Seguidores

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DA IGREJA"


LIÇÃO Nº 06 - DATA: 06/02/2011
TÍTULO: “A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA”
TEXTO ÁUREO – Hb 12:11
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 5:1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Presentemente, há nas Igrejas uma notória tendência de relaxamento na disciplina, extirpando medidas tais como a exclusão de alguém da comunhão da Igreja.

• Existe também uma tendência bem evidente de ressaltar o fato de que a Igreja é uma grande agência missionária. Porém, esquecem-se de que, acima de tudo, ela é a “ASSEMBLÉIA DOS SANTOS”, na qual não podem ser tolerados os que vivem em pecado!

• Ainda mais: Alegam que os pecadores devem ser agregados à Igreja e não excluídos dela. Mas é preciso lembrar que eles devem ser agregados à Igreja como “SANTOS” e que não terão um lugar legítimo na Igreja enquanto não confessarem seus pecados e não lutarem pela santidade em seu viver.

• Lembremos: O Senhor é um Deus de ordem! A disciplina na Igreja exprime um principio divino: Afirma que, desde o início dos tempos, Deus castiga o pecado – Gn 3:9-24; Dt 28. Assim deve haver disciplina na Igreja (Hb 12:5-1 l).


II – O ESPÍRITO SANTO PRESENTE NA DISCIPLINA:

• At 5:1-14 – Ananias e Safira sabiam que estavam enganando a Igreja: venderam a propriedade e concordaram em agir como se estivessem doando tudo, quando estavam dando apenas uma parte. Mas a história não dá a impressão de que pecavam! Afinal, estavam fazendo algo bom e generoso.

• At 5:3-6 - O coração de Ananias batia acelerado diante da vibração do público, mas Pedro não estava sorrindo. O coração descompassado de Ananias parou e ele não pode mais respirar, findando ali a sua vida.

• At 5:7-10 - Três horas se passaram, e Safira manteve a mentira que havia combinado com seu marido, sem saber o que havia acontecido. O resultado foi drástico para a esposa.

• Deus feriu com severidade a Ananias e Safira para que se manifestasse Sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no Seu reino. O ato daquele casal mereceu o justo juízo de Deus (Ef 1:4; Hb 13:12).

• At 5:5, 11 - Houve um grande temor em toda a Igreja – O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um Deus santo.

• Sem o devido temor do Senhor Jeová e da Sua ira contra o pecado, o povo de Deus voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do Espírito Santo e a presença milagrosa de Deus, sendo-lhe cortado o fluxo da graça divina (Pv 11:1; 12:22; 20:10, 17).

• Leiamos mais vez At 5:12-16 e perguntemos a nós mesmos:

• (1) - A disciplina de nossa Igreja é tal que os membros temem pecar?

• (2) - O povo do mundo receia o ambiente entre nós, porque o pecado é descoberto e disciplinado pelo Espírito Santo?

• (3) - Se os apóstolos tivessem tolerado o pecado de Ananinas e Safira, permitindo o casal ficar em seu meio, os pecadores teriam entregado suas vidas ao Senhor?

• A comunidade observou que existia um povo que não suportava pecado! Anelou em viver numa Igreja onde tinha certeza de que todo engano e pecado eram corrigidos! Os que se conformam com o pecado e não querem viver uma vida santa, sempre evitam tais Igrejas!

• Depois da disciplina de Ananias e Safira, a Igreja ficou tão cheia da virtude do Espírito Santo, que os enfermos sobre os quais caísse a sombra de Pedro, eram curados!

• Desta forma, a disciplina é uma bênção e uma necessidade na Igreja (At 5:11; II Ts 3:6-14; Rm 16:17-18).


III - O DESCASO COM O PECADO NA IGREJA:

• Leiamos I Cor 5 – Nesta passagem bíblica, o transgressor prosseguiu na Igreja como se nada tivesse acontecido.

• A congregação, por sua vez, ignorou o assunto. Tratava-se de um pecado hediondo: Um membro da Igreja estava vivendo com sua madrasta, conjugalmente. A lei de Deus condenava tais práticas (Lv 18, Dt 22; 27; 30). No Sermão da Montanha, Jesus confirmou esses ensinos (Mt 5.17, 18).

• Era preciso restaurar o irmão transgressor e, ao mesmo tempo, corrigir a atitude repreensível da Igreja.

• Podemos observar do texto bíblico em comento:

• (A) - O terrível pecado de comissão daquele cristão de Corinto: "Quem abusa da mulher de seu pai". Um pecado abominável de perversão sexual.

• (B) - O escândalo público daquele pecado continuado, sem disciplina da Igreja: "Geralmente se ouve que há entre vós".

• (C) - A espiritualidade de uma Igreja não é garantia contra incursões do pecado na vida dos crentes. Operavam na Igreja de Corinto os dons espirituais, mas isso não isentou os crentes de problemas e males.

• (D) - Crentes divididos e orgulhosos como os de Corinto (I Cor 3) ficam enfraquecidos e tornam-se presa fácil do inimigo.

• (E) - Paulo estava ausente, mas é como se estivesse presente. É a unidade cristã - Ef 4.2-6 cf I Cor 5:4.

• (F) – I Cor 5:5 - "Para destruição da carne" - No original, esta expressão não tem o sentido de aniquilar, mas de arruinar. Certamente um tipo de enfermidade maligna tendo como objetivo a salvação do espírito. Um caso parecido temos em I Tm 1.20.

• (G) – I Cor 5:6-8 - O "Fermento" na massa espiritual da Igreja - Diz o adágio: "Um soldado inimigo dentro do nosso acampamento é pior do que mil do lado de fora".

• (H) – I Cor 5:9-12 - O crente não deve comungar com incrédulos. “Comer” não é apenas deglutir o alimento, mas também entrar em acordo, aprovar e comungar.

• (I) – I Cor 5:13 – Um santa congregação do Senhor Jesus Cristo...:

• (I.1) - Não deve sancionar conduta imoral de ninguém;

• (I.2) - Deve manter a pureza do Evangelho (Mt 13.47-49);

• (I.3) - O viver do crente deve ser bem diferente do viver do incrédulo; e

• (I.4) - A Igreja, como corpo local, tem o direito de disciplinar os membros faltosos.


IV – FORMAS DE DISCIPLINA A SEREM APLICADAS:

• Conforme a gravidade do caso, algumas formas de disciplinas devem aplicadas na Igreja:

• (1) - ADVERTÊNCIA E EXORTAÇÃO PESSOAL (Mt 18:15; Gl 6:1);

• (2) - VISITAÇÃO ACOMPANHADA (I Cor 4:14-21; Mt 18:15-17);

• (3) - ADVERTÊNCIA PÚBLICA (I Tm 5:20);

• (4) - COMUNICAÇÃO ESCRITA (II Cor 7:8-10);

• (5) - A SUSPENSÃO DA IGREJA- II Ts 3:14-15 - é uma forma menos rigorosa, em que o faltoso fica sujeito a uma suspensão de algum cargo que ocupa, da santa ceia, etc. Contudo, ele continua membro da Igreja ou, como diz a Bíblia, deve ser tratado como irmão. Tudo com a finalidade de ajudá-lo a despertar e consertar-se.

• (6) - A EXCLUSÃO - quando as outras medidas não surtirem efeito, então resta somente o último recurso: A EXCLUSÃO DA IGREJA. O faltoso é então separado da comunhão com a Igreja, isto é, não é mais considerado membro, mas como gentio e publicano. Nesse caso, o ato de exclusão é apenas uma expressão daquilo que o Senhor da Igreja já fez – Mt 18:17.


IV.1 - OBSERVAÇÕES:

• (1ª) - O objetivo principal da disciplina cristã não deve ser ignorar o faltoso ou tornar-se indiferente com ele, tampouco perdê-lo, mas ganhá-lo de volta para Cristo (Tg 5:19-20). Esta tarefa é para pessoas espirituais (Gl 6:1-2)

• (2ª) - Sempre que for possível, a pessoa disciplinada ou desviada deve ser visitada e procurada, visando-se a sua restauração espiritual.

• (3ª) - A disciplina, quando aplicada segundo o espírito de Cristo, não se destina a empurrar a pessoa para o inferno, e, sim, livrá-la de lá (se essa pessoa entrar pelo caminho do arrependimento, do abandono dos seus pecados e do perdão da Igreja) – II Cor 2:6-10.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• As marcas da Igreja, em particular, são: A FIEL PREGAÇÃO DA PALAVRA; A CORRETA MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS e O FIEL EXERCÍCIO DA DISCIPLINA.

• O fiel exercício de disciplina é deveras essencial para a manutenção da pureza da doutrina e para salvaguardar a santidade dos sacramentos. As Igrejas que relaxarem na disciplina, mais cedo ou mais tarde, sofrerão, em sua esfera de influência, um eclipse da luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a Igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã.

• Lembremo-nos: DEUS CONTINUA SENDO SANTO! ELE NUNCA DEIXOU E NEM DEIXARÁ PASSAR IMPUNEMENTE O PECADO NA IGREJA!


FONTES DE CONSULTA:


1. A Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

2. Disciplinas do Homem Cristão – CPAD – R. Kent Hugles

3. Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

4. Lições Bíblicas – CPAD – 4° Trimestre de 1997 – Comentarista: Antônio Gilberto

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

“SINAIS E MARAVILHAS NA IGREJA”

TEXTO ÁUREO – Hb 2:4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 3:1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Os Evangelhos registram mais de 50 casos de operação de milagres efetuados por Jesus. Multidões foram curadas e libertadas do poder maligno e muitos foram ressuscitados. Eles incluem também a natureza. Mateus é o evangelista que registra mais milagres de Jesus. Mateus é o Evangelho do Rei, e nele o Rei demonstra a Sua soberania sobre tudo, inclusive o império do mal e da morte. O Antigo Testamento já profetizava a respeito: "E o seu nome será: ... MARAVILHOSO..." (Is 9.6).


II – O QUE É MILAGRE?:

• A definição mais simples é: UMA INTERFERÊNCIA DE UMA LEI DIVINA SUPERIOR NAS LEIS NATURAIS, MEDIANTE PODER SOBRENATURAL. Um milagre divino vai além da compreensão e capacidade intelectual e científica do homem.

II.1 - TERMOS DECRITIVOS DOS MILAGRES DE JESUS:

• Há quatro termos originais; os três primeiros aparecem juntos em At 2.22: - “... A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com MARAVILHAS, PRODÍGIOS e SINAIS, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”.

• O quarto termo, “OBRAS”, consta em outras passagens bíblicas conforme veremos.

• (1) – MARAVILHA = “TERAS” - Significa algo extraordinário, estranho, fora do comum. A maravilha, pois, apela à imaginação do homem, falando do poder sobrenatural de Jesus.

• (2) – PRODÍGIO = “DUNAMIS” - Significa poder real. O milagre tipo prodígio demonstra o poder de Deus, e apela à nossa admiração, pasmo, reverência. É o exercício do poder divino na esfera deste mundo humano e natural.

• (3) – SINAL = “SEMEION” - Significa marca, prova. O milagre com este nome é um meio autenticador divino e apela à nossa razão. Como sinal fala do reino espiritual superior de Deus, cujas verdades são simbolizadas por estes sinais reveladores. Portanto, este termo destaca o aspecto teológico e doutrinário do milagre divino.

• O Evangelho de João - O Evangelho do Filho de Deus -, sempre chama os milagres de Jesus de sinais, isto é, provas da Sua divindade e da obra divina que Ele veio realizar.

• (4) – OBRAS = “ERGA” - Jo 5.20; 7.3; 10.25; 15.24 - "Erga" vem de "ergon" que significa obra, trabalho, produto, operação. Este termo aplicado por Jesus aos Seus milagres, fala deles como parte da Sua obra redentora em favor do homem, testemunhando ao mesmo tempo dEle como o enviado do Pai.


III - O PODER DE JESUS SOBRE A NATUREZA:

• Mc 4:35-41 - As rajadas de vento que sobrevêm ao Lago da Galiléia são frequentemente súbitas e fortes. Quando isto aconteceu aos discípulos, eles devem ter posto em ação toda a sua perícia e começaram a tirar a água do barco com todas as vasilhas que encontraram, o mais depressa possível. Porém, ainda assim, as altas ondas e o vento os levaram às raias do desastre.

• ONDE JESUS ESTAVA? - Lá atrás, na popa do barco, dormindo, enquanto tudo aquilo acontecia!

• Mateus e Lucas amenizam o grito dos discípulos, de forma que não parece que eles estão repreendendo Jesus (Mt 8:25; Lc 8:24).

• Mas a narrativa de Marcos apresenta os discípulos se queixando. Parafraseando-os: - “Ó Senhor, nem se importa quando estamos a ponto de naufragar?”. Esse é um grito de medo, de irritação, talvez até de ira.

• O tempo usado para as palavras DORMINDO e o verbo LEVANTANDO-SE, ordinariamente, denota ação duradoura, querendo dizer que Jesus estava dormindo tão tranquilo, que eles tiveram dificuldades em despertá-Lo.

• Levantando-se, Jesus “REPREENDEU O VENTO”. Ele falou também ao mar: - “CALA-TE, AQUIETA-TE” - Mais literalmente (embora menos suave), estas palavras poderiam ser assim traduzidas: “PAREM COM ESSE BARULHO! SEJAM COMO SE ESTIVESSEM AMORDAÇADOS!”.

• As palavras REPREENDEU e AMORDAÇADOS são os mesmos verbos usados para descrever a expulsão de um demônio por Jesus (Mc 1:25).

• Ao comando de Jesus, o vento cessou e a calma se espalhou sobre o mar!

• “POR QUE SOIS ASSIM TÍMIDOS? AINDA NÃO TENDES FÉ? - Mc 4:40 - A calma de Jesus em dormir enquanto o bote estava sendo coberto pelas ondas, estabelece agudo contraste com o medo e a pouca fé dos discípulos.

• Através dos séculos, os cristãos têm aplicado legitimamente esta história aos perigos e crises da vida, obtendo dela a certeza de que Cristo pode nos livrar das tempestades da vida.

• Em seguida ao milagre, eles começaram a perguntar-se mutuamente quem era Jesus. Para eles, aquela maravilha estava abrindo as suas mentes para a verdade de que Jesus era o Cristo e, como eles finalmente iriam reconhecê-Lo: O SENHOR DE TUDO.


IV - O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS:

• Mc 1:21-28 - O poder e a autoridade espiritual manifestos pela presença e pela fala do Senhor Jesus inquietaram os demônios.

• Devido o vazio espiritual do povo judeu da época, os demônios estavam muito ativos entre eles.

• Em Lucas 11, Jesus após ensinar sobre a necessidade de se estar cheio do Espírito Santo (Lc 11.13), mostrou imediatamente o perigo de se estar vazio dEle (Lc 11.24-26).

• Não basta a "casa" estar limpa, suprida e arrumada - Lc 11.25 -; é preciso que ela esteja totalmente ocupada pelo Espírito Santo.

• (1) - JESUS INQUIETA OS DEMÔNIOS - Mc 1.23-24 - Talvez ninguém pensasse que um endemoninhado estivesse ali no culto.

• Em nossos dias, há mais endemoninhados do que se pensa! É que às vezes o discernimento e o poder do Espírito não estão operando no ambiente para detectá-los. Jesus logo discerniu que se tratava de um demônio.

• "QUE TEMOS NÓS CONTIGO?" – Mc 1:24 - Por aqui, vemos que havia mais de um demônio naquele homem. Ele falava em nome dos demais que ali estavam, pois usou o pronome "nós". Que situação miserável a daquele homem! Imaginemos se Jesus não estivesse presente! Mas Ele estava e libertou o escravo.

• Hoje, Jesus quer estar entre o povo e vê-lo vivendo em santidade, para que se cumpra o que Ele mesmo declarou: "Em meu nome expulsarão demônios" (Mc 16.17).

• Jesus veio a este mundo para destruir as obras do Diabo, e uma delas é o demonismo que hoje escravisa tanta gente.

• (2) – JESUS EXPULSA O DEMÔNIO - Mc 1.25-28 - Jesus, quando entre os homens, era e é Poderoso, não somente em palavras, mas em obras – Mc 1:22; Lc 24.19.

• A DIFERENÇA - Mc 1.25 - Jesus sabia distinguir entre o homem e o demônio que nele agia. Com poder, Jesus repreendeu o demônio, não o homem. É preciso discernimento do Espírito nesse campo. Um dos dons que o Espírito quer repartir à Igreja tem a ver com isso - l Co 12.10.

• (3) - O RESULTADO DO MILAGRE - Mc 1.28 – “A fama de Jesus espalhou-se” - Num instante os fatos daquela manhã tomaram conta não só da cidade, mas de toda a Galiléia. Perdeu muito quem não foi ao culto naquele dia!


V - O PODER DE JESUS SOBRE AS DOENÇAS:

• Mc 1:29-31 – Jesus, ao sair da sinagoga naquela manhã, foi para a casa de Simão Pedro, ali mesmo em Cafarnaum (Lc 4.38). Pedro, antes, morava em Betsaida, não muito longe dali; depois da chamada para seguir a Cristo, certamente mudou-se para Cafarnaum, onde Jesus residia (Mt 4.13; 9.1).

• Presume-se que Jesus chegou à casa de Pedro por volta de meio-dia, porque após a cura da sua sogra, esta passou a servir-lhes uma refeição, que seria o almoço (Mc 1:31).

• (1) – JESUS VISITA UMA LAR NECESSITADO – Mc 1:29 - Sempre que Jesus faz uma visita é para fazer o bem. Jesus quer visitar cada lar para abençoá-lo. Muitos perdem a bênção da visita de Jesus.

• (2) – JESUS OUVE E ATENDE UM PEDIDO URGENTE – Mc 1:30-31 - O pedido era dos discípulos em favor da sogra de Pedro que estava acamada, com febre alta.

• (3) – SERVINDO A JESUS POR GRATIDÃO – Mc 1:31 - A cura da mulher foi instantânea. Jesus além de curá-la da febre, também restaurou suas forças, pois a febre sempre debilita muito o paciente. A mulher era tanto diligente no trabalho como tinha prazer em servir.


VI – O PODER DE JESUS SOBRE A MORTE:

• O homem moderno tenta desesperadamente escapar da morte. Mas, apesar de todos os tratamentos disponíveis, incluindo o rejuvenescimento e renovação celular, o homem ainda não conseguiu vencê-la. Somente um conseguiu isso: JESUS CRISTO! (Hb 2:14-15; Jo 8:51; 11:25).

• Lc 7:11-18 - A íntima compaixão de Jesus levou-O a operar um milagre sem ser rogado. Às vezes nos falta o ânimo para pedir uma intervenção divina que nos parece impossível e, contudo, Deus responde aos nossos desejos quando não ousamos pedir.

• Jesus tocou o esquife. Sua intenção foi corretamente entendida pelos carregadores, porque pararam. Segue-se então a palavra de autoridade. Jesus falava em seu próprio nome: - "MANCEBO, A TI TE DIGO: LEVANTA-TE". O Príncipe da Vida possuía autoridade para ordenar ao jovem o retorno à vida.

• O toque de Jesus simbolizava o Seu poder em impedir o triunfo da morte. A vida encontrara-se com a morte; a procissão fúnebre tinha de parar. Nem a própria morte pode resistir-Lhe. Jesus tem poder de interferir em nossas catástrofes, nas tragédias da vida e dar-nos vitória, onde tudo parecer perdido! Ele manda na morte, pois É SENHOR DOS MORTOS E DOS VIVOS! (Ex 3:6 cf Rm 14:8)


VII – A COMPAIXÃO DO SENHOR:

• (Mc 1.32-34) – Agora já era chegada a tarde daquele mesmo dia – UM DIA DE MILAGRES.

• O lar que acolhera Jesus passou a ser o local de concentração dos que buscavam a Ele. O povo estava convicto de que o poder de Jesus era eficaz.

• Aquele foi um grande dia de milagres realizados por Jesus. Esse dia ainda não passou, pois Jesus é o mesmo. Ele quer fazer milagres em nosso meio, sabendo nós que o maior deles é a conversão do perdido pecador.

• É NECESSÁRIO CRER NÃO APENAS NO MILAGRE, MAS NAQUELE QUE REALIZA MILAGRES! DEUS NÃO MUDOU, TAMPOUCO SE APOSENTOU! - Hb 13:8


VIII – O PORTADOR DOS DONS DE CURA E OPERAÇÃO DE MARAVILHAS:

• Aqueles que, pela graça de Deus, são portadores destes dons devem ter humildade e direção, porquanto não somos nós quem usamos o Espírito Santo; Ele nos usa de acordo com a Sua soberana vontade - Is 42:8; 48:11; At 3:12; 14:13-15 cf Ef 3:20; I Jo 5:14.

• Os sinais, maravilhas e milagres, resultam em:

• (A) - GLORIFICAR O NOME DE JESUS (Sl 62:11; 89:5; 150:2; Jo 2:11; 10:38; I Cor 4:20);


• (B) - EXPANDIR O REINO DE DEUS, pois...:

• (B.1) - Confirmam a palavra pregada (Mc 16:16-18; Hb 2:3-4);

• (B.2) - Expressam o amor compassivo de Cristo (At 10:38; Mc 8:2; Lc 7:13-15);

• (B.3) - Comprovam a divindade de Cristo (Jo 20:30-31);

• (B.4) - Atraem as almas para Deus (Jo 7:31; At 19:11-20); e

• (B.5) - Trazem salvação (At 4:4; 5:12-14; 9:36-43);


• (C) - FORTALECEM A FÉ DO POVO DE DEUS (Nm 13:20; Jr 32:17; Mt 19:26; Lc 1:37; Jo 14:12-14; II Cor 4:13)


IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Em Seu ministério terreno, o Senhor Jesus se apresentou aos homens como o Médico por excelência: Curou toda sorte de doenças e enfermidades e foi além, fazendo o que nenhum médico seria capaz de fazer: RESSUSCITAR MORTOS!

• Jesus curou sem fazer qualquer exame prévio. Não enviou Seus clientes a qualquer laboratório. Nunca pediu prazo para operar a cura. Nunca tomou muito tempo de qualquer doente. Nunca ordenou que voltassem mais tarde. Não lhe importava a gravidade da doença ou o tempo que atacava o doente. Ele curava com um toque, com um gesto, com uma palavra. Por isso, merece sempre ser chamado de "O MÉDICO dos médicos".


FONTES DE CONSULTA:


1. Lições Bíblicas – CPAD – 4º Trimestre de 1982 – Comentarista: Geziel Gomes

2. Lições Bíblicas – CPAD – 2º Trimestre de 1985 – Comentarista: Antônio Gilberto

3. Malgo, Wim - Jesus Continua Sendo Maior – Obra Missionária Chamada da Meia-Noite

4. Boyer, Orlando S. - Espada Cortante Volume Um - CPAD

Lição 5 – Sinais e Maravilhas na Igreja


TEXTO ÁUREO
"Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo [...]" (Hb 2.4).
Os termos usados neste versículo descrevem os milagres especiais que Deus usou para demonstrar a autoridade do Salvador (At 2.22), bem como para atestar os ministérios dos apóstolos e de Estevão (At 6.8; Rm 15.19; 2Co 12.12). Jesus não limitou esta situação apenas aos apóstolos, como defendem os “cessacionistas”, mas “a todos quantos Deus nosso Senhor chamar”. Os sinais dão crédito à mensagem do evangelho, e não podem ser limitados à era apostólica, assim como a comissão do Senhor de transmitir o evangelho pelo mundo (Mc 16.17-18). Não houve, em absoluto, cessação dos milagres ao longo da história da Igreja, mas uma diminuição que, ao contrário do que afirmam os “cessacionistas”, está, sim, relacionada à falta de fé ou, quando muito, à falta de insistência por parte dos cristãos, pois os milagres precisam ser buscados, procurados por parte daqueles que deles necessitam (Sl 105.4; Mt 7.7; Lc 11.9; Cl 3.1). Os sinais, portanto, confirmam o ministério dos embaixadores de Cristo em cada geração.
VERDADE PRÁTICA
A Igreja evangelizadora e missionária jamais deixará de operar milagres e prodígios, pois o Deus do impossível tem um sério compromisso com os que proclamam as Boas Novas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 3.1-11
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender porque os milagres e maravilhas eram sinais tão comuns à Igreja Primitiva;
Explicar os objetivos de Deus ao realizar milagres e maravilhas, e
- Conscientizar-se de que a proclamação da Palavra é mais importante que o milagre.
PALAVRA-CHAVE
SINAIS e MILAGRES: - Prodígios operados pelos discípulos por intermédio da ação do Espírito Santo.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Atos dos Apóstolos narra o vertiginoso crescimento quantitativo e qualitativo da igreja primitiva. É curioso pensarmos como isso aconteceu entre um povo oprimido, inculto e com uma teologia sectária e legalista. Sem dúvidas, uma grande razão foram os sinais e maravilhas freqüentes da parte de Deus. O livro de Atos dos Apóstolos é o livro-texto de Deus para regular a vida normativa da Igreja em todos os tempos. Atos tem 28 capítulos e em cada um deles encontramos sinais, maravilhas e eventos sobrenaturais ocorrendo. Milagres não são como um espetáculo, que gera assombro, nem servem para promover a pessoa a quem Deus usa. Ao contrario, eles são sinais e evidências da presença de Deus, e são belos sinais de Sua compaixão para com aqueles que estão sofrendo ou estão cativos de demônios. Os milagres apontam para a Cruz e para o poder do Senhor Jesus (At 5.12-14). Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. SINAIS E MARAVILHAS, A AÇÃO SOBRENATURAL DA IGREJA
Maravilhas - do gr ‘terás’, ‘algo estranho’, que leva o observador a se maravilhar, sempre é usado no plural e geralmente depois do termo ‘semeia’, ‘sinais’). Em At 2.19,teras aparece sozinho (prodígios). O sinal tem o propósito de apelar para o entendimento, a ‘maravilha’ apela para a imaginação, o poder (dunamis) indica que a sua fonte é sobrenatural[1]. A mensagem de Jesus consistia na trilogia: ensinar, pregar e curar (Mt 4.23; 9.35). Isso Jesus mandou que seus discípulos fizessem (Mt 28. 19,20; Mc 16.15-19). É essa a mensagem que pregamos na atualidade. Em At 2.43, Lucas afirma: ‘e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos’, isso nos mostra que o poder de Jesus, para curar os enfermos, continua, o qual foi delegado aos seus discípulos. Nos textos de 1Co 12.7-11, Ef 4.11-12 e 1Pe 4.10,11 está revelado que o Espírito Santo concede aos crentes habilidades sobrenaturais para que a igreja possa cumprir a sua missão no mundo até a volta de Jesus Cristo. A relação dos dons espirituais é enorme: profecia, ensino, cura, hospitalidade, milagres, sabedoria, socorro, generosidade, etc. (1Co 12.4-11, 28-30; Rm 12.6-8; Ef 4.11; 1Pe 4.9,10). Dentre os dons espirituais, há um grupo de dons especiais que são destinados a autenticar diante dos incrédulos a mensagem do evangelho de Cristo, chamados de dons extraordinários - os dons de milagres, cura, exorcismo, profecia, línguas e interpretação. Sinais e maravilhas são de suma importância para a pregação do Evangelho.
1. Definição. Milagre (do Gr ‘dunamis’, ‘poder, habilidade inerente’, é usado acerca de feitos de origem e caráter sobrenaturais, visto que não podem ser produzidos pelos agentes e meios naturais[1]; do latim miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se") é um fato dito extraordinário que não possui uma explicação científica. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais”. Para os crentes, sua realização é atribuída à onipotência divina, é considerado como um ato de intervenção de Deus no curso normal dos acontecimentos.
2. Objetivos do milagreNa Bíblia, os milagres e as curas eram sinais para confirmar a mensagem dos pregadores. Deus autenticou cada nova mensagem com sinais (Hb 2.3-4; Mc 16.20). Os milagres que acompanham as pregações de discípulos confirmaram às pessoas que os mensageiros diziam a verdade, que Deus estava sustentando suas mensagens com fenômenos sobrenaturais e que uma nova dispensação, a era da graça, havia entrado no mundo. Sinais e Maravilhas têm como finalidade conduzir os seres humanos a Deus de modo extraordinário. Estas ações extraordinárias nos foram dados para vermos a manifestação da glória de Deus Pai e do Senhor Jesus [E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.(Jo 11.4); Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (Jo 2.11)]. Todo milagre que Deus realiza serve, primeiro, para manifestar a Sua glória, serve para que todos conheçam a glória Dele, para que todos saibam o quanto Ele é capaz de fazer. Além das duas citações feitas pelo comentarista, há uma outra finalidade: toda cura através de Cristo é a obra de Deus invadindo a esfera de Satanás e destruindo a sua obra (1 Jo 3.8). Não obstante o objetivo prático podemos constatar pela experiência, que nem todos que buscam um milagre, alcançam. O Pr Augustus Nicodemus afirma isso da seguinte maneira:“Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais[2].
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Os sinais e maravilhas são operações extraordinárias e sobrenaturais de Deus com o propósito de glorificar o nome do Senhor e expandir-lhe o Reino.
II. O MILAGRE NA PORTA FORMOSA
O historiador judeu Flavio Josefo comenta: “O templo tinha nove portas, que eram revestidas de ouro e prata em todos os lados, mas havia uma porta, que estava fora da casa santa e era de bronze de Corinto e muito excedia aquelas que eram apenas revestidas de ouro e prata. A magnitude das outras portas era igual em todas. Contudo, a porta de Corinto, que abria para o Oriente, em oposição à porta da própria casa santa, era muito maior, pois sua altura era 50 côvados, isto é, cerca de 25 metros, e era adornada da maneira mais rica, tendo placas mais ricas e mais grossas de prata e ouro que as outras. Esta última é, provavelmente, a porta chamada Formosa, porque era no exterior do templo, para a qual havia fácil acesso e visto que era, evidentemente, a de maior valor”. A palavra hebraica para formosa, bela é ‘yafeh’, e qualquer turista pode entrar na Antiga Cidade de Jerusalém pela ‘Porta de Jaffa’; é o fim da estrada que vem do porto de Yafo (Jaffa, Jope), no litoral sul de Tell Aviv, assim chamada por sua beleza. A porta à qual o texto se refere pode ser a Porta Nikanor, mencionada na Mishna, que saía do pátio dos gentios e se estendia até o pátio das mulheres no Templo[3]. Pela Porta Formosa do Templo de Jerusalém passavam sacerdotes, rabinos, comerciantes, enfim, muita gente ilustre e rica que possivelmente via aquele aleijado a mendigar diariamente, sempre no mesmo lugar e, tudo o que podiam fazer era dar-lhe algumas moedas e nada mais. E o homem continuava paralítico necessitado. Essa situação só mudou quando providencialmente, a cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de Cristo operando através de Pedro. Jesus disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: ‘Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão’ (Mc 16.17,18).
1. Oração e milagre. Pedro e João estavam subindo os terraços para os átrios do templo na hora da oração, às três horas da tarde (havia duas outras, às nove da manhã, e ao meio dia; nas contas romanas, o dia iniciava com o nascer do sol; portanto, a ‘hora nona’ era cerca de 15:00hs). David H. STERN afirma que “de acordo com uma fonte talmúdica, os três cultos de oração foram instituídos depois da destruição do primeiro Templo para substituir os sacrifícios (veja Dn 6.11 para um costume semelhante durante o exílio na Babilônia). Os três cultos são denominados Shacharit (manhã), Minchah (tarde) e Ma’ariv (noite)[3]. Os apóstolos e os que se convertiam a Cristo continuavam a fazer suas orações no templo, mesmo que já não observassem todos os ritos. Devemos buscar a presença de Jesus em nossa vida, pois é Ele quem comunica ao nosso coração a necessária fé para que haja sinais e maravilhas (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13). A igreja continuou o ministério de cura que Jesus exercera, em obediência à sua vontade, fato demonstrado pelo milagre que recebeu o coxo da porta Formosa. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de Jesus Cristo (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro (1Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. O mandamento para buscarmos a comunhão com Deus por meio da oração vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele. A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13).
2. Quando nem o ouro nem a prata fazem a diferençaPedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas nem por isso deixou de ser um crente vitorioso. Ao contrário do que andam pregando alguns pastores, a alegria do crente não reside na riqueza, mas em ter a segurança da salvação eterna em Cristo Jesus (Ef 2.8). Nas incomensuráveis palavras de Paulo: ‘Como contristados, mas sendo alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo’ (2Co 6.10). Foi com essa alegria e certeza que Pedro deu ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem meditar nestas palavras de Pedro e adotá-las como ‘texto áureo’ bem como as palavras de Paulo como ‘verdade prática’. Muitas igrejas dos nossos dias já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de dizer: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda .
3. O milagre na Porta FormosaJá temos ouvido muitas pregações acerca da cura do coxo na Porta Formosa e talvez imaginemos que o coxo estava sentado à porta do templo, quando Pedro e João iam entrando. Na verdade, quando se encontrou com os apóstolos, estava exatamente sendo carregado por alguém para ser colocado no local costumeiro. “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual, todos os dias, punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam”. (At 3.1,2). Esse detalhe é importante por que aponta para alguém que conduziu o coxo à posição de receber a cura! À porta chamada Formosa, ironicamente, jazia o coxo e para este, essa porta significava humilhação, vergonha, dor e tristeza. Ele nunca pôde atravessá-la. Nunca soube como era o outro lado. Aquela porta não tinha nada de formosa para ele. Ela o impedia de entrar no templo – era deficiente físico e mendigo, escória da sociedade. Era para ali levado e deixado todos os dias para pedir esmolas. Pedro, cheio do poder do Espírito, fixa o olhar naquele que lhe estendia a mão esperando uma esmola e ousadamente diz:“Olha para nós” surpreendendo com essa ordem o coxo acostumado a não ser notado pelos que cruzavam a porta do Templo [...] Não tenho nem prata nem ouro mas, o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” Que autoridade! Que intrepidez e ousadia! Que intimidade! Pedro estende a mão, o levanta; o homem saltou, andou e adorou a Deus. É dever de todo crente ministrar as bênçãos de Deus para o necessitado. È em situações como essa que Deus nos concede oportunidade de evangelizar!
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Pedro e João oram em nome de Jesus e um milagre é realizado na porta do Templo chamada Formosa.
III. O MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA
O Espírito Santo criou nos apóstolos um desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o Espírito impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (1.8; 2.14-41; 3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4). Pregação e milagres devem seguir à pregação das Boas Novas (cf. 3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; 15.12; 20.7ss). É mediante estes sinais que Cristo confirma a palavra de suas testemunhas (14.3; cf. Mc 16.20). Demonstrando a existência do poder divino e advertindo ou encorajando a fé; por sua vez, prodígios se refere a eventos extraordinários que causam pasmo ao espectador. Note que a igreja estava orando pela realização de curas, sinais e maravilhas (At 4.30). A igreja dos nossos dias precisa interceder ferventemente em oração para Deus confirmar o evangelho com grande poder, milagres e graça abundante. Somente quando o evangelho é proclamado com poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para Cristo. Mas precisamos tomar cuidado quando o assunto é milagres! ‘Algo que esta se tornando comum é acreditar que todos os milagres que vemos são farsas ou puras alucinações. Esse pensamento extremamente crítico quanto aos milagres se deve basicamente a um argumente contra os milagres utilizados pelo cético David Hume (1711-1776). Segundo ele, uma pessoa sábia não devia acreditar em milagres pois eles são acontecimentos raros, e acontecimentos raros têm evidências menores do que acontecimentos comuns, assim, devemos acreditar naquilo que tem evidência maior (acontecimentos comuns). Norman Geisler comparou esse argumento ao fato de se ganhar na loteria e não acreditar nisso ao menos que você ganhe mais 5 vezes, até que assim se torne um acontecimento comum. Pois o fato de um acontecimento ser raro não significa que ele não tenha acontecido e muito menos que as evidências para ele sejam menores. Portanto esse argumento logo é refutado. Mas e hoje? Devemos acreditar? Sim, devemos, mas não em todos. Como podemos ver, os milagres já não são tão raros, pois podemos assisti-los todos os dias pela televisão acontecendo aos montes. O fato é que provavelmente existem fraudes nesses programas. Não que todos que testemunhem estejam mentindo, alguns devem ter sido realmente curados pelo poder de Deus, mas existem casos em que se percebe a falta de bom censo, como os casos de cura de dor de cabeça ou coceira no ouvido (acredite ou não já ouvi isto), coisas que podem ser totalmente psicológicas (placebo ou cura psicossomática) ou até mesmo mentira. Portanto se, por exemplo, você conhece uma pessoa que recebeu o milagre e sabe que sua doença era grave e hoje está curada, mesmo com a descrença dos médicos quanto à possibilidade da cura, porque não acreditar? A evidência maior esta a favor do raro, do milagre. Porém, sempre que a evidência maior estiver a favor do comum, como por exemplo uma cura de dor de barriga, o mais sábio é acreditar no comum, uma simples cura psicológica’[4].
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Os milagres realizados em nome de Jesus abriram as portas para que a Palavra de Deus fosse proclamada.
(III. CONCLUSÃO)
O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus [...] a fé que é por ele deu a este, na presença de vós, esta perfeita saúde’ (At3.13 e 16). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. Que lição extraordinária aprendemos neste domingo! Devemos crer em milagres? Sim! A quem daremos o crédito? À denominação a qual fazemos parte? Ao ‘pregador-ídolo’ que se apresenta em mega-eventos? Pedro inicia sua defesa, humildemente perguntando: ‘porque vos maravilheis disto? Ou, por que olhais para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?’ (AT 3.12). David H. STERN afirma que “essa frase (At3.13) não aparece por acidente no discurso de Pedro. São duas partes que constam do primeiro parágrafo da ‘Amidah’, a seção central do culto de oração Minchah, que começa com: ‘Louvado sejas tu, Adonai nosso Deus e Deus de nossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó [...]’, o que seus ouvintes teriam acabado de recitar nas orações minchah em todas as dependências do Templo, boa parte das quais ainda hoje se fazem no mura das lamentações[5]. Ao usar as mesmas palavras com as quais o povo acabara de se dirigir à Deus, Pedro diz que a cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de Cristo operando através deles. Jesus disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.17,18).
APLICAÇÃO PESSOAL
Em At 2.43 Lucas afirma: ‘e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos’. A cura do mendigo coxo é uma amostra desses sinais. Isso também mostra que o poder de Jesus para curar os enfermos continua, o qual foi delegado aos seus discípulos. No decurso de toda a presente era, e até à volta de Cristo, Deus enviará tempos do refrigério (o derramamento do Espírito Santo) a todos aqueles que se arrependerem e se converterem. Embora tempos perigosos venham perto do fim desta era, acompanhada da apostasia da fé (2Tm 3.1; 2Ts 2.3), Deus ainda promete enviar reavivamento e tempos de refrigério aos fiéis. A presença de Cristo, a bênção espiritual, milagres e derramamento do Espírito Santo virão sobre os remanescentes que fielmente o buscarem e vencerem o mundo, a carne e o domínio de Satanás (At 26.18). Notemos que os judeus tinham e mantêm o hábito de orar três vezes ao dia, o crente deve orar continuamente (1Ts 5.17) [5]. Não é preciso entender de milagres para experimentar um. O ser humano possui duas naturezas - física e espiritual. Se desejarmos experimentar somente o que a mente pode compreender, nunca experimentaremos um milagre. O Deus das coisas naturais é o mesmo Deus das coisas sobrenaturais. O Deus que rege a lei da gravidade é o mesmo Deus que rege a lei dos milagres. Nada é impossível para Deus.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa
NOTAS BIBLIOGRAFICAS
- Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;
- Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora 2006;
- Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e AdultosAtos - O padrão para a Igreja da última hora;
[2]. Dicionário VINE, 1ª Ed., 2002, CPADpp. 774, 789;
[3]STERN, David H.; Comentário Judaico do Novo Testamento, Atos & Templus, 1ª edição brasileira, Mar 2008. p. 257;
[5]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de At1.4.