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domingo, 22 de maio de 2011

LIÇÃO 9 – A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

INTRODUÇÃO

No princípio deste século surgiu uma verdadeira renascença espiritual que tomou o nome de “Movimento Pentecostal”. Embora tenha sido muito insignificante o seu início, numa Escola Bíblica obscura no Estado de Kansas, E.U.A., e numa igreja de negros em Los Angeles, E.U.A., este movimento em pouco tempo espalhou- se por toda a América, transpôs os oceanos e estabeleceu- se praticamente em todo o mundo. O movimento caracterizou-se pela crença da volta à Igreja do “pnematika” (espirituais) do Novo Testamento, na medida em que os crentes em Jesus recebessem individualmente o seu batismo no Espírito Santo. A evidência de ter recebido esse batismo na plenitude pentecostal foi declarada como o falar em outras línguas conforme o Espírito Santo concedesse esse poder (At . 2.4).

1-A ORIGEM DO PENTECOSTE CRISTÃO

O termo “pentecostes”, procede originalmente da festa judaica chamada de “festa das semanas” ou hag shābū’ôt, como descreve o Antigo Testamento (Lv 23.15-25; Dt 16.9-12). Essa festa era comemorada sete semanas depois da Páscoa. Literalmente, o termo significa “festa dos períodos de sete”, em razão de a festa ser comemorada a partir do dia seguinte ao sétimo sábado, após o dia das primícias (Lv 23.15,16). Outra expressão da qual se deriva o vocábulo “pentecostes” é hamîshîm yôn, que significa “festa dos cinqüenta dias” (Lv 23.16), termo traduzido pela versão grega do Antigo Testamento, por pentēkonta hēmeras ou “qüinquagésimo dia”. A solene festa de Pentecostes é chamada no Antigo Testamento de “Festa das Semanas”, “Festa das Primícias da sega do trigo”, “Festa da Colheita” e o “dia das primícias” — ocasião em que se apresentavam os primeiros frutos dos campos previamente plantados (Êx 23.16; 34.22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12).Quanto ao passado, a Festa de Pentecostes era uma santa celebração em que o adorador oferecia ao Senhor uma oferta voluntária proporcional às bênçãos recebidas do Senhor (Dt 16.10). Mas, no contexto profético, ela é uma referência à efusão do Espírito sobre toda a carne (Jl 2.28; At 2.1-13).
O Dia de Pentecostes era celebrado por todos os judeus, tanto os que habitavam a Palestina quanto aqueles que estavam dispersos por todas as partes do mundo de então. Alguns destes judeus e prosélitos não costumavam freqüentar a Festa da Páscoa em Jerusalém, pelo fato de o clima não ser favorável para longas peregrinações. No entanto, quando as condições climáticas estavam favoráveis, ocasião que coincidia com a Festa de Pentecostes, todos convergiam à Jerusalém, capital religiosa do judaísmo.
O “movimento pentecostal” tem este nome precisamente porque buscou o retorno ao “Pentecoste”, ou seja, à vida espiritual vivida pelos discípulos de Jesus Cristo a partir da “inauguração” da Igreja, que se deu naquela festividade judaica, ela própria uma figura do derramamento do Espírito Santo que viria sobre os servos de Jesus Cristo para que se pudesse realizar a tarefa de evangelização determinada pelo Senhor até que Ele voltasse. Ser “pentecostal”, portanto, nada mais é que crer que a realidade vivida pela Igreja nos dias apostólicos tem de ser a mesma realidade vivida pela Igreja no presente e até que o Senhor Jesus venha buscar a Sua Igreja. O “pentecostal” entende que não há qualquer mudança na operação de Deus através da Igreja de Cristo Jesus nos dias dos apóstolos e nos dias de hoje. Deus não muda e, portanto, não há porque entendermos que a ação divina através da Igreja seja diversa daquela que se encontra descrita na Bíblia Sagrada.

2-A TRAJETÓRIA DO PENTECOSTALISMO 

Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem Deus revelou com mais detalhes o derramamento do Espírito nos últimos tempos (Jl 2.23-32). Joel foi, talvez, o primeiro dos profetas literários (profetas que escreveram suas mensagens), o que salienta ainda mais a sua profecia sobre o Pentecostes (At 2.16-21,33). 1. “Derramarei o meu Espírito” (v.17). Assim diz Deus neste versículo. Isso fala de grande abundância e fartura espirituais, qual um rio que enche até transbordar em suas margens, mediante chuvas volumosas. Quando tal poder desce sobre a igreja, ela se torna como um incontável, poderoso e invencível exército, como está profetizado em Ezequiel 37.10. Os discípulos mudaram muito para melhor, após serem revestidos desse poder divino no cenáculo em Jerusalém. É só comparar o desempenho deles nos Evangelhos, como eram e o que faziam, com o relato de suas vitórias no livro de Atos, após a experiência pentecostal do capítulo 2.
2. A profecia de Joel (Jl 2.28-32). Os versículos 28 a 32 de Joel, no texto hebraico, perfazem um capítulo à parte — o 3. De fato, a grandeza e o alcance do assunto desta passagem — o futuro derramamento do Espírito sobre a igreja — requer um capítulo à parte! Esta sublimidade, pode ser relacionada ao que está revelado em 2 Coríntios 3.7-12, principalmente o v. 8, que diz: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?” Aleluia! Esta passagem, juntamente com Romanos 8, é uma das mais ricas de toda a Bíblia sobre o indizível e glorioso ministério do Espírito nesta era da igreja. Ler Is 55.1; 44.3.                                                                                                                                          Nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito Santo, por via de regra, permanecia entre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11). Há poucos casos de homens a quem Deus encheu do seu Espírito para missões específicas, como os costureiros de Êxodo 28.3; Bezalel (Êx 31.3; 35.31); e Josué (Dt 34.9).         Nesta dispensação da igreja, isto é, do corpo místico dos salvos em Cristo, o Espírito habita em toda pessoa por Ele regenerada e salva por Jesus (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm 8.9). Ao mesmo tempo, Jesus também quer batizar os crentes com o Espírito Santo, revestindo-os com poder para o serviço do Senhor (At 1.5; 2.1-4, 32, 33; Lc 24.49). Foi essa capacitação sobrenatural nos crentes dos primeiros tempos, o segredo do rápido e vitorioso avanço do reino de Deus, apesar das limitações, sofrimentos e perseguições. Não há outra explicação. Hoje, com tantos recursos da ciência moderna, saberes e técnicas aprendidas nas escolas, o avanço é lento e, às vezes, quase nenhum. É a diferença entre a requintada armadura de Saul sem o Espírito de Deus (1 Sm 16.14), e o jovem Davi desprovido dela, mas ungido e possuído pelo Espírito Santo (1 Sm 16.13).

3-O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO

I . UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL ESPERA NAS PROMESSAS DE DEUS (Lucas 24.49).

1. O Deus das Escrituras é conhecido como um Deus que promete e cumpre com as suas promessas.
2. Deus tem prometido mandar o seu Espírito para que ele guie e fortifique a sua igreja.
3. Este poder do Alto (Espírito) é dado sem nenhum merecimento do povo.
4. Teste: Existem sinais visíveis em nossa igreja de que Deus está agindo em nosso meio? Existem sinais visíveis de que as promessas de Deus estão se cumprindo em nosso meio?

II. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL OBEDECE OS MANDAMENTOS DE CRISTO

1. Atos 2.1 – Estavam reunidos no mesmo lugar.
2. Mostra o respeito pela palavra de Cristo.
• O respeito evita a pressa em fazer a vontade própria.
• O respeito evita as distorções cristãs.
3. Teste: O quanto nós respeitamos o que Cristo fala? Usamos a Bíblia para provar alguma coisa que já cremos ou para o crescimento na fé e no conhecimento de Deus?

III. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL É SUJEITA A DEUS E AOS SEUS MISTÉRIOS

1. Atos 2.1-13
2. V.4, “Segundo o Espírito lhes concedia”.
3. Somos sujeitos ao Senhor. A agenda é Deus e ele estabelece os propósitos da igreja.
4. Teste: Estamos sujeitos a Deus ou temos um programa que não será mudado?

IV. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL É TOMADA DO SENTIMENTO DE CORAGEM

1. Atos 2.14
2. Então se levantou Pedro com os onze.
• Antes haviam negado e fugido
• Agora não temem pela própria vida
3. A convicção do que a igreja crê produz transformações interior e que passam a determinar ações ousadas em nome de Jesus.
4. Teste: A nossa comunidade é ousada? Corajosa?

V. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL PREGA JESUS CRISTO AO MUNDO

1. Prega o Cristo crucificado, v.23
2. Prega o Cristo ressurreto, v. 24
3. Devemos retornar a esta pregação cristocêntrica em nossos púlpitos para somente assim evitarmos as heresias baseadas em fábulas modernas.
4. Teste: Somos uma igreja missionária?

VI. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL CRESCE NUMERICAMENTE

1. Atos 2.37-41
2. Notemos que o que levou as pessoas a conversão não foi o falar em línguas, mas sim a pregação da palavra de Deus.
3. Uma igreja que prega a Bíblia deve crescer numericamente.
4. Teste: A nossa comunidade está crescendo?

VII. UMA VERDADEIRA IGREJA PENTECOSTAL PERSEVERA NAS COISAS DE DEUS.

1. Atos 2.42-47
2. Persevera:
• Doutrina
• Comunhão
• Partir do pão
• Orações
• Compartilhar dos bens
• Louvor a Deus
3. Muitas são as atividades da igreja, mas não podemos nos descuidar da sua essência.
4. Teste: A nossa comunidade tem perseverado nas coisas de Deus?

CONCLUSÃO
Como é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas e antibíblicas vêm afetando o genuíno Movimento Pentecostal, inclusive a Assembléia de Deus. Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas igualmente, manter a “sã doutrina” do Senhor (Tt 2.1,7; 1 Tm 4.16). Busquemos um maior e contínuo avivamento espiritual, segundo a doutrina bíblica, como fez o salmista: “Vivifica-me segundo a tua Palavra” (Sl 119.25,154).

BIBLIOGRAFIA

LIÇÕES BÍBLICAS 3º TRIMESTRE DE 2006 

WWW.ESTUDANTESDABIBLIA.COM.BR

ÊNFASE DO MOVIMENTO PENTECOSTAL LAWRENCE OLSON

PORTAL EBD


Pb.Cleiton José
BLOG EBDISTAS

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