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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lição 5-AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ


TEXTO ÁUREO: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas" ( I Timóteo 5.3).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lucas 2.35-38; Tiago 1.27


EXEMPLOS DE SUPERAÇÃO AFLITIVAS DA VIUVEZ

Introdução: A questão da viuvez no sentido de carências, rejeição e abandono, passou por várias fases através dos séculos. O Antigo Testamento mostra algumas situações envolvendo viúvas, assim como o Novo Testamento no inicio da Igreja. A principal causa que mais afligia as viúvas nesses tempos, era a questão financeira, que as levava a uma linha de pobreza extremamente aflitiva. Em nossos tempos presentes a causa das viúvas no sentido financeiro tem melhorado muito. As leis tem protegido muito o direito das mulheres com direito a pensão no caso do falecimento do marido e também com a inclusão no mercado de trabalho muitas mulheres tem o seu emprego e os seus direitos. Não é o caso dos tempos bíblicos, onde a mulher principalmente a que ficava viúva não era amparada por qualquer lei ou qualquer direito de receber uma pensão. Em 1 Samuel 1.14 o sacerdote Ele repreendeu Ana achando que estava embriagada de vinho, isso porque naqueles tempos as mulheres tanto as viúvas como as abandonadas, por desespero se davam ao vinho e embriagadas iam ao tabernáculo em Siló para chorarem as mágoas, as tristezas e incertezas ali onde Ana chorava. Quando o marido morria se a mulher não tivesse filhos que a amparassem ela ficava numa situação de extrema pobreza tendo que mendigar para poder sobreviver. Era essa situação que ficavam as mulheres viúvas e as que eram abandonadas pelos maridos por qualquer motivo. Essa foi uma das razões porque Jesus instruiu a respeito do divórcio que era uma prática comum naqueles tempos e a parte mais prejudicada era as mulheres. Em nossos tempos esse problema não é tão dramática como em outros anteriores, mas isso não quer dizer não existir mais problemas; é certo que em menor escala ainda existem. Não podemos esquecer que a causa das viúvas não é só material ou financeiro e sim afetiva, emocional ou espiritual.

1. A VIÚVA MARIA SOFREU NA ALMA AO VER O FILHO ENCRAVADO NA CRUZ - Lucas 2.35 - (e uma espada transpassará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.

* O sofrimento de alguém fragilizado só é aliviado quando existe a solidariedade - E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. João 19:25 - Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. João 19:26 - Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. João 19:27

Maria a mãe de Jesus ficou viúva um pouco antes do Senhor iniciar o seu ministério e a partir desse tempo a sua vida passou de uma calmaria, para uma completa agitação. Certamente ela se confortava muito enquanto Jesus morava com ela e também contribuía com o seu ofício de carpinteiro, no sustento da casa. É bem verdade que ela tinha outros filhos que certamente também trabalhavam e contribuíam com as despesas da família. Podemos entender que o problema maior de Maria não era necessariamente financeiro e sim da ausência do seu filho do lar. Certamente ela sofria com essa ausência ao ponto de num gesto desesperado tentar levar o filho de volta ao lar. Vejam esta passagem: (Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar. Marcos 3.31) os discípulos avisaram Jesus a respeito e vejam o que Ele disse: (E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; Mateus 12.49). A tentativa de Maria e os seus filhos foi frustrada, ela teria se conformar com a situação. Mas o sofrimento de Maria atingiria o ápice quando viu o filho ser encravado na cruz do calvário, isso foi como uma espada transpassando a sua alma que ele teve que suportar. Porém Jesus sofrendo todos os rigores da sua via sacra, lembrou-se da sua mãe entendendo que ela iria precisar de amparo e cuidados, e delega a João essa responsabilidade. Esse é um exemplo para todos os filhos que muitas vezes simplesmente abandonam as suas mães, ou internam num asilo para se livrarem daquilo que eles acham que é um problema.

2. A PROFETIZA ANA UMA VIÚVA QUE SUPRIA A SOLIDÃO SERVINDO AO SENHOR - Lucas 2.36 - E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade,

* Uma vida de prática piedosa e dedicada à oração supera as aflições da solidão – I Timóteo 5.5 Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em rogos e orações; - Salmos 102.17 Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração.

A profetiza Ana nos tempos do nascimento de Jesus, era uma viúva determinada que nunca se deixou abater pelos infortúnios que vieram contra ela. Ficou viúva ainda jovem vivendo com o marido apenas sete anos; vindo ele a falecer ela buscou na fé e na caridade razões para superar sozinha todos os traumas que sofreu sem se entregar a uma situação de desespero. Ana procurou se dedicar no serviço do templo por toda a sua vida e isso a preenchia completamente para viver livre da solidão pela perda do marido. Quando Paulo escreve a Timóteo a respeito das viúvas, havia naquela época um trabalho na igreja realizado pelas viúvas que visava cuidar dos doentes e idosos. Ficou estabelecido que somente as viúvas devotas e piedosas deveriam ser sustentadas pelo serviço social da Igreja e não as viúvas levianas que viviam em deleites. As viúvas que são verdadeiramente viúvas devem ser tratadas com ternura e respeito. A verdadeira viúva que apesar de desamparada espera em Deus, é digna de ser sustentada pela Igreja. Deus tem um cuidado especial para com os desamparados e garante que as suas orações sempre serão ouvidas. Em Jeremias 49.11 diz que a viuvez é um estado de desolação; mas que as viúvas deve confiar Nele. Assim se confortarão e se alegrarão sabendo que tem um Deus em que possam confiar.

3. A VIDA IMACULADA DE ANA ERA ACOMPANHADA DE CARIDADE NÃO FINGIDA - Lucas 2.37 - e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.

* A verdadeira religião toma forma havendo compaixão e caridade aos necessitados – I Timóteo 5.16 Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas. - Atos 6.1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.

Só Deus pode suprir e preencher todo o vazio de uma alma carente e necessitada. A profetiza e viúva Ana procurou se apegar ao Senhor com toda a abnegação e perseverança, pois entendia que era Nele que encontrava tudo o que a fazia feliz. A igreja não deveria se encarregar das viúvas que tinham a sua própria família e das que tinham condições de se sustentarem por conta própria. Uma viúva nunca deve ser abandonada pelos filhos ou familiares próximos, pois diante de Deus todos tem essa responsabilidade. Os filhos nunca podem retribuir satisfatoriamente o que os seus pais lhe fizeram de bem, mas devem se esforçar para fazer o possível por eles. Após a formação da igreja cristã, em Atos 6.1, os gregos reclamaram que as suas viúvas pobres estavam sendo negligenciadas na distribuição da provisão diária. Essa falha foi imediatamente reparada pelos apóstolos ao consagrarem os sete diáconos para além de outras funções, também cuidarem da questão das viúvas, pois no meio evangélico não pode haver qualquer tipo de discriminação ou acepção de pessoas.

4. ANA SEMPRE FALAVA DA OBRA REDENTORA DE CRISTO PARA AOS DESAMPARADOS - Lucas 2.38 - E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.

* É Deus que pode tornar cada momento da nossa vida significativo e proveitoso - I Reis 17.9 Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Rute 1.16 Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;

A profetiza Ana foi em exemplo de quem pode superar as adversidades da vida, se mantendo útil para com o serviço no templo, na intercessão e na pregação da palavra. Era ajudando os outros de várias maneiras, que ela própria estava se ajudando. No tempo do profeta Elias houve uma grande fome em determinado período do reinado de Acabe. A pessoa que Deus designou para sustentar e acolher o profeta foi justamente uma viúva pobre, necessitada e desolada. Essa viúva foi honrada por Deus na missão de cuidar e manter o seu profeta por um período determinado. Essa mulher se dispoz a atender o pedido do profeta quando ele lhe disse: (faz primeiro para mim) e ela sem relutar deu o último alimento que tinha ao homem de Deus. A partir desse gesto ela foi abençoada e a provisão com abundância foi derramada no seu lar e todos os seus sofrimentos foram aliviados.

A viúva Noemi que se refugiou em Moabe com seu marido e os dois filhos, passou por grandes aflições com a morte dos mesmos. Estaria sozinha naquela terra estranha se não fosse por Rute a sua nora que também ficou viúva. A casa ficou vazia, estava vivendo em pobreza, viúva e sem filhos. Agora era uma mulher de espírito amargurado, porém restou uma boa parte que não lhe seria tirado. Era a sua nora Rute, que ao contrário da outra nora que preferiu ficar em Moabe, não foi abandonada por Rute. Esta retornou com Noemi para Israel, pois era em Israel que Deus tinha preparado a felicidade completa para essas duas viúvas.

5. SÓ UMA VIDA SANTA E UM CORAÇÃO AMOROSO DEMONSTRAM A VERDADEIRA RELIGIÃO - Tiago 1.27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tributações e guardar-se da corrupção do mundo

* Sacrifícios a Deus envolvem uma vida santa e comunhão nos sofrimentos alheios – Zacarias 7.10 E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu irmão. Marcos 12.33 E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.

Todas as formas e maneiras de alívio que pudermos dar aos outros, principalmente aos órfãos e viúvas é uma demonstração da prática da verdadeira religião. Pois os órfãos e as viúvas são os mais suscetíveis de serem negligenciados e oprimidos. A essência da religião se resume em praticar a caridade e aliviar os aflitos. Aquele que faz vista grossa a esses preceitos está totalmente fora do contexto da realidade do que é o reino de Deus. Deus disse: ama ao teu próximo como a ti mesmo. Nos pertencemos a família divina e a bíblia diz: que aquele que não cuida dos seus é pior do que o infiel.

O esboço é elaborado pelo texto bíblico da lição.

Pastor Adilson Guilhermel

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