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domingo, 29 de abril de 2012

LIÇÃO 6 – TIATIRA,A IGREJA TOLERANTE.


INTRODUÇÃO:

Satanás estava presente e ativo na Ásia quando Jesus enviou estas cartas às igrejas. Ele tinha sinagogas em Esmirna (2:9) e Filadélfia (3:9), e um trono em Pérgamo (2:13). Em Tiatira, ele tinha uma profetisa que incentivava as pessoas a conhecerem as “coisas profundas de Satanás”. Para servir a Deus num ambiente cheio da influência do diabo, o discípulo de Cristo teria que lutar e confiar em Deus, confiante da recompensa para os vencedores.

A igreja em Tiatira é a igreja que persegue e faz calar os profetas de Deus (ou os desautoriza), é a igreja idólatra e, espiritualmente, prostituta. É a igreja que prega e celebra o sacrifício contínuo do Filho de Deus, não reconhecendo que Sua morte na cruz foi totalmente suficiente. É a igreja das boas obras, mas não se arrepende da idolatria e prostituição e, por isso, padece de doença incurável. É como a mulher que esconde o fermento da doutrina das profundezas de Satanás levedando toda a massa.Em conseqüência vai se tornar a grande meretriz, mãe de todas as abominações. O seu fim é a desolação e nudez.

I-A IGREJA EM TIATIRA

Estava situada no caminho entre Pérgamo e Sardes. Atualmente, chama-se Akhisar (significa “castelo branco”), na Turquia. Lídia, a primeira pessoa convertida por Paulo na Europa, era de Tiatira (Atos 16:14), mas não temos mais nenhuma informação sobre esta igreja. O que sabemos da igreja vem das referências no Apocalipse.Era conhecida pela produção de púrpura, uma tinta usada em tecidos (veja Atos 16:14), além de roupas, artigos de cerâmica, bronze, etc. Havia em Tiatira grupos organizados de artesãos e profissionais, semelhantes às associações profissionais de hoje, mas com elementos religiosos de influência pagã. Como as outras cidades da época, Tiatira teve seus templos e santuários religiosos, incluíndo templos aos falsos deuses Apolo, Tirimânios e Artemis (uma deusa chamada Diana pelos romanos – veja Atos 19:34) e um santuário a sibila (orácula) Sambate. A importância de figuras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher que seduzia os discípulos e incentivava a idolatria e a prostituição.

Não temos notícia acurada sobre quem foi este “anjo” (pastor), a não ser aquilo que se depreende do presente texto. Lídia, vendedora de púrpura, e convertida por Paulo, era dessa cidade (At 16.14). Da conversão de Lídia, que se deu provavelmente no ano 53 d. C. à carta dedicada ao anjo da “igreja de Tiatira”: em 96 d. C., corre um lapso de tempo de 33 anos. Podemos deduzir, ainda que improvável terem sido Lídia e seu esposo, os grandes instrumentos usados por Deus, par o início de formação daquela igreja: talvez um de seus filhos seja o “anjo” (pastor) do texto em foco (cf. At 16.15).

II-A IDENTIFICAÇÃO DO DESTINATÁRIO

A expressão “Filho de Deus” aparece somente aqui no Apocalipse. É comum no Novo Testamento, especialmente nos livros de João, como descrição de Jesus Cristo. Os servos fiéis são descritos, também, como filhos de Deus (veja 21:7; 1 João 3:1,2,10; 5:2; João 1:12; etc.) Aqui, a expressão obviamente se refere a Cristo.

As palavras do Senhor tornam-se cada vez mais fortes. O Senhor diz que Ele é o que tem “olhos como chama de fogo”. Nada pode ocultar-se dos seus olhos. Ele é a luz; Ele é a iluminação. Ao mesmo tempo Ele diz que tem “pés semelhantes ao bronze polido”. Na Bíblia, bronze significa julgamento (interpretação teológica). O que os olhos vêem, os pés julgam. Aleluia por isso!!!

III-UMA IGREJA RICA EM OBRAS

Quando à conduta das igrejas, Cristo primeiro menciona Aquilo que pode elogiar. “Sei quais são as tuas obras” – diz Ele. Tais obras são mencionadas onze vezes neste livro. O leitor deve observar o contraste entre as “obras” da igreja de Éfeso (2.5), e as “obras” da igreja de Tiatira: enquanto naquela as “últimas obras eram menores que as primeiras”, nesta pelo contrário; as “últimas obras são mais do que as primeiras”. O substantivo grego, que nossas versões do Novo Testamento traduzem por “obras”, com maior precisão que a palavra portuguesa comporta duas acepções: o resultado de uma atividade (sentido habitual do termo em português); e também: a atividade em si mesma (significado que, aliás, sob a influência do latim teológico, passou para o português), limitando-se às atividades morais. No presente texto: são obras de caridade feitas em favor de Cristo, durante essa dispensação da graça (Ap 22.12).

1. A tua caridade. (Amor). O Senhor Jesus também louvou esta igreja (usamos aqui uma metonímia: figura que consiste em tomar a parte pelo todo e vice-versa; o geral pelo particular e o particular pelo geral) pelo seu amor. A palavra “amor” encontra-se em toda a extensão da Bíblia, que descreve o seu caráter multiforme:

(a) “Há o amor de Deus, isto é, o amor de Deus tem dispensado pelos homens. Essa é a fonte de todo amor, o que é comentado em (Jo 3.16 e ss), como poemas ilustrativos, relacionando-se como um supremo sacrifício.

(b) Há o amor de Cristo cuja natureza é igual a do amor de Deus, e que comentado em (2Co 5.14). Trata-se de uma força que nos constrange, que também nos leva a amar e a servir ao próximo, em honra ao Senhor. Esse foi o amor que motivou a expiação e a missão terrena, em geral, de Cristo.

(c) Há o amor do homem a Deus e a Jesus Cristo. Essa modalidade pode ser expressa diretamente, mediante a subida mística da alma, em fazer tanto o bem a Deus como ao próximo.

(d) Há o amor próprio (cf. Mt 22.39 e Ef 5.29). Trata-se de uma condição patológica em que um indivíduo tudo faz ou realiza só em torno de si mesmo, visando ao seu próprio conforto. Ele torna-se por natureza um “amante de si mesmo” (2Tm 3.2 e ss).

(e) Há também o amor de um ser humano por outro, ou pela humanidade. É a transferência dos cuidados que temos por nós mesmos para nossos semelhantes”.

IV-JEZABEL,E AS PROFUNDEZAS DE SATANÁS

A palavra “Jezabel” significa: “Montão de lixo”. Na opinião de alguns eruditos: “Casta”. Aparece pela primeira vez nas Escrituras como pessoal de uma princesa. Ela tinha crescido em Tiro, na cidade portuária fenícia. Seu pai, rei Etbaal, era também sacerdote de Astarote e sacrificava a Baal (1 RS 16.31) e, por conseguinte, tornou-se esposa de Acabe, rei de Israel. Esta ferina rainha tombou morta no vale de Armagedom (2 Rs 9.15, 16, 30, 37).

O problema principal da igreja em Tiatira foi uma atitude tolerante em relação a uma falsa profetisa. É possível que a mulher realmente chamava-se Jezabel, mas é mais provável que Jesus tenha escolhido este nome por representar toda a maldade da mulher do rei Acabe no 9º século a.C. Ela teve uma influência terrível em Israel, conduzindo o povo à idolatria. A Jezabel de Tiatira agiu de maneira semelhante, seduzindo os cristãos às práticas de idolatria e prostituição (ou imoralidade sexual literal, ou impureza espiritual). Ela incentivou os servos de Deus a comerem coisas sacrificadas a ídolos, uma prática condenada que representa comunhão com os demônios (veja Atos 15:20,29; 1 Coríntios 10:20-22).

O problema da igreja foi a sua tolerância dessa falsa profetisa. O povo de Deus deve repreender e rejeitar falsos mestres (Efésios 5:11; Romanos 16:17-18; Gálatas 1:6-9; Tito 3:10-11). A igreja em Tiatira, possivelmente enfatizando o amor ao ponto de esquecer da pureza de doutrina, tolerava esta falsa mestra. Devemos sempre lembrar que a sabedoria de Deus é mais importante do que a paz com homens (Tiago 3:17; Mateus 10:34-38).

Dei-lhe tempo para que se arrependesse... (21): Jesus é longânimo e paciente (Romanos 2:4). Ele deu tempo suficiente para Jezabel se arrepender, mas ela não quis.

Eis que a prostro de cama...(22): Esta não é a cama da prostituição (ela já se deitava naquela cama de livre vontade), mas a cama de doença e sofrimento. Jesus forçaria esta mulher e seus cúmplices a se deitarem na cama de tribulação (veja Mateus 8:14; 9:2).

Matarei os seus filhos (23): Pode ser que ele se refere literalmente aos filhos da profetisa, mas a palavra “filho”, freqüentemente, se refere às pessoas que seguem o ensinamento ou o exemplo de alguém. Assim, os descendentes de Abraão são aqueles que praticam as mesmas obras (João 8:39) e os filhos do diabo são aqueles que imitam as obras dele (João 8:44). Da mesma maneira, é provável que os filhos de Jezabel sejam aqueles que seguem os ensinamentos e praticam as obras dela. Se não se arrependerem, Jesus mataria os malfeitores.

Todas as igrejas conhecerão... (23): O castigo divino tem vários propósitos. Um destes, obviamente, é o castigo dos culpados. Neste caso, Jesus prometeu matar as pessoas que praticaram a idolatria e a prostituição, caso não se arrependessem. Mas há um segundo motivo atrás deste castigo. A morte de alguns serviria de alerta para outros. As igrejas entenderiam que Jesus realmente sabe de tudo que acontece, e que ele julga retamente segundo as obras de cada um. Observamos a importância da disciplina divina para deter o pecado dos outros. Veja alguns exemplos: Acã (Josué 7; 22:20); Ananias e Safira (Atos 5:11); A correção pública de pecadores (1 Timóteo 5:20). Nós devemos aprender as lições dos pecados do passado, e considerar as conseqüências da desobediência.

CONCLUSÃO:

Jesus vê tudo e faz uma distinção absoluta entre os servos de Satanás e os servos fiéis do Senhor. Para os que insistem em servir ao diabo, ele promete tribulação e morte. Para os discípulos dele, ele promete o dia de sua presença e o privilégio de reinar com ele sobre os inimigos.


BIBLIOGRAFIA

http://www.estudosdabiblia.net

http://www.cacp.org.br

Apocalipse/Versículo por Versículo/Severino Pedro da Silva 


BLOG EBDISTAS - PB.CLEITON JOSÉ

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