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sábado, 18 de junho de 2011

Lição 13 - Aviva, ó Senhor, a Tua obra!


O Profeta Habacuque buscou avivamento espiritual para ele e para todo o Israel. Ele profetizou poucos anos antes do cativeiro Babilônico (626 a C) e como profeta estava indignado com a postura espiritual do povo e principalmente dos sacerdotes em seus dias...
Habacuque denuncia o pecado do povo, fala contra a idolatria (Hab 2:18-20) e revela uma Visão que precisa ser divulgada com outdoor... Ele tinha esperança de que "toda a terra se enchesse do conhecimento..." (Hab 2:14). Mas o que ele queria mesmo ver era um Grande Avivamento!

O clamor por um avivamento foi a tônica de sua mensagem. Diz o texto que a palavra trouxe-lhe temor e, como resultado desta atitude, ecoou do profundo do seu coração o clamor por um derramar do Espírito sobre a nação de Israel, que precisava, urgentemente, ser despertada e voltar-se inteiramente para Deus. E isto só viria a acontecer caso houvesse um mover de Deus: o avivamento.

Diante disso, quero, nesta oportunidade, fazer algumas colocações sobre alguns significados do avivamento de Deus para o seu povo.

Despertar-se do sono

Comecemos por esta afirmativa fundamental: avivar-se significa despertar-se do sono da frieza espiritual. O profeta pediu avivamento porque Israel precisava acordar. Seus líderes estavam dormindo o sono do comodismo e da inércia espiritual. Ele sabia que o povo havia pecado e, consequentemente, seria julgado e condenado. E, por isso, pede para que Deus apareça entre o povo com uma nova manifestação de poder, por meio de sua graça e de seu Espírito. Somente assim eles seriam perdoados e salvos.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Roma, exorta-os dizendo: “...é hora de despertamos do sono, porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”, Rm 13: 11. Quer dizer: ele apela aos cristãos e os desafia a uma vida cristã ativa e de trabalho cristão. No verso 12, quando diz que “a noite é passada e o dia é chegado”, cria na volta iminente de Jesus um fator motivador para permanecermos acordados na vida cristã: Jesus está vivo e vai voltar para buscar a igreja.

À semelhança do profeta Jonas que, em razão de sua desobediência a Deus, dormia um profundo sono no porão do navio, Jn 1: 5, muitos estão fugindo da presença do Senhor e estão dormindo espiritualmente nos porões da tristeza, da frieza espiritual, da negligência, do comodismo e da desobediência. A estes, a Palavra de Deus está dizendo todos os dias: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”, Ef 5: 14.

Atitudes de protesto

O grito de protesto do profeta Habacuque por um avivamento está marcado neste texto por sua coragem ou destemor ao dizer com fé: “Aviva, ó Senhor, a Tua obra”. O profeta estava reclamando contra todas as atitudes erradas de sua nação. O mau comportamento desse povo era uma afronta ao verdadeiro Deus. E, com temor no coração, ao ouvir a Sua palavra, o profeta não vê outra alternativa a não ser um real avivamento para varrer do meio do povo todo pecado.

Os dias atuais são difíceis e tenebrosos, porque o mundo jaz no maligno, Jo. 5: 9. Não dá pra ser crente frio e conformista, Rm 12: 2. Precisamos protestar contra a frieza espiritual que procura assolar a igreja de Jesus na terra. A Igreja Assembléia de Deus nasceu no fogo do Espírito Santo. Ela é fruto de avivamento. E o fogo santo queima pecado, mundanismo e todo tipo de atitude inconveniente que queira impedir o avanço da obra de Deus.

Não podemos ficar calados. Se assim o fizermos, diz a Bíblia que as pedras clamarão, Lc 19: 40. A ordem bíblica é protestar contra as atitudes do nosso adversário com a autêntica proclamação do evangelho. Este protesto precisa ser imperativo e contextualizado, pois o próprio Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, Mt. 16: 15. A Palavra de Deus afirma que não há tempo a perder: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”, Jo 9: 4.

Para protestar contra o pecado não é preciso sair às ruas com faixas e bandeiras, mas é possível fazer isto em oração, em consagração e jejum a Deus. A atitude de protesto da igreja pode ser demonstrada por de meio da qualidade de vida cristã, isto é, uma vida ordeira e orientada pela Bíblia Sagrada.

Comprometimento com o reino

Em sua oração, o profeta roga a Deus para que, nos tempos de aflição e angústia, a sua misericórdia seja lembrada, porque sem ela o povo iria perecer no pecado. A compaixão divina era a porta de retorno a uma vida de reconciliação e, posteriormente, reafirmação de um autêntico compromisso cristão. E está claro nas palavras do profeta que o avivamento traçaria este caminho e o poder de Deus levaria o povo à conscientização e tomada de uma posição coerente com os princípios de Deus.

Costumo dizer que vida cristã traduz-se por comprometimento com o Reino de Deus; viver o que cremos e pregamos e uma volta aos dias da Reforma e aos ensinos do livro de Atos. É também vida no Espírito, Gl 5: 25; vida frutífera, Jo 10: 10 e 15: 5 e vida de serviço ao Reino de Deus. Jesus disse que ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus, Lc 9: 62. Crente avivado tem como prioridade pensar nas cousas que são lá do alto, Cl 3: 2.

Aprendemos pela Bíblia que vida com Deus é vida plena de submissão e fidelidade a Ele. O crente comprometido com as coisas espirituais não tem tempo para aquilo que não é de Deus, porque o fogo do Espírito Santo está constantemente aceso em seu altar (sua vida). Jesus disse que quem quiser ir para o céu deve tomar a sua cruz e segui-lo a cada dia, Lc 9: 23. Somente uma vida avivada e cheia do Espírito Santo poderá suportar as provações e as tentações deste mundo.

Jesus é o maior exemplo de vida comprometida com o Reino de Deus. Quando estava sendo julgado, afirmou com convicção: “.O meu Reino não é deste mundo...”, Jo 18: 36. De fato, a igreja precisa estar ciente de que a sua tarefa neste mundo é ser sal da terra e luz do mundo, e que ela está no mundo, mas a ele não pertence: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal”, Jo 17: 15.

Que a oração do profeta Habacuque seja a constante oração da igreja, e que a frase “Aviva, ó Senhor, a tua obra...” não seja apenas o lema da Assembléia de Deus, mas o lema de vida daquele ou daquela que quer viver uma vida cristã autêntica, até a volta de Jesus.


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