22). A conclusão de Jesus, em virtude do apego daquele jovem às riquezas foi a seguinte: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt. 19.23,24). Algumas parábolas de Jesus, tal como a de Lc. 12.15-21, mostram o perigo de colocar o foco nas riquezas materiais. O rico da parábola é denominado de louco, pois se tornou escravo dos seus bens. Estas palavras fazem eco à declaração do Senhor a João, no Apocalipse, dirigindo-se à igreja de Laodicéia que ostentava sua riqueza, como sinônimo de espiritualidade. A essa igreja, e tantas outras que somente investem nas fundações materiais, a Palavra do Senhor continua firme: “Dizes: estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap. 3.17). Muitas igrejas, como a de Laodicéia, não adoram mais a Deus, mas a Mamom, o deus das riquezas, a essas diz o Senhor: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um, e amar o outro; ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt. 6.24). Ao invés de enfocar demasiadamente as riquezas, Jesus ensina que devemos buscar, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e que as demais coisas - apresentadas no contexto, e não todas como dizem alguns - serão acrescentadas (Mt. 6.33).
3. PROSPERIDADE E DINHEIRO NAS EPÍSTOLAS
Nas epístolas paulinas e gerais também não há base para sustentar uma teologia da prosperidade nos moldes comumente apresentados na mídia pelas igrejas neopentecostais (pseupentecostais). Paulo, ao escrever aos Coríntios, nos apresenta o modelo de Jesus em relação à riqueza e a pobreza. Diz ele: “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (II Co. 8.9). A riqueza a respeito da qual trata o Apóstolo, nesse texto, não é material, tendo em vista que, ao escrever a Timóteo, alerta a respeito do perigo das riquezas: “Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm. 6.9,10). O oposto da ganância é a generosidade e esta, infelizmente, tem sido esquecida em igrejas moldadas por um modelo mundano que transformou o acúmulo de riqueza em um fim em si mesmo. A orientação apostólica é a de que há maior felicidade em dar do que em receber (At. 20.35), por isso, Deus ama a quem dar com alegria (II Co. 9.7). A moeda mais valiosa para a igreja cristã, isto é, a verdadeira prosperidade, está no exercício da piedade, que a fonte de lucro (I Tm. 4.8). A piedade, no Novo Testamento, tem a ver com uma espiritualidade autêntica, que não está fundamentada nas aparências. O cristão piedoso não cultiva a ganância, mas o contentamento, que nada tem a ver com comodismo, mas com o reconhecimento do que é necessário para viver. Não podemos esquecer que nada trouxemos a esse mundo, e que, por conseguinte, nada levaremos dele (I Tm. 6.7), que não podemos fixar nossos olhos no que é transitório (II Co. 4.18), antes devemos saber que Deus de tudo nos provê ricamente para a nossa satisfação (I Tm. 6.17), por isso, devemos nos conservar livres do amor ao dinheiro e contentarmo-nos com o que temos, pois o Senhor supre as nossas necessidades (Hb. 13.5,6).
CONCLUSÃO
A prosperidade material, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, implica em responsabilidade. Tiago admoesta aos ricos para que lamentem pelo julgamento que sobrevirá sobre eles por utilizarem irresponsavelmente suas riquezas, para oprimir ao pobre e necessitado (Tg. 5.4-6). Para o mundo, ter dinheiro é sinal de status, e muitos vivem ostentando riqueza enquanto muitos padecem necessidade. A igreja do Senhor precisa agir de modo diferenciado, não pode se esquecer dos pobres (Gl. 2.10), e deve estar ciente que a verdadeira prosperidade é espiritual, por isso, a igreja de Esmirna, que era pobre aos olhos do mundo, foi considerada rica por Jesus (Ap. 2.9). A piedade, e não a riqueza material, é a maior fonte de prosperidade - porismos em grego, que também tem o sentido de lucro - para a igreja do Senhor (I Tm. 6.5).
BIBLIOGRAFIA
INRIG, G. Cultivating a heart of contentment. Grand Rapids (MI): RBC Ministries, 2007.
WHITE, J. Dinheiro não é Deus. São Paulo: ABU, 1996.
Publicado no blog Subsidio EBD
domingo, 15 de janeiro de 2012
Lição 4: A prosperidade em o Novo Testamento
TEXTO ÁUREO
“Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
VERDADE PRÁTICA
O conceito de prosperidade em o Novo Testamento vai muito além da aquisição de bens terrenos; ele está fundamentado nas promessas do reino de Deus na época vindoura.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, veremos o que significa a prosperidade para o cristão (1 Co 16.2; 3 Jo 2). Entre outras coisas, buscaremos responder a esta importante pergunta: Como o Senhor Jesus e seus apóstolos definiram a verdadeira prosperidade? (Jo 10.10; Fp 4.12,18). Verificaremos que o sentido de prosperidade, em o Novo Testamento, vai muito além das posses materiais. Você tem porfiado por viver uma vida de íntima comunhão com o Senhor? Isso é viver prosperamente.
I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA
1. Prosperidade e consumo. Contrastando a doutrina do Novo Testamento sobre a prosperidade com o ensino de determinados mestres, constatamos haver uma abissal diferença entre ambos. Enquanto os tais doutores incentivam o consumo e o acúmulo de bens materiais, o Senhor Jesus e seus apóstolos até desencorajam tal ideia (Mt 6.19; 1 Tm 6.8-10). É por isso que muitos cristãos, apesar das aparências, não se enquadram no modelo apresentado pela Palavra de Deus.
Sucesso e consumo são termos que definem o que se considera hoje uma vida próspera. Todavia, é importante ressaltar: a prosperidade, de acordo com o ensino apostólico, não significa realização material, mas o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus. Se para o homem moderno prosperar implica galgar os degraus do sucesso e da fama, para a Bíblia tais coisas não têm valor algum. Aliás, ela até incentiva a perda desses bens (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8)!
2. Prosperidade e futuridade. A promessa de uma vida absolutamente saudável, rica, bem-sucedida e livre de aflições nada tem a ver com a visão escatológica dos primeiros cristãos. Por já estarem desfrutando das bênçãos do mundo vindouro (Mc 10.29,30), eles tinham os corações completamente voltados para a manifestação plena do Reino de Deus. Isso levou o apóstolo Paulo a desejar ardentemente a vinda do Senhor (1 Ts 4.17; 2 Co 5.8; 2 Tm 4.8).
Faz-se necessário resgatar a dimensão escatológica que caracterizava a Igreja Primitiva (Mt 6.31). A Escritura exorta-nos a não confiar nas riquezas (1 Tm 6.17) nem acumulá-las (Mt 6.19). Se o crente colocar o coração nos bens materiais certamente cairá na tentação da cobiça (1 Tm 6.9,10). Tiago alerta que a confiança nos bens terrenos conduz à opressão e ao engano (Tg 2.6; 5.4).
II. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
1. Tesouros na terra. O Novo Testamento adverte-nos quanto ao perigo da inversão dos valores eternos (Lc 12.13-21). Nessa passagem, encontramos alguém que estava mais preocupado em ter do que ser. Ele queria “ter” muitos bens materiais, mas demonstrou total descaso em “ser” alguém zeloso pelas coisas espirituais (Lc 12.21). O “ter” está relacionado com aquilo que possuímos, enquanto que o “ser” com aquilo que realmente somos. O texto sagrado revela que quando Deus pediu a alma daquele homem, este nada tinha preparado (Lc 12.20). A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10).
A Bíblia condena o “amor do dinheiro”, mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Tm 6.10). Na História Sagrada, encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham a Deus sempre em primeiro plano (Mt 27.57; Lc 19.2). Mas, infelizmente, muitos preferem as riquezas a manter uma profunda e doce comunhão com o Senhor (Lc 18.24).
2. Tesouros no céu. Na doutrina apostólica, os verdadeiros valores são os eternos e não os temporais. Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Os judeus do tempo de Jesus acreditavam que a posse dos bens terrenos era sinal do favor divino. Logo, os ricos deveriam ser tratados com especial deferência. Foi por isso que os discípulos estranharam quando Jesus afirmou: “Quão dificilmente, entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.24,25). Diante disso, indagaram: “Logo, quem pode ser salvo?”.
Acreditava-se que a riqueza era evidência de salvação! Jesus prontamente corrigiu essa ideia (Lc 12.15). Paulo deixa bem claro que os bens espirituais transcendem infinitamente os materiais (Ef 3.8; 1 Co 1.30,31). Eis por que não se importou de perder tudo para ganhar o Filho de Deus (Fp 3.7,8). Não se esqueça, Cristo deve ser buscado e almejado, porque nEle estão todos os verdadeiros tesouros e riquezas (Cl 2.3).
III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
1. Uma igreja com diferentes classes sociais. Nos dias de Jesus, havia diferentes classes sociais. Havia os ricos, a classe média, os diaristas e os escravos. Havia também uma boa parte da população que era amparada pelo governo. Quando a Igreja teve início, pessoas de todas essas camadas sociais agregaram-se à nova fé (At 6.7). Tanto Paulo quanto os outros apóstolos a todos instruía indistintamente (1 Co 7.21; Fm 10-18). A Igreja, embora social e economicamente heterogênea, era homogênea em sua fé (At 4.32).
2. Não esquecer dos pobres. O cuidado com os menos favorecidos é um dever da Igreja. Paulo recorda que Pedro, Tiago e João, que eram tidos como as colunas da igreja em Jerusalém, pediram-lhe que não se esquecesse dos pobres (Cl 2.10). A pobreza entre os crentes hebreus deu-se em decorrência da fome que acabou por atingir o mundo daquela época (At 11.28).
Assim orientado, Paulo iniciou uma campanha para arrecadar donativos para os crentes pobres de Jerusalém. As igrejas gentias responderam generosamente ao apelo do apóstolo (Rm 15.26). Os irmãos de Corinto, entretanto, não se mostraram entusiasmados para cooperar. Por causa disso, foram exortados pelo apóstolo (2 Co 8-9).
Há muitos crentes que, embora ricos espiritualmente, carecem de bens materiais para a sua sobrevivência. A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. A prosperidade legitima-se com a generosidade.
CONCLUSÃO
O conceito de prosperidade em o Novo Testamento vai muito além da aquisição de bens terrenos; ele está fundamentado nas promessas do reino de Deus na época vindoura.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, veremos o que significa a prosperidade para o cristão (1 Co 16.2; 3 Jo 2). Entre outras coisas, buscaremos responder a esta importante pergunta: Como o Senhor Jesus e seus apóstolos definiram a verdadeira prosperidade? (Jo 10.10; Fp 4.12,18). Verificaremos que o sentido de prosperidade, em o Novo Testamento, vai muito além das posses materiais. Você tem porfiado por viver uma vida de íntima comunhão com o Senhor? Isso é viver prosperamente.
I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA
1. Prosperidade e consumo. Contrastando a doutrina do Novo Testamento sobre a prosperidade com o ensino de determinados mestres, constatamos haver uma abissal diferença entre ambos. Enquanto os tais doutores incentivam o consumo e o acúmulo de bens materiais, o Senhor Jesus e seus apóstolos até desencorajam tal ideia (Mt 6.19; 1 Tm 6.8-10). É por isso que muitos cristãos, apesar das aparências, não se enquadram no modelo apresentado pela Palavra de Deus.
Sucesso e consumo são termos que definem o que se considera hoje uma vida próspera. Todavia, é importante ressaltar: a prosperidade, de acordo com o ensino apostólico, não significa realização material, mas o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus. Se para o homem moderno prosperar implica galgar os degraus do sucesso e da fama, para a Bíblia tais coisas não têm valor algum. Aliás, ela até incentiva a perda desses bens (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8)!
2. Prosperidade e futuridade. A promessa de uma vida absolutamente saudável, rica, bem-sucedida e livre de aflições nada tem a ver com a visão escatológica dos primeiros cristãos. Por já estarem desfrutando das bênçãos do mundo vindouro (Mc 10.29,30), eles tinham os corações completamente voltados para a manifestação plena do Reino de Deus. Isso levou o apóstolo Paulo a desejar ardentemente a vinda do Senhor (1 Ts 4.17; 2 Co 5.8; 2 Tm 4.8).
Faz-se necessário resgatar a dimensão escatológica que caracterizava a Igreja Primitiva (Mt 6.31). A Escritura exorta-nos a não confiar nas riquezas (1 Tm 6.17) nem acumulá-las (Mt 6.19). Se o crente colocar o coração nos bens materiais certamente cairá na tentação da cobiça (1 Tm 6.9,10). Tiago alerta que a confiança nos bens terrenos conduz à opressão e ao engano (Tg 2.6; 5.4).
II. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
1. Tesouros na terra. O Novo Testamento adverte-nos quanto ao perigo da inversão dos valores eternos (Lc 12.13-21). Nessa passagem, encontramos alguém que estava mais preocupado em ter do que ser. Ele queria “ter” muitos bens materiais, mas demonstrou total descaso em “ser” alguém zeloso pelas coisas espirituais (Lc 12.21). O “ter” está relacionado com aquilo que possuímos, enquanto que o “ser” com aquilo que realmente somos. O texto sagrado revela que quando Deus pediu a alma daquele homem, este nada tinha preparado (Lc 12.20). A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10).
A Bíblia condena o “amor do dinheiro”, mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Tm 6.10). Na História Sagrada, encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham a Deus sempre em primeiro plano (Mt 27.57; Lc 19.2). Mas, infelizmente, muitos preferem as riquezas a manter uma profunda e doce comunhão com o Senhor (Lc 18.24).
2. Tesouros no céu. Na doutrina apostólica, os verdadeiros valores são os eternos e não os temporais. Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Os judeus do tempo de Jesus acreditavam que a posse dos bens terrenos era sinal do favor divino. Logo, os ricos deveriam ser tratados com especial deferência. Foi por isso que os discípulos estranharam quando Jesus afirmou: “Quão dificilmente, entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.24,25). Diante disso, indagaram: “Logo, quem pode ser salvo?”.
Acreditava-se que a riqueza era evidência de salvação! Jesus prontamente corrigiu essa ideia (Lc 12.15). Paulo deixa bem claro que os bens espirituais transcendem infinitamente os materiais (Ef 3.8; 1 Co 1.30,31). Eis por que não se importou de perder tudo para ganhar o Filho de Deus (Fp 3.7,8). Não se esqueça, Cristo deve ser buscado e almejado, porque nEle estão todos os verdadeiros tesouros e riquezas (Cl 2.3).
III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
1. Uma igreja com diferentes classes sociais. Nos dias de Jesus, havia diferentes classes sociais. Havia os ricos, a classe média, os diaristas e os escravos. Havia também uma boa parte da população que era amparada pelo governo. Quando a Igreja teve início, pessoas de todas essas camadas sociais agregaram-se à nova fé (At 6.7). Tanto Paulo quanto os outros apóstolos a todos instruía indistintamente (1 Co 7.21; Fm 10-18). A Igreja, embora social e economicamente heterogênea, era homogênea em sua fé (At 4.32).
2. Não esquecer dos pobres. O cuidado com os menos favorecidos é um dever da Igreja. Paulo recorda que Pedro, Tiago e João, que eram tidos como as colunas da igreja em Jerusalém, pediram-lhe que não se esquecesse dos pobres (Cl 2.10). A pobreza entre os crentes hebreus deu-se em decorrência da fome que acabou por atingir o mundo daquela época (At 11.28).
Assim orientado, Paulo iniciou uma campanha para arrecadar donativos para os crentes pobres de Jerusalém. As igrejas gentias responderam generosamente ao apelo do apóstolo (Rm 15.26). Os irmãos de Corinto, entretanto, não se mostraram entusiasmados para cooperar. Por causa disso, foram exortados pelo apóstolo (2 Co 8-9).
Há muitos crentes que, embora ricos espiritualmente, carecem de bens materiais para a sua sobrevivência. A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. A prosperidade legitima-se com a generosidade.
CONCLUSÃO
A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior. Embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve ser direcionada por uma cultura de consumo que busca desenfreadamente a realização do ego em detrimento dos valores espirituais. É o que nos ensina o Novo Testamento.
Fonte: Estudantes da Bíblia
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Lição 3- Os frutos da obediência na vida de Israel
TEXTO ÁUREO
“E será que, havendo-te o SENHOR, teu Deus, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Dt 11.29). – Este texto faz parte do discurso proferido por Moisés iniciado no capítulo 5.1. Moisés lança a possibilidade de escolha entre bênção e maldição mediante a postura adotada diante de Deus e de sua lei. Moisés utiliza dois montes de Israel para simbolizar esta dualidade entre bênção e maldição: a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal, que serviriam como lembretes perpétuos.
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade é o resultado de um correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 11.26-32.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Compreender que obediência a Deus é a condição indispensável para um viver próspero;
· Conscientizar-se de que a desobediência é a causa da maldição; e
· Citar algumas das conseqüências da obediência na vida do crente.
PALAVRA CHAVE
Obediência: Sujeição voluntária a Deus e às suas leis.
COMENTÁRIO
(I. Introdução)
A obediência (do latim obedire = obedecer) pode ser classificada como uma das virtudes e se define como um comportamento pelo qual um ser aceita as ordens dadas por outro. O termo obediência, tal como a ação de obedecer, conduz da escuta atenta à ação, que pode ser puramente passiva ou exterior ou, pelo contrário, provocar uma profunda atitude interna de resposta. Obedecer a requisitos ou proibições realiza-se por meio de conseqüentes ações apropriadas ou omissões. Obedecer implica, em diverso grau, a subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido. Nesta lição, estudaremos as promessas para Israel, bem como, as advertências, caso viessem a desobedecer a Deus. Por fim, compreenderemos que a verdadeira prosperidade é o resultado de um correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra e que obedecemos a Deus não para sermos abençoados, mas porque o amamos com todo o nosso ser e com toda a nossa alma. Boa aula!
I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
1. Deus fala e quer ser ouvido. Promessas e profecias estão por toda a Bíblia como garantias da prontidão divina em abençoar seu povo, sempre com condições: a obediência à sua Palavra e à sua vontade, de modo que suas promessas alcancem os obedientes. Assim como as promessas de bênçãos são garantidas de alcançar os obedientes, os julgamentos são uma certeza anunciada aos desobedientes. Deuteronômio 28 é mais um capítulo contendo uma lista de bênçãos e maldições, aqui dadas pelo próprio Moisés durante uma cerimônia de renovação da aliança nas planícies de Moabe (Dt 29.1). Ouvir a voz do Senhor significa obedecer aos seus ensinamentos e princípios. Israel firmou uma aliança com Deus sob condições a obedecer, e assim prosperariam; uma vez que não dessem ouvidos à voz do Senhor, receberiam o justo pagamento do julgamento. Deus sempre falou com o homem a fim de que ele se convertesse dos seus maus caminhos e vivesse feliz, abençoado e próspero. No Novo Testamento, o Senhor enviou seu filho Jesus para tornar sua vontade conhecida, e o mesmo Jesus afirma: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (Jo 4.34). Jeremias 7.23 e 24 afirma: “Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos; porém andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado”; Moisés chama a atenção do povo para a necessidade de se “ouvir a voz do Senhor”, como condição indispensável para um viver próspero (Dt 28.1). Essa resolução de cumprir a lei do Senhor continuou como uma condição prévia do Concerto; somente mediante o estrito cumprimento em observar os mandamentos do Senhor e submeter-se a sua vontade é que Israel continuaria sendo a possessão preciosa de Deus e sendo alvo de copiosas bênçãos (Dt 4.2; 18.21,22).
2. A obediência e suas reais motivações. O fato do registro dessa relação de bênçãos e maldições demonstra que Deus não esperava de seu povo uma obediência perfeita, mas sim uma obediência sincera e firme. Isso por que a natureza humana está sujeita à fraqueza e Deus já sabia que fracassariam nesse negócio, e assim, ele esperava a confissão de pecados e a reconciliação. Porém, a desobediência, a rebeldia e a apostasia deliberada são julgadas severamente. A lei ordenava à Israel que mantivesse o seu relacionamento com Deus amando-O e obedecendo-O. A verdadeira obediência a Deus e aos seus mandamentos somente é possível quando brota de uma fé firmada em Deus e em seu amor (Êx 7.9; 10.12; 11.1,13,22; Mt 22.39; Jo 14.15; 21.16; 1 Jo 4.19). A condição para tal pode ser resumida na frase encontrada várias vezes no Pentateuco: “Se ouvires a minha voz e, guardares os meus estatutos” (Êx 15.26; 19.5; Lv 26.14; Dt 28.1).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Somente através da observância da Palavra de Deus, podemos experimentar a verdadeira prosperidade.
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
1. A quebra da aliança. O Concerto de Deus com os israelitas, firmado no monte Sinai, abrange dois princípios básicos: Deus estabelece as promessas e compromisso, e a Israel cabe aceitar com fé obediente. Em Jeremias 7.23 encontramos o seguinte: “Andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem”. Essa foi a palavra do Senhor para os seus contemporâneos que estavam em grande dificuldade. Israel estava sendo avisado de que seriam completamente destruídos caso não mudassem de caminho e de atitude. Lamentavelmente, aquele povo não mudou de caminho, não se converteu, e cumpriu-se a Palavra do Senhor, foram levados para o cativeiro babilônico. O salmo 1º apresenta um contraste entre os dois tipos de pessoas do ponto de vista divino: o justo, caracterizados pela vida de retidão, amor e obediência à sua Palavra; e o ímpio, caracterizado pelo andar segundo sua própria vontade e não permanece na Palavra de Deus. Observa-se que, assim como a bênção está associada à obediência a Deus, da mesma forma a maldição vem associada à desobediência! A lei da retribuição, tanto no seu sentido positivo como negativo, é bem clara no Antigo Testamento (Dt 28.47,48). A melhor definição acerca da retribuição pela desobediência é a palavra de Paulo em Romanos 1.18: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça”. O crente do Novo Testamente não estaria livre dessa justa retribuição caso não tivesse sido retirado por Jesus que “nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13).
2. A maldição da idolatria. Idolatria tem origem nas palavras: Eidolon (imagem) + latreia (culto). Vai além do culto a imagens pagãs ou cristãs, além de se querer atribuir vida e poder a um objeto inanimado. Ídolo é qualquer coisa ou pessoa que toma o primeiro lugar em nosso coração, em que depositamos grande confiança. Nesse sentido, idolatria pode ser a dedicação a uma imagem, a um ídolo, a um líder religioso, a um deus, a um “santo”, ao ventre, ao poder e a seres ou coisas concretas ou não, reais ou imaginárias, uma vez que até deuses pagãos são criações da mente. Também é possível idolatrar um emprego, um automóvel, uma posição social, o que faz com que Deus perca a primazia. Isto significa também que não devemos obedecer a Deus, visando apenas as riquezas deste mundo. Temos de amá-lo e obedecer-lhe a Palavra independentemente de qualquer recompensa material (Mt 22.37)!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A maldição é resultado do desprezo aos preceitos divinos.
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES
1. A bênção como instrumento de proteção. As promessas de Deus, tema das lições bíblicas do quarto trimestre de 2007, comentada pelo Pr Geremias do Couto, apresenta o estudo das promessas de Deus, ensejando a grande necessidade de melhor conhecermos a forma como são apresentadas na Bíblia e de que maneira interagem conosco, na condição de crentes fiéis a Deus. Deusprometeu segurança ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita passar por situações conflituosas. Não é o que estamos acostumados a ouvir em nossos púlpitos, o que se vê são as famosas frases de efeito do tipo: “Deus tem promessas para você”, “determine e receba o que Deus prometeu para a sua vida” ou “a promessa é sua, receba em nome de Jesus!”, sem que as pessoas muitas vezes conheçam realmente, à luz da Bíblia, o que as promessas realmente representam. Na idéia da ‘Formula da Fé’, estas frases são como “amuletos” que os crentes lançam mão, à hora que bem entenderem, a fim de suprir suas necessidades imediatas. Deus não está sujeito a nenhum outro domínio, sendo este um de seus atributos exclusivos. Assim, ele age soberanamente à luz do plano que traçou para o homem. Quanto aos propósitos, nada do que Deus faz tem a finalidade de produzir sensacionalismo ou fazer por fazer, mas cumpre objetivos coerentes com os seus desígnios soberanos. Em outras palavras, as promessas de Deus, quando aplicadas à nossa vida, só fazem sentido se tiverem em conta a soberania de Deus e o seu propósito em cada ato. Aliás, muitas são as adversidades daqueles que desejam viver piamente em Cristo (2 Tm 3.12). Mas há promessas de proteção e segurança para o crente. É só confiar! Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe 2.9). A idéia de um povo santo, separado e consagrado ao Senhor permeia toda a Escritura.
2. Período tribal e monárquico. O período dos juízes engloba cerca de dois séculos da história de Israel, entre 1210 a.C. e 1030 a.C., e foi marcado por uma exacerbada instabilidade espiritual. Desde que houvesse um juiz, o povo servia a Deus. Caso não houvesse, o povo ia após os deuses de outros povos. Visto encontrarmos varias vezes a expressão: “mas os filhos de Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (Jz 6:1). Casamentos mistos, festas religiosas em comum com outros povos, adoração dos mesmos deuses, idolatria, injustiça social e até casos de sodomia surgem neste período (Jz 19). Destacam-se ai líderes como Débora, Gedeão, Jefté e Sansão, que mantiveram juntas as tribos de Israel, resolvendo conflitos internos e externos. A designação Juizes, refere-se a uma serie de personagens ilustres que, na falta de um governo central, exerciam a função de governadores, juízes e algumas vezes sacerdotes, funções conquistadas por atos heróicos na tentativa de libertar Israel de seus opressores. O período monárquico é assaz importante no contexto da revelação de Deus. Como uma monarquia constituída, Israel possuía suas peculiaridades. Entre elas, o fato de que seus reis eram escolhidos e ungidos segundo os padrões teocráticos da Lei de Deus. Nesse período, aparece a primeira escola de profetas (1Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1Sm 16.4,5). Quando a monarquia foi dividida, surge o ‘Profetismo’ - iniciou com Amós e encerrou com Malaquias. Este movimento tinha como objetivo restaurar o monoteísmo, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, e proclamar o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. É interessante ressaltar que nesse período, na contra-mão do anterior, sobressai a característica do sofrimento e marginalização dos profetas; de homens dignos de reverência passaram a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis em virtude de sua mensagem denunciar os interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38). Esse período deixa-nos a seguinte lição: a pobreza é causada também pelas injustiças cometidas pelos governantes e a prosperidade advém como resultado do temor que os mandatários nutrem por aquele que governa todas as coisas: o Todo-Poderoso Deus (2 Cr 31.20).
3. As falsas idéias sobre maldição. A falsa doutrina do Evangelho da Maldição, um dos produtos da confissão positiva, também chamado de Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração, ensina que a pobreza está associada ao pecado e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada. O Pr Jorge Linhares afirma que "A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado... A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus... As pragas se cumprem." (Jorge Linhares, em Bênção e Maldição, Pg. 16). O Site da CACP traz no artigo ‘A Verdade Sobre a Quebra de Maldições’: “Os pregadores da maldição afirmam que se alguém tem algum problema relacionado com alcoolismo, pornografia, depressão, adultério, nervosismo, divórcio, diabete, câncer e muitos outros, é porque algum antepassado viveu aquela situação ou praticou aquele pecado e transmitiu tal pecado ou maldição a um descendente.A pessoa deve então orar a Deus a fim de que lhe seja revelado qual é a geração no passado que o está afetando. Uma vez que se saiba qual, pede-se perdão por aquele antepassado ou pela geração revelada e o problema estará resolvido, isto é, estará desfeita a maldição. Marilyn Hickey, autora norte-americana e que já esteve várias vezes no Brasil em conferências da Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), promove constantemente este ensino. Note suas palavras: Se você ou algum de seus ancestrais deu lugar ao diabo, sua família poderá estar sob a “Maldição Hereditária”, e esta se transmitirá a seus filhos. Não permita que sua descendência seja atingida pelo diabo através das maldições de geração. Os pecados dos pais podem passar de uma a outra geração, e assim consecutivamente. Há na sua família casos de câncer, pobreza, alcoolismo, alergia, doenças do coração, perturbações mentais e emocionais, abusos sexuais, obesidade, adultério’? Estas são algumas das características que fazem parte da maldição hereditária nas famílias. Contudo, elas podem ser quebradas!”
[Leia mais no site do Ministério CACP: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1211&menu=7&submenu=4].
É bem verdade que os filhos que repetem os pecados de seus pais têm toda a possibilidade de colher o que seus pais colheram. Aqueles que nasceram em lares problemáticos têm grande possibilidade de repetir os mesmos problemas. Os que vivem blasfemando, ou na imoralidade e vícios, estão estabelecendo um padrão de comportamento que, com grande probabilidade, será seguido por seus filhos, no dizer de Paulo, “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). E isso poderá suceder até que uma geração se arrependa, volte-se para Deus e entre num relacionamento de amor com ele através de Jesus Cristo, e ai tem-se encerrada toda a maldição. Ninguém necessita participar de nenhum ritual de quebra de maldição, pois a Escritura afirma que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Cl 3.13). As Escrituras mostram que é a desobediência à Palavra de Deus, e não uma maldição hereditária, a causa do castigo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Muitos infortúnios na vida do crente são resultados da desobediência à Palavra de Deus e não de supostas maldições hereditárias.
CONCLUSÃO
Não olvidemos da importância desta lição principalmente pelo que temos presenciado em nossos púlpitos, muitas vezes copiados de movimentos heréticos. Não é causa de espanto que o tema ‘obediência’ esteja esquecido, haja vista a abundância de ministrações onde os temas sãobênçãos e prosperidade, todavia, não enfatizam que as bênçãos e a verdadeira prosperidade são decorrentes da obediência aos princípios divinos. Obedecer a Deus não é um fardo, mas uma alegria, pois o amamos. Quando falamos de obediência, geralmente entendemos como a observância de regras, mandamentos, ordens, etc., contudo, Jesus nos afirma que "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (Jo 14.15). O Mestre é enfático com relação aos seus mandamentos: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (Jo 14.21); "Se alguém me amar, guardará a minha palavra (...) Quem não me ama não guarda as minhas palavras" (Jo 14.23,24). Por fim, consideremos as seguintes proposições: “Todos os homens são culpados de pecado e precisam de perdão” (Rm 3.23; 6.23; 1Jo 1.8, 10); “Deus deseja que todos os homens se convertam do pecado e sejam salvos” (1Tm 2.4; 2 Pe 3.9; Tt 2.11,12); “Jesus morreu para colocar a salvação ao alcance de todos os homens” (1Tm 2.6; Hb 2.9; Jo 3.16; Mt 11.28-30); “Para serem salvos, os homens precisam ouvir, crer e obedecer ao evangelho” (Jo 6.44,45; 8.24,32; Hb 5.9; 2Ts 1.8,9; 1Pe 1.22; Rm 6.17,18; 1.16; 10.14,17); “Deus deseja que todos os homens ouçam e aprendam Sua Palavra para que tenham oportunidade de crer e obedecê-lo” (1Tm 2.4; Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; At 2.38,39; 17.30,31; Lc 24.47; Cl 1.28); e “A Bíblia, a Palavra de Deus, é completa, provendo tudo o que é bom e tudo o que necessitamos saber para agradar a Deus” (Jo 14.26;16.13; 2Pe 1.3; 2Tm 3.16,17; At 20.20,27; Mt 28.18-20; Tg 1.25). O fato de um crente passar por lutas e dificuldades não significa que ele esteja em pecado ou em desobediência a Deus, pois o próprio Cristo alertou-nos de que no mundo seremos afligidos (Jo 16.33). Mas que o pecado traz conseqüências para a vida do crente, não o podemos negar (Gl 6.7). Por isso, devemos agir com muito equilíbrio e sobriedade ao tratar desse assunto.
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Lição 2- A Prosperidade no Antigo Testamento
Texto Áureo: Gn. 39.3 - Leitura Bíblica: Dt. 8.11-18
INTRODUÇÃO
Interpretar os textos bíblicos no contexto, inclusive o histórico-teológico, é condição para a apropriada aplicação das verdades bíblicas. Os adeptos da Teologia da Prosperidade (ou da Ganância) utilizam passagens descontextualizadas (e isoladas) do Antigo Testamento para justificarem suas doutrinas. Para evitar tais equívocos, estudaremos, na aula de hoje, sobre como o Antigo Testamento aborda a questão da prosperidade, destacando que, mesmo no Antigo Pacto, a posse de bens materiais implicava em responsabilidade, em uma dimensão ética.
1. RIQUEZA E PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
A abordagem em relação à riqueza no Novo Testamento é distinta daquela apresentada no Antigo Testamento. No Novo Testamento os textos que se referem à riqueza são geralmente negativos, diferentemente daqueles da Antiga Aliança. Isso porque no Antigo Testamento, no pacto de Deus com Israel, a riqueza é algo desejável e agradável a Deus para o Seu povo. Essa distinção não costuma ser percebida pelos pregoeiros da Teologia da Prosperidade (ou da Ganância). Eles adoram propagar nos canais de televisão que Deus abençoou Abraão e que, do mesmo modo, pretende enriquecer aqueles que os seguirem. Mas é preciso atentar para o papel da riqueza e da pobreza no Antigo Testamento, especialmente no que tange a Abraão. Tanto esse servo de Deus quanto Jó podem ser categorizados entre os ricos justos, isto é, eles não colocaram sua confiança na riqueza, mas em Deus, por isso, no caso de Abraão, este deixou sua parentela, a cidade de Ur onde morava e partiu em busca de uma terra que o Senhor prometeu. Na medida em que Abraão sai, ele abre mão das suas riquezas, demonstrando, assim, que não dependia da prosperidade material, isso fica evidente na disputa entre os pastores de Ló, sobrinho de Abraão, e os seus pastores. Em uma atitude de confiança em Deus, Abraão deixa que Ló escolha o lado para o qual pretende ir. Uma das provas bíblicas de que Abraão não se fiava na riqueza se encontra em Gn. 14.21-24 onde está registrado o encontro deste com o rei de Sodoma. Abraão não quis o enriquecimento que não viesse do Senhor, ele sabia fazer a diferença entre a benção de Deus e a prosperidade dos homens. Jó é outro exemplo de rico justo no Antigo Testamento, ele é reconhecido pelo próprio Satanás que Deus o abençoou com bens materiais. O Inimigo questiona se a causa do amor de Jó a Deus não está baseado nas riquezas. Jó demonstra, em sua experiência provada, que ainda que morra não deixará de confiar em Deus. Quando a riqueza e a prosperidade material toma o primeiro lugar, o homem se distancia de Deus, isso pode ser comprovado nas atitudes de Salomão. Este monarca, em sua riqueza e prosperidade, se torna motivo de glória para o reino, mas ao contrário de glorificar a Deus, se torna opressão para os filhos de Israel.
2. AS CONDIÇÕES PARA A RIQUEZA NO ANTIGO TESTAMENTO
De acordo com a revelação do Antigo Testamento, é Deus o verdadeiro proprietário das riquezas, por isso, Ele a entrega a quem deseja. É neste sentido que Salomão admite que “na mão direita, a sabedoria lhe garante a vida longa; na mão esquerda, riqueza e honra” (Pv. 3.16). Ana, em sua oração, também reconhece que “O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta” (I Sm. 2.7). Davi assim também expressa em sua oração: “Ó Senhor nosso Deus, toda essa riqueza que ofertamos para construir um templo em hora ao teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a ti” (I Cr. 29.16). No Antigo Testamento, a riqueza deva ser compreendida como benção de Deus, mas sua utilização tem uma dimensão ética. Por isso Ezequiel questiona o príncipe de Tiro quando esse se vangloria ao dizer “eu me enriqueci” (Ez. 29.3). Mesmo no Antigo Testamento não é correto desejar as riquezas, considerando que o Senhor destacou que Salomão foi distinto ao não pedir “uma vida longa nem riquezas” (I Rs. 3.11). Não é certo requerer riqueza de Deus, por isso, destaca o sábio: “Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário” (Pv. 30.8). E ainda “Não esgote suas forças tentado ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias para o céu” (Pv. 23.4,5), e mais: “Quem tenta enriquecer-se depressa não ficará sem castigo” (Pv. 28.20). Paradoxalmente, as pessoas, atualmente, exaltam aqueles que enriqueceram, ainda que os meios sejam escusos. O enriquecimento não deve ser, desde a Antiga Aliança, um fim em si mesmo, ter dinheiro, por sua vez, acarreta em responsabilidade. O orgulho proveniente das riquezas pode conduzir as pessoas para distante de Deus, ao invés de aproximá-las dEle. Os profetas denunciaram com coragem o amor às riquezas: “Efraim orgulha-se e exclama: ‘Como fiquei rico e abastado! Em todos os trabalhos que realizei não encontrarão em mim nenhum crime ou pecado’” (Os. 12.8), sem dar a devida atenção para o “Mas” de Deus (Os. 12.9). Deus não se deixa impressionar com aqueles que adquirem riquezas para si, e põem a confiança no dinheiro, principalmente quando tal prosperidade vem por meios injustos. Em Pv. 13.11 está escrito que “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais”. Sabemos que da perspectiva exegética, os Provérbios não podem ser generalizados, mas fica evidenciada, no texto, a insatisfação de Deus com a riqueza acumulada indevidamente. Apropriada a palavra profética: “O homem que obtém riquezas por meios injustos é como o perdiz que choca ovos que não pôs. Quando a metade da sua vida tiver passado, elas o abandonarão, e, no final, ele se revelará tolo (Jr. 17.11). Os teólogos da Teologia da Prosperidade (ou da Ganância) não leem os escritos proféticos, apenas os históricos, se assim fizessem, perceberiam que Deus condena Israel porque “vendem por prata o justo, e por um par de sandálias o pobre” (Am. 2.6). Eles não poupam os juízes e os sacerdotes, já que “seus líderes julgam sob suborno, seus sacerdotes ensinam visando o lucro, e seus profetas adivinham em troca de prata. E ainda se apoiam no Senhor” (Mq. 3.11). Quantos hoje dizem servir a Deus, mas agem apenas com interesse no dinheiro, o $erviço cristão, em alguns contextos eclesiásticos, é escrito com cifrão. O dinheiro conduz a uma falsa segurança (Pv. 10.$5) e leva seus adoradores a desejarem sempre mais (Ec. 5.10). Os que vivem regaladamente hoje, usufruindo de recursos indevidos, receberão, no tempo devido, o julgamento de Deus, pois “de nada vale a riqueza no dia da ira divina” (Pv. 11.4).
3. RECOMPENSA E BENÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, a riqueza é uma recompensa pela fidelidade a Deus, isso percebemos no caso de Josafá, quando o Senhor firmou o seu reino por causa da obediência a Deus, mas, principalmente, pelo uso apropriado dos pertences (II Cr. 17). A sociedade contemporânea, fundamentada em um capitalismo selvagem, idolatrou o acúmulo de riquezas. Os heróis do presente não são aqueles que agem com generosidade, mas os que retêm tudo que podem exclusivamente para eles. Os bilionários se tornaram os deuses do presente, o Mercado assumiu o trono no coração de muitos, a bolsa de valores determina as ações das pessoas. Versículos isolados do Antigo Testamento não podem ser utilizados irresponsavelmente para justificar a opressão e a pobreza. Os adeptos da Teologia da Prosperidade (ou da Ganância) gostam de citar Pv. 10.22, argumentando que “A benção do Senhor traz riqueza”, mas esquecem que “A riqueza dos sábios é a sua coroa” (Pv. 14.24) e que “A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida” (Pv. 22.4). Os livros de sabedoria, dentre eles Salmos e Jó, explicitam a natureza da prosperidade e põem a ênfase sobre o temor ao Senhor: “assim são os ímpios, despreocupados, aumentam suas riquezas” (Sl. 73.12) e “não confiem na extorsão, nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração” (Sl.62.10). A riqueza e a prosperidade é uma concessão de Deus, mas somente em sentido amplo, pois os ricos podem ajuntar bens, apenas para confiar neles e se distanciar do Senhor. Por isso, “os ímpios passam a vida na prosperidade e descem à sepultura em paz. Contudo, dizem eles a Deus: ‘deixe-nos! Não queremos conhecer os teus caminhos. Quem é o Todo-poderoso, para que o sirvamos? Que vantagem temos em orar a Deus? (Jó. 21.7-15). O rico tem uma propensão a confiar em suas riquezas, e a depender daquilo que conseguiu acumular, vive como se Deus não existisse, e se acredita nEle, não põe nEle sua confiança.
CONCLUSÃO
No Antigo Testamento, a riqueza é uma dádiva de Deus, mas precisa ser utilizada com cautela, pois implica em responsabilidade. A riqueza não pode ser vista como uma propriedade pessoal, ela está na dimensão do sagrado, na relação com o outro. Por isso, para Israel, sua plenitude tem uma dimensão escatológica, tendo em vista que, no futuro, “se alimentarão das riquezas das nações, e do que era o orgulho delas vocês se orgulharão” (Is. 61.1). Mas isso não é para agora, se cumprirá por ocasião do Milênio, nada tem a ver com a Igreja contemporânea, como apregoa a Teologia da Prosperidade. Por enquanto, na fatura ou na necessidade, devemos admitir, conforme foi revelado a Abraão, que o Senhor, e somente Ele, é nossa Recompensa (Gn. 15.1).
BIBLIOGRAFIA
ELLUL, J. O homem e o dinheiro. Brasília: Palavra, 2008.
FOSTER, R. J. Dinheiro, sexo e poder. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
Publicado no blog Subsidio EBD
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