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domingo, 17 de julho de 2011

LIÇÃO 4- A COMISSÃO CULTURAL E A GRANDE COMISSÃO


A GRANDE COMISSÃO TEM UM CONTEXTO
 
(v. 14): a ressurreição (Mc 16:9, 12 e 14) – Jesus, ao manifestar-se ressurreto aos discípulos, evidenciou de maneira insofismável que era exatamente o que afirmava ser: o Messias, aquele que possui todo poder no céu e na terra e é nesta esfera de autoridade que a comissão se estabelece. O segundo contexto foi reprovação - ela foi dada logo após Jesus, sábio Mestre, ter avaliado e reprovado todos os seus onze discípulos pois trataram Sua ressurreição com incredulidade e dureza de coração. Assim como no passado, estes dois polos antagônicos – o poder divino e a impotência humana, precisam ser equilibradamente conciliados para que a grande comissão se concretize.     

A GRANDE COMISSÃO SE EXECUTA A CAMINHO (v. 15) – Jesus não deu uma grande sugestão, mas uma grande “missão” = “remeter, enviar” que só pode ser obedecida desinstaladamente, informalmente, relacionalmente e permanentemente. Chamados a “ir” e não somente a “vir” (Mt 11:28), somos desafiados a ver em cada passo da caminhada uma oportunidade para partilhar do amor de Deus revelado em Cristo, pois como diz William James, “o melhor uso que se pode dar à vida é empregá-la em algo que sobreviva a ela”.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA ABRANGÊNCIA: O MUNDO (v. 15) – o discípulo é convocado por Jesus a erguer seus olhos para além de suas próprias fronteiras, compreendendo que o projeto divino de transformação inclue todas “as tribos, línguas, povos e nações” (Ap5:9). O Cristo que abraçou o mundo (Jo 3:16) nos ordena a fazer o mesmo de maneira sábia e responsável.

A MENSAGEM DA GRANDE COMISSÃO É O EVANGELHO (V. 15) - D.T. Niles definiu a evangelização como “um mendigo dizendo a outro mendigo onde achar pão”. Como mendigos transformados pelo pão da vida que é Jesus, somos desafiados a proclamar a todos os mendigos que Deus colocar no nosso caminho que o “Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rom 1:16).

O ALCANCE ESPECÍFICO DA GRANDE COMISSÃO É TODA (CADA) CRIATURA (v. 15) - A grande comissão responsabiliza o evangelista com cada pessoa que ainda não conheceu Jesus, pois Ele garantiu que um pecador arrependido provoca no céu maior alegria do que noventa e nove justos que não precisam de arrependimento (Lc 15:7). Esta é uma das mais extraordinária bênçãos da evangelização: o convite para a vida é feito a todos, independemente de raça, cultura, condição econômica e sexo, mas ele é vivenciado de forma inteiramente pessoal, única e singular. Em Cristo encontramos o único caminho eficaz de resgate da nossa identidade.

A GRANDE COMISSÃO TEM UM OBJETIVO CENTRAL: SALVAÇÃO PELA FÉ(v. 16) - Jesus deixou claro que só há dois destinos eternos: salvação e condenação (não há um estado intermediário (Hb 9:27) nem há possibilidade de se mudar de estado (Lc 16:26).O único critério que determina este destino é a fé: aos crentes está destinado a salvação, aos incrédulos a condenação. Quanto ao batismo, apesar de não ter valor salvador, deve ser ministrado aos crentes, logo depois da demonstração de fé genuína (At 2:41; 16:31-34) como sinal externo da salvação interna.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA PROMESSA: SINAIS (v. 17-18). A respeito dos sinais podemos afirmar: 1.) O texto diz que eles acompanham “aqueles que crêem” referindo no plural à igreja de Jesus e não a cada crente em específico; 2.) À exceção da bebida de coisa mortífera (v. 18) todos os demais sinais foram vistos na igreja primitiva (Hb 2:3-4; Rom 15:18-19) 3.) A intensidade dos sinais feitos pelos apóstolos foi maior do que em qualquer época da história, mas isto não significa que hoje eles não existam; 4.) O sinal nunca é corriqueiro, porque se assim fosse deixaria de ser sinal; 5.) A igreja continua sendo abençoada por Jesus com sinais (Hb 13:8), mas eles só têm valor se forem elementos credibilizadores da pregação do Evangelho (Mt 22:29). 6.) Não é da competência da Igreja determinar os sinais, mas apenas admitir que Deus em Cristo pode operá-los para quem Ele quiser e quando quiser.

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA BASE: ENTRONIZAÇÃO DE CRISTO (v. 19) - a evangelização não é um mero e passageiro esforço humano, mas um projeto divino eterno estabelecido e mantido por Jesus, o qual, como agente principal, exerce Sua autoridade no trono de Deus para cumprir os propósitos divinos na história humana através dos agentes secundários que são seus discípulos...

A GRANDE COMISSÃO TEM UMA EXECUÇÃO: DISCÍPULOS E SENHOR (v. 20) Os discípulos “partiram e pregaram” – a grande comissão não é feita com grandes sermões e grandes promessas, mas com ações evangelizadoras diárias simples, concretas e diretas em benefício daqueles que ainda caminham para a perdição. Jesus “cooperou com eles” – a grande comissão é uma iniciativa de Jesus, mantida por Jesus e concretizada por Jesus através da “operação conjunta com Seus discípulos”. Jesus “confirmou a Palavra por meio de sinais .....” – a grande comissão só se efetiva através da pregação da palavra de Jesus que é sempre a palavra da cruz (I Co 1:18-24).

CONCLUINDO, DEVEMOS LEMBRAR QUE A GRANDE COMISSÃO é uma responsabilidade ordenada a cada discípulo de Jesus – ela não é uma tarefa dos líderes ou dos “profissionais”, mas de todos que já foram alcançados por ela; igualmente, ela garante-nos uma grande capacitação que vem pela Palavra e pelos sinais – nenhuma tarefa é deixada por Jesus sem a provisão da sua habilitação específica para cumprí-la; e, por fim, ela supre a maior necessidade do homem: a definição de seu destino eterno. Que Jesus, Salvador e Senhor ressurreto, nos liberte da nossa incredulidade e da dureza de coração, para que movidos por seu Espírito Santo (At 1:8) sejamos discípulos efetivamente engajados com a sua grande comissão, é a minha oração! 



EBDISTAS

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