TEXTO ÁUREO – Hb 2:4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 3:1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
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I – INTRODUÇÃO:
• Os Evangelhos registram mais de 50 casos de operação de milagres efetuados por Jesus. Multidões foram curadas e libertadas do poder maligno e muitos foram ressuscitados. Eles incluem também a natureza. Mateus é o evangelista que registra mais milagres de Jesus. Mateus é o Evangelho do Rei, e nele o Rei demonstra a Sua soberania sobre tudo, inclusive o império do mal e da morte. O Antigo Testamento já profetizava a respeito: "E o seu nome será: ... MARAVILHOSO..." (Is 9.6).
II – O QUE É MILAGRE?:
• A definição mais simples é: UMA INTERFERÊNCIA DE UMA LEI DIVINA SUPERIOR NAS LEIS NATURAIS, MEDIANTE PODER SOBRENATURAL. Um milagre divino vai além da compreensão e capacidade intelectual e científica do homem.
II.1 - TERMOS DECRITIVOS DOS MILAGRES DE JESUS:
• Há quatro termos originais; os três primeiros aparecem juntos em At 2.22: - “... A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com MARAVILHAS, PRODÍGIOS e SINAIS, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”.
• O quarto termo, “OBRAS”, consta em outras passagens bíblicas conforme veremos.
• (1) – MARAVILHA = “TERAS” - Significa algo extraordinário, estranho, fora do comum. A maravilha, pois, apela à imaginação do homem, falando do poder sobrenatural de Jesus.
• (2) – PRODÍGIO = “DUNAMIS” - Significa poder real. O milagre tipo prodígio demonstra o poder de Deus, e apela à nossa admiração, pasmo, reverência. É o exercício do poder divino na esfera deste mundo humano e natural.
• (3) – SINAL = “SEMEION” - Significa marca, prova. O milagre com este nome é um meio autenticador divino e apela à nossa razão. Como sinal fala do reino espiritual superior de Deus, cujas verdades são simbolizadas por estes sinais reveladores. Portanto, este termo destaca o aspecto teológico e doutrinário do milagre divino.
• O Evangelho de João - O Evangelho do Filho de Deus -, sempre chama os milagres de Jesus de sinais, isto é, provas da Sua divindade e da obra divina que Ele veio realizar.
• (4) – OBRAS = “ERGA” - Jo 5.20; 7.3; 10.25; 15.24 - "Erga" vem de "ergon" que significa obra, trabalho, produto, operação. Este termo aplicado por Jesus aos Seus milagres, fala deles como parte da Sua obra redentora em favor do homem, testemunhando ao mesmo tempo dEle como o enviado do Pai.
III - O PODER DE JESUS SOBRE A NATUREZA:
• Mc 4:35-41 - As rajadas de vento que sobrevêm ao Lago da Galiléia são frequentemente súbitas e fortes. Quando isto aconteceu aos discípulos, eles devem ter posto em ação toda a sua perícia e começaram a tirar a água do barco com todas as vasilhas que encontraram, o mais depressa possível. Porém, ainda assim, as altas ondas e o vento os levaram às raias do desastre.
• ONDE JESUS ESTAVA? - Lá atrás, na popa do barco, dormindo, enquanto tudo aquilo acontecia!
• Mateus e Lucas amenizam o grito dos discípulos, de forma que não parece que eles estão repreendendo Jesus (Mt 8:25; Lc 8:24).
• Mas a narrativa de Marcos apresenta os discípulos se queixando. Parafraseando-os: - “Ó Senhor, nem se importa quando estamos a ponto de naufragar?”. Esse é um grito de medo, de irritação, talvez até de ira.
• O tempo usado para as palavras DORMINDO e o verbo LEVANTANDO-SE, ordinariamente, denota ação duradoura, querendo dizer que Jesus estava dormindo tão tranquilo, que eles tiveram dificuldades em despertá-Lo.
• Levantando-se, Jesus “REPREENDEU O VENTO”. Ele falou também ao mar: - “CALA-TE, AQUIETA-TE” - Mais literalmente (embora menos suave), estas palavras poderiam ser assim traduzidas: “PAREM COM ESSE BARULHO! SEJAM COMO SE ESTIVESSEM AMORDAÇADOS!”.
• As palavras REPREENDEU e AMORDAÇADOS são os mesmos verbos usados para descrever a expulsão de um demônio por Jesus (Mc 1:25).
• Ao comando de Jesus, o vento cessou e a calma se espalhou sobre o mar!
• “POR QUE SOIS ASSIM TÍMIDOS? AINDA NÃO TENDES FÉ? - Mc 4:40 - A calma de Jesus em dormir enquanto o bote estava sendo coberto pelas ondas, estabelece agudo contraste com o medo e a pouca fé dos discípulos.
• Através dos séculos, os cristãos têm aplicado legitimamente esta história aos perigos e crises da vida, obtendo dela a certeza de que Cristo pode nos livrar das tempestades da vida.
• Em seguida ao milagre, eles começaram a perguntar-se mutuamente quem era Jesus. Para eles, aquela maravilha estava abrindo as suas mentes para a verdade de que Jesus era o Cristo e, como eles finalmente iriam reconhecê-Lo: O SENHOR DE TUDO.
IV - O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS:
• Mc 1:21-28 - O poder e a autoridade espiritual manifestos pela presença e pela fala do Senhor Jesus inquietaram os demônios.
• Devido o vazio espiritual do povo judeu da época, os demônios estavam muito ativos entre eles.
• Em Lucas 11, Jesus após ensinar sobre a necessidade de se estar cheio do Espírito Santo (Lc 11.13), mostrou imediatamente o perigo de se estar vazio dEle (Lc 11.24-26).
• Não basta a "casa" estar limpa, suprida e arrumada - Lc 11.25 -; é preciso que ela esteja totalmente ocupada pelo Espírito Santo.
• (1) - JESUS INQUIETA OS DEMÔNIOS - Mc 1.23-24 - Talvez ninguém pensasse que um endemoninhado estivesse ali no culto.
• Em nossos dias, há mais endemoninhados do que se pensa! É que às vezes o discernimento e o poder do Espírito não estão operando no ambiente para detectá-los. Jesus logo discerniu que se tratava de um demônio.
• "QUE TEMOS NÓS CONTIGO?" – Mc 1:24 - Por aqui, vemos que havia mais de um demônio naquele homem. Ele falava em nome dos demais que ali estavam, pois usou o pronome "nós". Que situação miserável a daquele homem! Imaginemos se Jesus não estivesse presente! Mas Ele estava e libertou o escravo.
• Hoje, Jesus quer estar entre o povo e vê-lo vivendo em santidade, para que se cumpra o que Ele mesmo declarou: "Em meu nome expulsarão demônios" (Mc 16.17).
• Jesus veio a este mundo para destruir as obras do Diabo, e uma delas é o demonismo que hoje escravisa tanta gente.
• (2) – JESUS EXPULSA O DEMÔNIO - Mc 1.25-28 - Jesus, quando entre os homens, era e é Poderoso, não somente em palavras, mas em obras – Mc 1:22; Lc 24.19.
• A DIFERENÇA - Mc 1.25 - Jesus sabia distinguir entre o homem e o demônio que nele agia. Com poder, Jesus repreendeu o demônio, não o homem. É preciso discernimento do Espírito nesse campo. Um dos dons que o Espírito quer repartir à Igreja tem a ver com isso - l Co 12.10.
• (3) - O RESULTADO DO MILAGRE - Mc 1.28 – “A fama de Jesus espalhou-se” - Num instante os fatos daquela manhã tomaram conta não só da cidade, mas de toda a Galiléia. Perdeu muito quem não foi ao culto naquele dia!
V - O PODER DE JESUS SOBRE AS DOENÇAS:
• Mc 1:29-31 – Jesus, ao sair da sinagoga naquela manhã, foi para a casa de Simão Pedro, ali mesmo em Cafarnaum (Lc 4.38). Pedro, antes, morava em Betsaida, não muito longe dali; depois da chamada para seguir a Cristo, certamente mudou-se para Cafarnaum, onde Jesus residia (Mt 4.13; 9.1).
• Presume-se que Jesus chegou à casa de Pedro por volta de meio-dia, porque após a cura da sua sogra, esta passou a servir-lhes uma refeição, que seria o almoço (Mc 1:31).
• (1) – JESUS VISITA UMA LAR NECESSITADO – Mc 1:29 - Sempre que Jesus faz uma visita é para fazer o bem. Jesus quer visitar cada lar para abençoá-lo. Muitos perdem a bênção da visita de Jesus.
• (2) – JESUS OUVE E ATENDE UM PEDIDO URGENTE – Mc 1:30-31 - O pedido era dos discípulos em favor da sogra de Pedro que estava acamada, com febre alta.
• (3) – SERVINDO A JESUS POR GRATIDÃO – Mc 1:31 - A cura da mulher foi instantânea. Jesus além de curá-la da febre, também restaurou suas forças, pois a febre sempre debilita muito o paciente. A mulher era tanto diligente no trabalho como tinha prazer em servir.
VI – O PODER DE JESUS SOBRE A MORTE:
• O homem moderno tenta desesperadamente escapar da morte. Mas, apesar de todos os tratamentos disponíveis, incluindo o rejuvenescimento e renovação celular, o homem ainda não conseguiu vencê-la. Somente um conseguiu isso: JESUS CRISTO! (Hb 2:14-15; Jo 8:51; 11:25).
• Lc 7:11-18 - A íntima compaixão de Jesus levou-O a operar um milagre sem ser rogado. Às vezes nos falta o ânimo para pedir uma intervenção divina que nos parece impossível e, contudo, Deus responde aos nossos desejos quando não ousamos pedir.
• Jesus tocou o esquife. Sua intenção foi corretamente entendida pelos carregadores, porque pararam. Segue-se então a palavra de autoridade. Jesus falava em seu próprio nome: - "MANCEBO, A TI TE DIGO: LEVANTA-TE". O Príncipe da Vida possuía autoridade para ordenar ao jovem o retorno à vida.
• O toque de Jesus simbolizava o Seu poder em impedir o triunfo da morte. A vida encontrara-se com a morte; a procissão fúnebre tinha de parar. Nem a própria morte pode resistir-Lhe. Jesus tem poder de interferir em nossas catástrofes, nas tragédias da vida e dar-nos vitória, onde tudo parecer perdido! Ele manda na morte, pois É SENHOR DOS MORTOS E DOS VIVOS! (Ex 3:6 cf Rm 14:8)
VII – A COMPAIXÃO DO SENHOR:
• (Mc 1.32-34) – Agora já era chegada a tarde daquele mesmo dia – UM DIA DE MILAGRES.
• O lar que acolhera Jesus passou a ser o local de concentração dos que buscavam a Ele. O povo estava convicto de que o poder de Jesus era eficaz.
• Aquele foi um grande dia de milagres realizados por Jesus. Esse dia ainda não passou, pois Jesus é o mesmo. Ele quer fazer milagres em nosso meio, sabendo nós que o maior deles é a conversão do perdido pecador.
• É NECESSÁRIO CRER NÃO APENAS NO MILAGRE, MAS NAQUELE QUE REALIZA MILAGRES! DEUS NÃO MUDOU, TAMPOUCO SE APOSENTOU! - Hb 13:8
VIII – O PORTADOR DOS DONS DE CURA E OPERAÇÃO DE MARAVILHAS:
• Aqueles que, pela graça de Deus, são portadores destes dons devem ter humildade e direção, porquanto não somos nós quem usamos o Espírito Santo; Ele nos usa de acordo com a Sua soberana vontade - Is 42:8; 48:11; At 3:12; 14:13-15 cf Ef 3:20; I Jo 5:14.
• Os sinais, maravilhas e milagres, resultam em:
• (A) - GLORIFICAR O NOME DE JESUS (Sl 62:11; 89:5; 150:2; Jo 2:11; 10:38; I Cor 4:20);
• (B) - EXPANDIR O REINO DE DEUS, pois...:
• (B.1) - Confirmam a palavra pregada (Mc 16:16-18; Hb 2:3-4);
• (B.2) - Expressam o amor compassivo de Cristo (At 10:38; Mc 8:2; Lc 7:13-15);
• (B.3) - Comprovam a divindade de Cristo (Jo 20:30-31);
• (B.4) - Atraem as almas para Deus (Jo 7:31; At 19:11-20); e
• (B.5) - Trazem salvação (At 4:4; 5:12-14; 9:36-43);
• (C) - FORTALECEM A FÉ DO POVO DE DEUS (Nm 13:20; Jr 32:17; Mt 19:26; Lc 1:37; Jo 14:12-14; II Cor 4:13)
IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Em Seu ministério terreno, o Senhor Jesus se apresentou aos homens como o Médico por excelência: Curou toda sorte de doenças e enfermidades e foi além, fazendo o que nenhum médico seria capaz de fazer: RESSUSCITAR MORTOS!
• Jesus curou sem fazer qualquer exame prévio. Não enviou Seus clientes a qualquer laboratório. Nunca pediu prazo para operar a cura. Nunca tomou muito tempo de qualquer doente. Nunca ordenou que voltassem mais tarde. Não lhe importava a gravidade da doença ou o tempo que atacava o doente. Ele curava com um toque, com um gesto, com uma palavra. Por isso, merece sempre ser chamado de "O MÉDICO dos médicos".
FONTES DE CONSULTA:
1. Lições Bíblicas – CPAD – 4º Trimestre de 1982 – Comentarista: Geziel Gomes
2. Lições Bíblicas – CPAD – 2º Trimestre de 1985 – Comentarista: Antônio Gilberto
3. Malgo, Wim - Jesus Continua Sendo Maior – Obra Missionária Chamada da Meia-Noite
4. Boyer, Orlando S. - Espada Cortante Volume Um - CPAD
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