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quarta-feira, 14 de março de 2012
LIÇÃO 12 - O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
INTRODUÇÃO
No decorrer deste trimestre já estudamos diversas lições sobre a Verdadeira Prosperidade. Vimos o verdadeiro conceito de prosperidade no Antigo e Novo Testamento; o perigo das falsas doutrinas da Teologia da Prosperidade; o que é uma igreja próspera; como obter a verdadeira prosperidade, dentre outras. Nesta lição, veremos que Deus é a fonte de toda prosperidade, inclusive financeira; que a Bíblia não condena a riqueza, mas, adverte quanto aos perigos que envolvem a riqueza e o amor ao dinheiro; e o que Deus espera de nós, quando nos faz prosperar.
I - DEUS, O CRIADOR, PRESERVADOR E PROVEDOR DE TODAS AS COISAS
A Bíblia nos deixa bem claro que Deus, além de criador, é o preservador e provedor de todas as coisas. O Seu cuidado para com o homem, bem como pela sua criação, pode ser visto em pelo menos dois aspectos:
1.1. Preservação. Deus, ao criar os céus e a terra (Gn 1.1), não abandonou a sua criação. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando e preservando o que criou. A confissão do salmista Davi é clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O próprio Deus revelou a Jó o seu poder de criar e sustentar todas as coisas (Jó cap. 38-41).
1.2. Provisão. Deus não só preserva o mundo que Ele criou, mas também provê as necessidades de suas criaturas. Quando Ele criou o mundo, criou também as estações (Gn 1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (Gn 1.29,30). Depois que o dilúvio destruiu a terra, Ele renovou a promessa da provisão, dizendo: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (Gn 8.22). Além disso, o livro dos Salmos também dá testemunho da bondade de Deus em suprir o necessário para todas as suas criaturas (Sl 104; 145). O próprio Senhor Jesus revelou que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade; mas, principalmente as espirituais (Jo 3.16,17). O apóstolo Paulo diz aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19); e, Tiago diz: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1.17).
II - A BÍBLIA NÃO CONDENA A RIQUEZA, MAS, ADVERTE QUANTO AO SEU PERIGO
Como já estudamos em lições anteriores, a verdadeira prosperidade não consiste em riqueza ou posse de bens terrenos. A prosperidade, à luz da Bíblia, está baseada, principalmente na comunhão com Deus. No entanto, a Bíblia descreve diversos servos de Deus que foram prósperos, tanto espiritual como materialmente, tais como: Abraão (Gn 13.2); Jó (Jó 1.1-3); Salomão (I Rs 10.14-29); José de Arimateia (Mt 27.57); e outros. Isto demonstra claramente que não é pecado ser rico, nem possuir muitos bens. Mas, a Palavra de Deus adverte quanto ao perigo das riquezas e do amor ao dinheiro. Vejamos:
2.1. Advertências sobre os perigos que envolvem as riquezas:
Jesus disse que dificilmente um rico entrará no céu (Lc 18.24);
A riqueza pode conduzir a avareza, excluindo-o do reino dos céus (I Co 5.11; 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5);
Não devemos colocar a nossa confiança nas riquezas (Sl 49.6,7; 52.7; 62.10; Pv 11.28; I Tm 6.17).
2.2. Os males do amor ao dinheiro:
Leva o homem a esquecer-se de Deus (Dt 8.10,11; Pv 30.9);
Sufoca a Palavra de Deus no coração (Mt 13.22; Mc 4.19);
O apóstolo Paulo disse os que querem ser ricos, caem em tentação e em muitas concupiscências; e que o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm 6.9,10).
Devemos entender que tudo quanto possuímos pertence a Deus, pois, todas as coisas são dEle (Sl 24; Rm 11.36), inclusive a prata e o ouro (Ag 2.8). Por isso, devemos servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24); não devemos amar ao dinheiro (I Tm 6.9,10), nem dar lugar a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).
III - O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
A verdadeira prosperidade não tem por objetivo o enriquecimento individual, nem o acúmulo de bens materiais, e sim, o investimento no Reino de Deus e a ajuda aos necessitados. Vejamos os dois principais propósitos da prosperidade:
3.1. Investir no Reino de Deus. A obra de Deus não é feita apenas com jejum e oração, mas também, com recursos financeiros. O próprio Deus disse aos israelitas que levassem os dízimos à casa do tesouro, para que houvesse mantimento em Sua casa (Ml 3.10). Semelhantemente, a Igreja só poderá cumprir a sua missão aqui na terra, se houverem as contribuições. Por esta razão, o apóstolo Paulo ensinou e motivou os cristãos a fazerem coletas e contribuírem financeiramente na obra de Deus (I Co 9.4-14; Fp 4.15-18; I Tm 5.17,18). Analisemos o que a Bíblia nos ensina sobre as contribuições:
A contribuição deve ser proporcional ao que ganhamos: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (I Co 16.2; cf II Co 8.3,12).
A contribuição deve ser realizada de forma voluntária, e com alegria: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co 9.7; cf Ex 35.21-29; II Cr 24.10).
Quando Deus nos dá em abundância, é para que multipliquemos as boas obras: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra” (II Co 9.8).
A colheita é proporcional ao plantio. “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.” (II Co 9.6).
3.2. Ajudar aos Necessitados. Embora o serviço social seja uma responsabilidade governamental, cada crente individualmente, como representante do Reino de Deus aqui na terra, não deve ser omisso, e sim, estender a mão ao aflito e ao necessitado, como nos recomenda a Palavra de Deus (Mt 5.42; Gl 2.10; Tg 1.27; 2.15,16).
3.2.1. No A.T. Deus condenou a opressão contra os pobres (Sl 72.14; Is 3.15; Am 2.6); prometeu recompensar aqueles que atendessem aos pobres (Sl 41.1; Pv 14.21); e, quando deu a Lei aos filhos de Israel, exigiu que eles lembrassem dos pobres (Ex 23.11; Lv 14.21;19.10; Dt 24.19-22), e que a viúva, o estrangeiro e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22.22; Dt 10.18; 14.29), ou seja, eles deveriam compartilhar de sua prosperidade com os pobres;
3.2.2. Nos Evangelhos. Jesus reconheceu o caráter permanente da pobreza no mundo (Mt 26.11; Mc 14.7). Além de multiplicar pães e peixes para saciar a fome das multidões (Mt 14.13-21; 15.29-39), Ele ensinou sobre o dever de ajudar e socorrer os pobres (Mt 6.1-4; 19.21; 25.31-46; Lc 14.12-14);
3.2.3. Na igreja primitiva. A Igreja do primeiro século, apesar de não possuir muitos bens, estava completamente comprometida com o trabalho social (At 2.42; 4.32). A Igreja fez diversas vezes coletas entre os irmãos com o objetivo de socorrer aos santos que estavam padecendo necessidades (Rm 15.25-27; I Co 16.1-4; II Co 8; 9; Fp 4.18,19).
CONCLUSÃO
Como pudemos observar, Deus é o criador, preservador e provedor de todas as coisas. É Ele que nos faz prosperar. E, embora a riqueza não seja um pecado em si, jamais devemos amar o dinheiro ou confiar nas riquezas. Pelo contrário, devemos entender que tudo pertence a Deus, inclusive nossa vida e nossos bens. Por isso, a verdadeira prosperidade tem como objetivo a ajuda aos necessitados e o investimento no Reino de Deus.
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD.
PIERATT, Alan, B. O Evangelho da Prosperidade. Vida Nova.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação
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